29 dezembro 2007

que grande repetição

"À procura da perfeita grande repetição" é uma grande música do Samuel. O seu terceiro álbum de originais foi considerado um dos melhores do ano pela SIC. Mas independentemente dos títulos ou dos prémios, eu gosto muito da obra musical deste rapaz de Chelas. Foi uma grande prenda de anos! Obrigado a quem me deu tão boa oferenda.

Fica aqui o videoclip de uma grande música, com samples de um grande compositor português:

28 dezembro 2007

que lhe seja feita homenagem

Benazir Bhutto, ex-primeira-ministra paquistanesa; mulher que sempre lutou pela democracia no seu país (sim, aquele que os Estados Unidos da América apoiam incondicionalmente mesmo sendo uma tirania... Neste caso já não se preocupam com direitos... hipócritas); que esteve exilada e só recentemente, muito porque também houve pressão da comunidade internacional, conseguiu regressar ao Paquistão; que teve um desempenho activo na luta por uma sociedade mais justa no seu país acabou, há poucas horas, de ser assassinada a tiro por um homem, um extremista, que logo a seguir se fez explodir levando consigo mais 19 pessoas.

Aqui no Domingo de Manhã deixo a minha homenagem a uma mulher de coragem que sempre lutou pelas suas causas, e tão nobres que são! Um dia o teu país será livre Benazir!

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26 dezembro 2007

à conquista do mundo... ou da blogosfera

A partir de hoje o Domingo de Manhã está oficialmente no Technorati, o maior motor de pesquisa de blogs do Mundo!

Technorati Profile

há fenómenos que nos assustam

Neste Natal vi um filme que há muito desejava ter visto. Crash, ou Colisão, venceu o Oscar de melhor filme e é norte-americano, para infelicidade de alguns.

A trama retrata as tensões e os conflitos sociais causados pela heterogeneidade de algumas sociedades, em particular a de Los Angeles, onde se cruzam culturas tão diferentes.

É impressionante como o ser humano consegue ser tão pouco tolerante. Felizmente era apenas ficção, mas, quando pensamos um pouco mais sobre isso, percebemos que se calhar não está assim tão longe da realidade.

E não é apenas nos Estados Unidos que isso acontece. Na Europa que tanto adoro, fenómenos perigosos de racismo e xenofobia são cada vez mais constantes e, mais grave ainda, não são episódios sem consequências. Existem movimentos que exaltam o nacionalismo, os neo-nazis estão organisados e ganham força. Vejamos as inúmeras reportagens que dão na televisão ou aparecem na imprensa escrita. Até a chegada de novos ditadores ao governo dos países poderá não estar assim tão longe. Vejamos. Já pensaram que Adolf Hitler foi eleito? E não há registos de que as eleições tenham sido forjadas. Quero acreditar que, actualmente, a democracia tem mecanismos de defesa para evitar tiranos e ditadores.

Mesmo assim, há sinais de alarme. Em França, os radicais de direita ganharanm expressão nos últimos anos. Na Áustria chegaram mesmo ao poder, assumiram os comandos. E eu que pensava que os austríacos (um povo do frio e racionalista) não teriam pontos fracos deste género. Será que endoideceram? Não quero acreditar que isso tenha acontecido e que conseguem remediar o mal antes que seja tarde.

Mas, isso assusta-me. Mesmo!

24 dezembro 2007

a todos um bom natal

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Esta frase faz-me sempre lembrar o coro de Santo Amaro de Oeiras e o Natal dos Hospitais. Afinal, ambos fazem parte da nossa memória colectiva!!!

Aproveito para desejar um Feliz Natal a todos!!!

segurança, segurança... a paranóia

Os ingleses andam absolutamente paranóicos com a segurança. Não sei até que ponto é que não copiam os amigos norte-americanos, os especialistas em retirar direitos fundamentais aos seus cidadãos, tais como a liberdade. (A pena de morte é gravíssimo, mas aquele que tenta fazer crer que é o país mais desenvolvido do Mundo continua a utilizá-la no seu quotidiano.)

Há cerca de uma semana fui a Inglaterra, mais concretamente a Londres. Era um país que já não visitava há uns tempos. Mas, sinceramente, fiquei absolutamente chocado com a obsessão que ingleses de gema, sejam eles oriundos de terras de sua majestade, do Paquistão ou da Índia (numa verdadeira sinfonia de culturas) nos tratam como criminosos, como se todos nós, comuns cidadãos que viajam por obrigação profissional ou apenas lazer, fossemos criminosos perigosíssimos, ou tivéssemos um pacto com qualquer célula terrorista por essa Europa fora. Agora só podemos levar uma mala de mão. Senhoras, atenção, nada de mala pessoal e pasta do computador. Simplesmente não passa. Ou despacha uma ou fica em terra. A regra dos líquidos eu ainda compreendo. Não podemos levar connosco uma garrafa de água com mais de 100ml, mas podemos adquiri-la depois de passarmos a barreira do raio-x. A justificação é simples: As compradas após essa fase são ali colocadas pelas entidades do aeroporto. À partida são inofensivas. Mas proibir levar uma mochila e uma pasta de computador? Despropositado, não? A solução é colocar a pasta do portátil dentro da mochila e após o raio-x voltar a tirá-la. Assim já o podemos fazer. Mas se assim não for não podemos entrar. Tudo em nome da segurança!!!

21 dezembro 2007

esta mulher é poderosa

Dizem dela que é uma bêbeda, que consome drogas como se o Mundo acabasse amanhã, que não se sabe controlar e a própria já admitiu que tem instintos suicidas. Através das notícias soube-se, até, que é a mãe que tem de lhe controlar o dinheiro porque se assim não fosse a realidade seria catastrófica.

Mas que importa tudo isso quando estamos perante Amy Whinehouse, uma inglesa de 24 anos nascida em Southgate (Londres, Reino Unido) que é uma assombrosa cantora e compositora de jazz, blues e R&B.

Este ano lançou Black to Black, o seu segundo álbum, e a Radar nomeou-o como um dos discos do ano. Aqui no Domingo de Manhã não poderia estar mais de acordo! Assim, deixo a minha homenagem a voz tão quente que supreende por vir de uma terra fria e escura...

20 dezembro 2007

aeroporto de lisboa é uma "smoking area"

Parece-me ridículo, absurdo e até insensato chamar de "smoking area" aos espaços que o Aeroporto de Lisboa tem destinados, especificamente, para todos aqueles que gostam de fumar um cigarro.

Digamos que essas zonas não passam de medidas de cosmética que pouco resultado têm. Colocar uma espécie de cilindros em várias zonas do aeroporto com uns cinzeiros não me parece uma medida capaz de limpar o ar. Faltam sistemas de ventilação que absorvam o mesmo, que não o deixem espalhar-se pelas alas desta infraestrutura de transportes aéreos. Defendo que, em nome da liberdade dos fumadores, não seja absolutamente proibido fumar nestes espaços. No entanto, para preservar a saúde dos que não fumam, devem ser criadas zonas específicas para tal. De facto, isso é o que acontece no Aeroporto de Lisboa, mas o trabalho não ficou completo.

Sem condutas potentes, que puxem o fumo, este dispersa-se pelos corredores, intoxicando o ambiente já de si saturado...

Parece-me que esta paranóia que se vive à volta do fumo e do tabaco é, de todo, desmesurada. Mas, como em tantas outras situações, cá no nosso canto limitamo-nos a aplicar uma máscara e dizer que estamos muito à frente, na vanguarda mesmo das políticas europeias ou que estamos, pelo menos, a acompanhar os restantes países europeus. Parece-me incorrecto dizermos que temos mão de obra qualificada quando no programa Novas Oportunidades é possível concluir o nono ano em 30 horas. Mas enfim, isso daria muitos parágrafos e não é para tal que me apeteceu escrever.

Ainda relativamente ao fumo nos aeroportos, também existem situações extremadas que me parecem inusitadas. Nos aeroportos franceses é, pura e simplesmente, proibido, sim, estão a ler bem, PROIBIDO fumar. Imaginemos. Somos fumadores, vimos da Africa do Sul, com um voo de dez horas e fazemos escala em Paris para, cinco horas mais tarde apanharmos outro avião para mais duas horas para Portugal. São quase 20 horas sem acender um cigarro. Cruel, no mínimo!

18 dezembro 2007

sem ser insultuoso...

Garanti que não iria falar novamente com o anónimo e, de facto, não queria fazê-lo. Mas quero aqui dizer uma coisa muito simples.

Já percebi que o ilustre nem sempre lê o que está escrito mas sim o que lhe interessa. Também é incoerente quando diz que o seu objectivo é vilipendiar (está escrito no perfil) mas depois assegura que as suas palavras não são insultuosas e que só o serão se as interpretarem assim. Ou seja, como já é norma, o problema não está no anónimo, mas sim no mundo em que vive.

Perdoe-me mas vou utilizar uma linguagem vernácula para me fazer entender. Espero que perceba. Digamos que quando digo que a sua mãe é uma puta e o seu pai um cabrão isso não tem qualquer objectivo insultuoso. Quero sim demonstrar a minha admiração, o meu carinho e afecto por duas pessoas tão importantes (serão mesmo?) para si mas que, infelizmente, tiveram algum azar na vida. E mais não digo. A minha conversa com vossa excelência acaba aqui porque de estou cansado de dialogar consigo. Teria todo o gosto em fazê-lo cara a cara. Deste modo não!

NOTA: Não quero insultar os seus pais. Não quero mesmo! Afinal, eles não têm culpa nenhuma de vossa excelência ser como é. Se calhar até têm, mas quero acreditar que não têm.

12 dezembro 2007

desafio aceite... os cinco melhores são...

Ora bem, fui desafiado e aceitei o desafio! Não tinha hipótese, mesmo que me quisesse escapar não conseguia. O "padrinho" pôs as cartas na mesa e a o jogo já começou. Quem ganha? Todos, como é óbvio! Afinal, todos temos filmes que gostamos mais do que outros. Se são da nossa vida, isso já não sei. Concordo com o "Dos Bats", isso não existe. Há sim aqueles que nos marcam de alguma forma. Às vezes essa marca é tão forte que nunca mais nos esquecemos. Isso sim.

Assim, há alguns filmes que me marcaram. Deveras!

1 - Cidade de Deus, de Fernando Meirelles
2 - Pulp Fiction, de Quentin Tarantino
3 - Amores Perros, de Alejandro González Iñárritu
4 -
5 -

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Estes são três grandes filmes. No entanto, há uma longa lista de películas muito especiais.

Gangster Americano, de Ridley Scott
Jackie Brown, de Quentin Tarantino
21 Gramas, de Alejandro González Iñárritu
JFK, de Oliver Stone
Forrest Gump, de Robert Zemeckis

Enfim, e tantos outros que agora não me lembro. Mas mal me recorde volto a actualizar e, nessa altura, faço o top 5 completo.

11 dezembro 2007

paredes de coura goes clubbing

Aquele que, para mim, é o melhor festival de música português vai inovar. A organização do evento que tem como palco o idílico anfiteatro natural banhado pelo gelado rio Coura decidiu minimizar a sazonalidade do mesmo, que se limitava a preencher uma semana em pleno Agosto, e vai criar o "Paredes de Coura Club", festival que se realiza já neste mês, no Teatro Sá da Bandeira, um espaço que sempre conotei com espectáculos "underground", mais especificamente com cinema pornográfico, e com o facto de estar velho. Nunca lá fui, mas foi sempre assim que mo apresentaram. Digamos que é uma espécie de "Olimpia" de Lisboa mas mais eclético. Além disso, acho que é um espaço que está muito mais na moda...

Locais como este fazem-me sempre lembrar o Bairro Alto. Um zona tão agradável para se sair à noite, que se tornou extremamente atraente para a gente do espectáculo, os artistas, a malta da moda, mas, não nos podemos esquecer, que não há muito tempo era a Meca da decadência, com putas, tráfico de droga e toxicodependentes em cada esquina.

Bem, mas não é para falar nem do Bairro Alto ou do Olimpia que decidi escrever. O "Paredes de Coura Club" parece-me uma excelente ideia. Infelizmente nesse fim-de-semana não posso estar no Porto, até porque os bilhetes nem são muito elevados (acho que é 15 euros para um dia e 25 para os dois), tendo em conta os parâmetros a que já nos habituou.

Bem, não me apetece escrever mais. Fica aqui o cartaz...

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vejam... está muito giro

A joaninha voou, desapareceu algures no céu azul que abençoava comuns seres humanos como nós. Puff, a explosão foi grande e o resultado surpreendeu... pela positiva. Não podia deixar de ser assim. Ideias originais, giras e interessantes têm tudo para dar resultado. Após dois anos de amadurecimento, como um bom vinho tinto que também envelhece nas barricas, a joaninha transformou-se em "A saia da Carolina".

Sou suspeito, afinal, a idiota (leia-se a criadora) desse espaço é uma pessoa bastante próxima da minha pessoa. São laços familiares que nos unem para além da nossa existência, dos anos em que já pairamos por este mundo. Mas, mesmo assim, tenho dois olhos para ver que aqueles trabalhos têm piada, são mesmo muito curiosos e interessantes.

Por isso, porque não vão até lá dar uma espreitadela? Tem uma nova imagem e a saia até tem um lagarto pintado!

10 dezembro 2007

já tenho as prendas quase todas

Hoje foi dia de compras. Para ser sincero, esta tarefa era mais uma das que têm feito a minha cabeça andar a mil nos últimos tempos.

Gosto desta época, do Natal. Sinto-me bem, acreditem! Gosto do frio na rua e de estar no quente de casa com a salamandra acesa. Gosto até do ritual das prendas... Mas acompanhado. Sozinho é aborrecido, uma seca, quase angustiante! Gosto de fazer da compra das prendas uma tarefa cuidada, em que discuto, que comento com a Paixão quais as melhores soluções. Este ano tive de o fazer por telefone. Não tem tanta piada!

Mas neste momento posso garantir que a minha contribuição de presentes para encher a árvore de Natal está quase completa. De uma vez só consegui trazer para casa quase todas as ideias que há muito pairavam pela minha mente...

E mais não digo, porque se o fizer o efeito surpresa desaparece!

08 dezembro 2007

seria gripe das aves?

Ontem, quando o avião aterrou no Aeroporto de Lisboa (sim, aquele que ainda não sabe quanto tempo mais vai durar) fiquei apreensivo. Não pela forma brusca como o comandante alemão (suponho eu) fez a aproximação à pista mas por ver, duas filas à minha frente, uma senhora com uma máscara na boca, daquelas brancas como às vezes vemos nas obras ou quando alguém não quer ser infectado. No momento nem liguei muito, estava demasiado preocupado com outras coisas. Mas agora, que me lembro, não poss deixar de pensar. O que seria que tinha aquela senhora? Uma simples gripe? Ou seria daquela variante aviária com um nome de código que parece militar (e dos altamente secretos, pois claro), qualquer coisa como H5N1?

Espero que não. Espero que seja uma simples constipação e que a tal senhora seja, apenas, muito cuidadosa e decidiu proteger-se e salvaguardar os outros. Também estou em crer que, com tantos procedimentos e normas de segurança nos aeroportos, nunca a deixariam voar naquele estado. Mas, também não posso negar que hoje em dia já se vê tanta coisa, que, na minha opinião, já tudo é possível... mesmo nos aeroportos!

07 dezembro 2007

o Mundo caiu em cima de mim

Sinto-me assim. Não sei para onde me virar. Estou perdido! A minha cabeça vive num turbilhão estonteante, como se uma máquina de lavar roupa de alta rotatividade permanecesse activa ininterruptamente...

04 dezembro 2007

atrasado mas válido

Este texto devia ter sido colocado ontem, porque foi nesse dia exacto que tudo aconteceu. Mas como não o consegui, decidi colocá-lo hoje pois penso que continua a valer a pena.

Sentado à frente do computador, sou abruptamente alertado por um amigo meu.

- "Já viste a bronca do Público?"

- "Não, qual bronca?"

- "Eh pá, a manchete do jornal de hoje dá a vitória no referendo realizado na Venezuela ao Hugo Chávez e foi ao contrário."

- "A sério? Que cena. Isso é muito mau! Que grande bronca. Já sei, quiseram fechar o jornal cedo e não esperaram pelos resultados finais."

- "Podes crer."

E foi assim, mesmo aqueles que são referências para nós são falíveis e isso viu-se... mais uma vez!

Já um director me dizia. A boa imagem demora meses ou mesmo anos a ser construída. Deitá-la abaixo pode demorar horas... Espero que não seja tão grave. Eu continuarei a ler. Sei que não está certo o que fizeram, mas também percebo a situação.

temos um anónimo baralhado

Sinceramente não percebi os mais recentes comentários do ilustre anónimo que, de forma altamente esporádica, visita este espaço todos os dias. Estará louco(a)? Enfim, abstenho-me de comentários. Cesso aqui as respostas a alguém que não merece o meu respeito, a não ser que levante a máscara. Mas não, afinal eu é que tenho mau carácter, e pelos vistos até sou do PSD? Esta nem eu sabia. Devo estar perante alguém sobredotado, um génio da psico-sociologia, misturado com alguma daquelas ciências ocultas, tal é a capacidade de me conhecer.

Parabéns, estou surpeendido! Ou não!

03 dezembro 2007

02 dezembro 2007

quero uma cama

Já estou farto de aqui estar e nem passei as 24 horas sem ir à cama. Mas sinto-me cansado e agora só já penso em deitar-me e puxar bem os lençois que me vão aquecer.

Felizmente o trabalho está quase terminado... Até amanhã!!!

29 novembro 2007

sem notícias

Tenho uma série de coisas para dizer, mas agora falta-me tempo. Se puder ainda digo alguma coisa durante o fim-de-semana. Se não for possível, talvez lá para o início da semana.

Agora dizem-me. Mas que raio, e o que nos interessa isso? Talvez nada, bem sei, mas apeteceu-me dizer. Peço desculpa pelo inconveniente... ehehehe

Ah, é verdade. Se porventura não der notícias entretanto procurem-me pelos lados de Fronteira, uma pequena mas bonita vila norte alentejana, porque posso ficar por lá congelado com o frio que se faz sentir.

28 novembro 2007

net amiga do ambiente

O Google já não existe só com o fundo branco e com as letras coloridas. Desde há alguns meses, uma das empresas de maior sucesso desde que apareceu a Internet, criou um motor de busca amigo do ambiente... ou pelo menos não tão nocivo. O Blackle é o Google mas em versão "eco-friendly". Os seus criadores defendem que uma página de computador com fundo branco gasta mais energia do que uma com o fundo preto. Essencialmente, a diferença é essa. Eu já faço do Blackle a minha "homepage".

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Para além do Blackle, a mesma empresa também já tem as Blackle Pages, que mais não é do que uma espécie de páginas amarelas mas de empresas, serviços ou produtos amigos do ambiente. Os criadores das Blackle Pages garantem que se eu tiver uma empresa e a listar no sítio ganharem uma exposição enorme perante milhões de consumidores conscientes. Ou seja, colocamos lá a empresa, a associação, o organismo, o produto ou o serviço e este passa a constar de um motor de busca imenso. É curioso que, após uma procura simples dei logo de caras com a Quercus, com um restaurante japonês ou com um hotel de turismo rural.

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novas regras

Quando criei o "Domingo de Manhã" decidi dar voz a toda a gente, mesmo quem decidisse não assinar. Agi de boa fé, acreditei que ninguém utilizaria o escudo do anonimato para atacar o autor deste blogue, eu mesmo, independentemente dos defeitos e virtudes que possa ter.

Assim, a partir de agora só os utilizadores registados podem participar activamente na construção deste espaço que é meu, mas que pode ser acedido por todos aqueles que queiram exprimir-se. Para tal basta um registo. Bem sei que quem quiser esconder-se o continuará a fazer. Basta criar um registo falso. Eu próprio assino como Sunday Morning, bem sei. Mas, ainda assim, tudo será diferente. Como agora comentar implica um registo, pode ser que as acusações gratuitas ou as críticas destrutivas (porque as construtivas são e serão sempre bem vindas) se dissipem na preguiça de preencher um formulário online.

27 novembro 2007

praticamente confirmado

Recebi a notícia na passada quarta-feira. No próximo ano, logo no início, vou ter um grande desafio profissional. Qual é? Fazer a reportagem do Lisboa-Dakar in loco. A grande maratona, a maior prova de todo-o-terrenono Mundo, é estimulante para pilotos, equipas, mas também para jornalistas. Vão ser 15 dias a trabalhar no deserto, com pó, areia, calor (mas também haverá frio à noite em Marrocos).

Sei que no meio daquele mundo serei um privilegiado. Afinal, ao contrário dos pilotos, farei as viagens, de etapa para etapa, de avião. Mas, como tantos outros comerei no bivouac (acampamento) onde, por sinal, já me disseram que a comida é muito boa, dormirei em tendas e, por fim, terei de tomar banho em duches improvisados. É a única coisa que não me agrada porque, como já me disseram: "ao fim de 34 segundos estás novamente sujo". Enfim, o que tem de ser tem muita força.

Vão ser duas semanas longe de casa e, em especial, da Paixão. Sentirei muito a falta e isso é sabido por quem de direito. Mas a C. também sabe que, trabalhando nesta área, poder fazer a cobertura jornalística de uma prova como o Lisboa-Dakar é muito encorajador em termos profissionais. Digamos que se trabalhasse num órgão generalista também não diria que não quando me propusessem fazer a reportagem de um conflito armado qualquer, ou uma grande reportagem sobre o tráfico de droga ou, simplesmente, o carvão (ouvi uma reportagem na TSF sobre este assunto que estava magnífica).

É essa a essência desta profissão. Procurar, incessantemente, a notícia, uma excelente reportagem!

bem vindos amigos

Este fim-de-semana foi rico em criação de blogues. Refiro-me a espaços virtuais originados por amigos, claro está. Se a nível global a tendência foi essa ou não, isso jã não sei. E para ser sincero, também não me interessa.

Pois bem, um deles tem por nome qualquer coisa ácida, mas é só metade... Na verdade, o "Meio limão" mais não é do que o resultado de alguém que depois de beber duas garrafas de vodka de um trago só se dá ao luxo de dispensar um belo bife de vaca e ficar por uma simples salada (ou como se diz em alguns locais, uma simples "slada").

O "SA GANG" é um espaço de encontro de um grupo bastante unido que fez de Coimbra a sua casa. Loucuras e aventuras à parte, este espaço perderia graça. Afinal eles são mesmo loucos e desvairados! :)

Ah, não posso deixar de salientar que serei uma espécie de penetra do gang...

as obras completas de William Shakespeare em 97 minutos

São quase três horas a rir desbragadamente. As obras completas de William Shakespeare em 97 minutos (que título longo, acho que é a primeira vez que faço um título com duas linhas no "Domingo de Manhã") são excepcionais. O autor inglês (o Gil Vicente de Inglaterra, como já ouvi dizer) pode ser genial, mas esta peça humorística, este compêndio das criações literárias do dramaturgo britânico é igualmente brilhante.



Podia discorrer um sem número de considerações acerca da peça, mas prefiro não o fazer. Porquê? Porque o espectáculo é estupendo e merece ser visto. Posso afirmar que os 20 euros são muito bem empregues. Vale bem a pena. Pareço um comercial a tentar vender um qualquer produto, um aspirador das tele-vendas, ou outra coisa qualquer, mas não. As obras completas de William Shakespeare em 97 minutos são, simplesmente, de bradar aos céus a rir!!!

A peça está em cena todas as segundas e terças-feiras às 21 horas no Teatro Estúdio Mário Viegas. Com uma presença activa e regular nos palcos de todo o país desde há 12 anos, por responsabilidade da Companhia Teatral do Chiado, As obras completas de William Shakespeare em 97 minutos são um sucesso tremendo, como provam os mais de 175 mil espectadores que já viram. É certo que não são espectadores únicos, porque há pessoas que já repetiram a dose mais do que uma, duas ou mesmo três vezes. Mas, mais uma vez, isso só abona a favor deste excelente espectáculo de teatro.

Ah, e para os subsidio-dependentes, que passam o tempo a queixar-se, se calhar está na hora de olharem para este excelente exemplo e encenarem obras interessantes. Podem ser complexas e obrigar a pensar, mas também podem ter algo de atraente. Sim, porque o problema é que a maioria das peças subsidiadas só servem para meia dúzia de pseudo-intelectuais satisfazerem o seu ego... Actores, encenadores e afins devem lembrar-se sempre que têm responsabilidade social. Como tal, têm de trabalhar a cultura para a realidade nacional e não para os seus umbigos. Talvez assim não precisassem de choramingar tanto e fossem reconhecidos pelo excelente trabalho qyue por vezes é realizado como acontece com a Companhia Teatral do Chiado.

Já agora, este grupo de teatro tem mais duas peças em cena. Ainda não as vi, mas tenho curiosidade. Além disso tive sorte. Como fui ontem ao espectáculo, no dia em que As obras completas de Williams Shakespeare em 97 minutos fizeram 12 anos em Portugal, o meu bilhete dá direito a um convite para qualquer uma dos espectáculos no espaço de um ano. Quem quiser mais informações sobre a companhia e as respectivas peças de teatro clique nas ligações espalhadas pelo texto.

20 novembro 2007

o corpo humano é tão indiscreto

Sabiam que engolimos, todos os dias, mais de um litro de ranho? E sabiam que o leite é um dos alimentos que mais provoca flatulência?

Se não sabiam, então está na hora de darem um saltinho ao Pavilhão do Conhecimento, no Parque das Nações, em Lisboa, que lá está tudo explicado.

Direccionadam principalmente, para as crianças, os adultos não a podem perder. Ainda lá não fui, mas quando ouvi uma reportagem na rádio fiquei curioso. Agora que vi a reportagem ganhei ainda mais vontade de perceber como é que tudo funciona.



A exposição chama-se Knojo e funciona todos os dias, à excepção de segunda-feira. Durante a semana está aberta das 10h às 18h e nos fins-de-semana, das 11h às 19h. O preço para adultos é de seis euros. Há ainda bilhetes para crianças e para grupos. Mas para isso, é melhor darem um pulo ao sítio do Pavilhão do Conhecimento. A ligação directa para esta iniciativa está aqui

é quase o fim do Mundo

Preparem-se, criem abrigos, bunkers, tentem sobreviver. Aproveitem a Internet ao máximo nos próximos dois anos porque depois, em 2010, pufff... é o apocalipse, o caos!!!



O tom dramático poderia ser retirado de um qualquer filme americano que prevê o fim do Mundo, não era? Mas não, é bem pior. Um estudo de uma empresa independente de análise (que raio de caracterização), a Nemerter Research, prevê que será no virar da década que a capacidade da Internet se esgotará. As razões? O forte crescimento de conteúdos audiovisuais. E a solução? Fazer um investimento de 137 mil milhões de dólares (93,49 mil milhões de euros). Com a moda das petições pela net, estou em querer que ainda vai haver uma colecta virtual para salvar o ciberespaço...

Eu contribuo, quero manter o "Domingo de Manhã"!

19 novembro 2007

chega de diálogo

O "Domingo de Manhã" é um espaço criado por mim onde expresso alegrias, tristezas, desabafos, dúvidas, certezas, enfim, um sem número de coisas relacionadas comigo.

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No entanto, recentemente quase caí no erro de criar diálogos neste blog. Esta não é, de todo, a minha intenção. O "Domingo de Manhã" vai continuar a ser o que sempre foi. Por isso, os diálogos não serão uma constante deste pequeno recanto cibernético no qual escrevo.

princípios inalienáveis II

Exmo. Sr. Anónimo (tão anónimo como de início),

Antes de mais, deixe-me dizer que o erro já foi corrigido. Como poderá constatar, saudar já não tem acento. Deixe-me também dizer-lhe que, como humano que sou não estou imune aos erros, sejam eles ortográficos ou de outra espécie. Podem acontecer. Mas é preciso, isso sim, assumi-los e tentar melhorar. Por isso lhe agradeço pela chamada de atenção.

Quanto à questão da liberdade, tem toda a razão quando diz que a liberdade pode ser exercitada de diferentes formas. No entanto, quando é feita através do anonimato perde todo o sentido. Para sermos livres é preciso sermos suficientemente corajosos e assumir as nossas atitudes, as nossas crenças, as nossas ideias, os nossos princípios, as nossas ideologias.

Sei que, no momento em que criei o "Domingo de Manhã" passei a estar susceptível ao escrutínio de quem por aqui navega e lê os meus textos. Fico feliz por saber que existem pessoas que gostam do que escrevo e, ao contrário do que o ilustre anónimo defende, me felicitam dizendo que escrevo bem. Fico ainda mais feliz por perceber que, apesar de não gostar, continua a fazer do "Domingo de Manhã" um local de visita regular. Das duas uma, ou não escrevo assim tão mal (perdoe-me esta postura algo pretensiosa) ou é masoquista, ou mesmo estúpido, por perder tempo com má leitura em vez de se dedicar a leituras bem mais ricas e profícuas. Se quiser posso dar-lhe algumas sugestões. Eça, Sepúlveda. São dois autores dos quais gosto muito. Devia dedicar-lhes alguma atenção!

Por fim, e agora peço perdão pela violência das minhas palavras em alguns momentos (não quero que fique susceptível), as críticas são sempre bem vindas... desde que sejam construtivas. Se assim não for, então tornam-se absolutamente dispensáveis. Julgo que deverá rever a forma como expõe as suas opiniões. Já agora peço-lhe, continue a comentar o "Domingo de Manhã", mas de cara destapada. Assuma-se! Ah, e seja mais positivo, falar por falar, criticar por criticar não é necessário. Torna-se comum, banal, entende? O que acrescenta de novo? Pense nisso. Mas reflicta a sério, profundamente. Não fique pelo supérfluo!

Por fim, obrigado pelos conselhos, mas perspicaz pode ser utilizado naquele contexto. Isto não é um texto jornalístico. É um espaço pessoal, onde as palavras podem assumir outra dimensão (mas não outro sentido, que fique bem claro). Recorde-se que existem figuras de estilo, subterfúgios na língua, enfim, um sem número de coisas que nos permitem embelezar o Português. Poderia utilizar celeridade ou desenvoltura, mas não o quis. Apenas isso. Já agora, deixo-lhe aqui a definição, segundo o dicionário Michaelis, da palavra perspicaz:

pers.pi.caz
adj m+f (lat perspicace) 1 Que tem agudeza e penetração de vista. 2 Que vê bem. 3 fig Que tem agudeza de espírito; sagaz, talentoso. sup abs sint: perspicacíssimo.

princípios inalienáveis

Tenho inúmeros princípios pelos quais rejo a minha vida e a minha forma de estar em sociedade. Um dos mais importantes é a liberdade. Na minha humilde opinião, é um dos que são absolutamente inalienáveis, dos que não podem ser, nunca, desnecessários, que não pudemos prescindir em situação alguma. Poderia, agora, embarcar numa dissertação do que é a liberdade e tudo aquilo que a mesma implica, os seus limites, enfim...

Mas, não foi para isso que decidi escrever hoje. Decidi fazê-lo por outra razão. Para dizer que, tal como prezo a minha liberdade, respeito, em muito, a dos outros. Agora não posso saudar ou concordar com aqueles que abusam desse mesmo conceito. Conceito esse que permite, se utilizado com ponderação, e aliado a questões como o respeito criar uma aura de dignidade a todos os que o utilizam correctamente. Por isso, não posso deixar de condenar todos aqueles que, mascarados por um filtro anónimo, partem para a ofensiva, seja ela pessoal ou de outro foro qualquer, perdendo toda a admiração, dignidade e respeito que me possam merecer. Valido e aceito todas as opiniões, devidamente fundamentadas, mesmo que com elas não concorde. Mas só se quem as defende tiver a dignidade e a coragem de dar a cara por elas.

Perspicácia, astúcia e audácia podem ser qualidades que não figurem da minha pessoa. Pelo menos é isso que algúem (não sei quem) pensa. Mas se assim é, seria bonito e de louvar que assumisse as suas palavras. A responsabilidade dos actos é sempre de quem os toma, mas das palavras também!

Nota: Vou continuar a permitir que os comentários feitos neste espaço continuem a ser livres de qualquer registo, pois é dessa forma que julgo ser o mais correcto. Não quero amordarçar o Domingo de Manhã! Por isso, a decisão de deixar o seu cunho ou de enviar, apenas, algumas larachas desprovidas de respeito e honra ficam ao critéio de quem o decidir fazer.

16 novembro 2007

em directo do berço

Escrevo estas linhas a partir de Guimarães, mais concretamente da Praça de Santiago, mesmo ao lado da famosa Praça da Oliveira, zona património da Humanidade.

Está um dia fabuloso, com sol e céu praticamente limpo, salpicado, apenas, por duas ou três nuvens esfarrapadas. Mas o que interessa isto? Sinto-me bem com isso, e decidi dizê-lo... Só isso.

Bem, mas está um pouco frio, e à medida que o sol se esconde atrás destes prédios seculares começo a enregelar. Os dedos perdem perspicácia a tocar nas teclas do computador.

Vou arrumar tudo e comer qualquer coisa na Cervejaria Martins, espaço do qual não prescindo sempre que venho à Cidade Berço.

14 novembro 2007

há coisas escabrosas, não há?

Tenho ouvido nalgumas estações de rádio, alguns momentos humorísticos baseados em notícias do tão conceituado a reputado jornal diário de abrangência nacional, o 24 Horas. Por diversas ocasiões, esses episódios suscitaram-me curiosidade de dar uma vista de olhos, de folhear as páginas bem-dispostas deste orgão de comunicação social.

Assim o fiz. Foi hoje, após uma busca na internet (leia-se, uma pesquisa no google) e lá encontrei o sítio virtual do jornal. Entrei e a capa, em grandes parangonas (acho que é assim que se escreve. Podia confirmar, mas desculpem-me, hoje estou com alguma preguiça. Acho que foi do almoço...), que José Mourinho tinha posto os filhos num colégio barato. Uma capa infeliz, diria eu, mas o sensacionalismo vende...

Passei algumas páginas e descobri um tema brilhante do ponto de vista do humor, do absurdo, do que de mais escabroso acontece por Portugal. Parece que uma mulher, de nome Maria das Dores, alegadamente (adoro o alegadamente em tudo o que é processo judicial), contratou dois homens para matar o marido. Mas como não tinha dinheiro, pediu 25 mil euros ao filho, argumentando que tinha dívidas. Isto não é brilhante? Afinal, há dois autores materiais do crime, uma autora moral, e um autor... ora bem, devo chamar-lhe capital? financeiro? O mais caricato é que o pobre homem pensava mesmo que o dinheiro era para sanear o passivo de "Mimi", como é tratada pela família.

Mas as pérolas estão no próprio texto. Há um excerto brilhante, que me fez soltar uma gargalhada de alarme. "Antes de ser detida pelo homicídio,Maria das Dores foi uma viúva diferente. Chegou a pôr botox e até se deslocou ao Barreiro para comprar jóias" Paris? Roma? Milão? Quais capitais de moda... O que está a dar é o Barreiro, a nova meca da ourivesaria mundial. Como afirmava um amigo meu, a frase está incompleta. Faltava dizer que foi comprar jóias "que estavam no pregador...".

Há coisas escabrosas, não há?

senti um nó na garganta

Foi um arrepio na espinha, um nó cada vez mais apertado na garganta. Quem disse que já não há que faça chorar as pedras da calçada? Impressionante, fabuloso, magnífico. São apenas seis anos!!!

há ladrões em casa???

Hoje tive uma daquelas sensações estranhíssimas que me fizeram acordar sobressaltado mesmo a meio da noite, não confirmasse o relógio despertador que todos os dias me acorda, que já passavam das três horas da madrugada. Absolutamente envolvido num sono profundo, acordei repentinamente com o barulho do computador. Passo a explicar...

Desde que mudei de casa, impus a mim mesmo que a televisão e o computador ficariam na sala. É uma questão de disciplina, o quarto é para dormir. Ontem, o portátil ficou ligado a fazer um download e a verificar se, porventura, tinha vírus. Não sei como nem porquê, foi em plena madrugada que esta bela máquina, produto da tecnologia, decidiu, por si só, reiniciar. O resultado não foi brilhante. O volume tinha ficado ligado e o som de encerramento foi tal que me acordou.

Até aqui tudo bem. Mas o meu grande problema aconteceu no preciso momento em que abri os olhos. Por alguma razão, meti na cabeça que estava gente em casa. Já não é a primeira vez que isto me acontece, mas há muito que não o sentia. É deveras atrofiante. A partir do momento em que acordo fico tenso, nervoso. Pensei: "Vou ficar aqui sossegadinho no meu canto porque se os gatunos não me ouvirem podem ir-se embora e eu safo-me." Que estupidez de pensamento, não? Só possível por ter alguns neurónios ainda meio dormentes, outros completamente baralhados pelo acordar violento.

Depois de alguns momentos enfiado debaixo dos lençois a tentar adormecer mudei de estratégia. Tinha de sair do quarto e confirmar que não havia ninguém. Sem o fazer nunca iria dormir descansado. "Tenho uma navalha ali guardada, se calhar é melhor ir buscá-la." Bem, nesta fase já sofria de alucinações só semelhantes às provocadas por algumas substâncias... Percebo, agora, o absurdo da situação. Mas há umas horas, parecia-me sensato sair do quarto, de faca em punho (qual cena de Hitchcock) em busca dos bandidos. Ridículo, no mínimo.

Em última instância, ganhei lucidez e levantei-me sem armas. Abri a porta com cuidado, para não fazer barulho, percorri todas as divisões da casa e aproveitei para uma paragem mais prolongada na casa-de-banho (não queiram saber, mas não é nada de anormal, garanto). Senti-me aliviado, afinal os bandidos não eram mais do que um simples produto da minha fértil (às vezes) imaginação.

Lá voltei para o vale dos lençóis que já tinham perdido um pouco do seu calor, e pude desfrutar de mais algumas horas de sono.

13 novembro 2007

"a homossexualidade é uma doença"

Estamos em pleno século XXI, mas precisamente no ano de 2007, mas existem pessoas que, como nos alerta Bruno Nogueira, parecem ter parado no tempo, e ficaram na época da "velha senhora". De vez em quando, pontualmente, digamos, somos presenteados com verdadeiras pérolas que, contextualizadas, seriam obras de génio no que respeita ao humor. Mas, infelizmente, os autores não estão a brincar e afirmam barbaridades que não lembram ao diabo. É grave, muito grave!!!

Quem o quer ser que o seja. Desde que não incomode quem prefere a heterossexualdiade, por mim tudo bem... O mesmo se aplica a uma situação inversa. A liberdade assenta em pressupostos que não podem ser escamoteados e que são propriedade de cada indivíduo. A liberdade não é um luxo exclusivo de uma elite reduzida!

Por isso, defendo que quem queira ser homossexual tem tanto direito como quem acha isso uma doença. No entanto, este segundo caso representa um conservadorismo extremo que dá vontade de rir! Como tal, assiste-me o direito de dar, neste preciso momento, uma sonora gargalhada!

12 novembro 2007

quando eles também são humanos

Temos hábito criar hierarquias. Faz parte da raça humana, bem como de tantas outras, estabelecer diferenças, inúmeros estatutos e patamares para os homens, por mais iguais que sejam.

Por regra, artistas, jogadores de futebol, estrelas de televisão, governantes, entre muitos outros, estão em patamares distintos dos restantes cidadãos. Mas nem são eles que o fazem, somos nós, comuns mortais, que os levantamos com as mãos... tanto tanto que julgamos serem inantigíveis.

Mas, de vez em quando, somos empurrados para a realidade das igualdades entre seres humanos. Foi isso que o rei de Espanha, Juan Carlos, fez na última cimeira ibero-americana. Num laivo de fúria, e perante as provocações de Hugo Chávez, que tanto é amado como odiado, tamanhas sãos as incoerências das suas acções, não resistiu, mesmo com o discurso brilhante do primeiro-ministro espanhol, Jose Luis Zapatero, lançou um alto e sonoro "por que no te callas", directo e sumário a Hugo Chávez. Foi grande!!! Só faltou um "joder tio" para acabar, de uma vez por todas, com a conversa...

09 novembro 2007

todos temos uma história

"Eu estive aqui e ninguém contará a minha história". A inscrição é profunda, forte. Contextualizada ganha uma outra amplitude, de dimensões surreais, esmagadoras. Li-a no livro que estou a ler actualmente. Sou fã de Luis Sepúlveda, um escritor chileno, radicado em Espanha. As Rosas de Atacama relata histórias de pessoas que tinham de ser contadas.



Voltemos à expressão inicial. Sepúlveda explica a frase da seguinte forma. "Suponho que terei lido uns mil livros, mas nunca um texto me pareceu tão duro, tão enigmático, tão belo e ao mesmo tempo tão dilacerante como aquele, escrito sobre uma pedra". Foi na "extremidade do campo (Bergen Belsen) e muito próximo do lugar onde se erguiam os infames fornos crematórios, na superfície áspera de uma pedra, alguém (quem?) gravou, talvez com o auxílio de uma faca ou de um prego, o mais dramático dos apelos.

Adoro ler Sepúlveda. Simples e poético, o chileno transcreve para o papel situações, momentos, episódios de uma forma magnífica que eu adoro!

o melhor blog... ou nem por isso

Descobri, numa das minhas navegações, um sítio que está a proceder à votação dos melhores blogs do Mundo. São os Óscares, os Grammys, enfim, são os prémios mais importantes da blogosfera.

Não tenho quaisquer pretensões de levantar o prémio no ar e recriar um momento inesquecível já imortalizado por grandes ícones do futebol, como Maradona, beijando o troféu perante o aval de milhares de espectadores! Nem o poderia fazer, a selecção dos nomeados já terminou, mas subscrever este espaço abre novos horizontes ao Domingo de Manhã, projecta-o ainda mais além e dá-lhe maior visibilidade...

Mesmo que não faça nada disto, não faz mal. Apeteceu-me, apenas, inscrever o blog! Já está!

THE BOBs

08 novembro 2007

introspecção

Que música, que força!!! Manel Cruz provoca a explosão!!!

trouxe mesmo areia nos sapatos...

Andar três dias consecutivos em cima das dunas de areia só podia ter este resultado. Por mais que me descalçasse de vez em quando, por mais que sacudisse os ténis, por mais que os batesse numa parede ou num muro, houve grãos que fizeram daqueles recantos os seus novos lares, como se fossem, desde há muito, os seus habitats naturais. Mesmo com 1500 quilómetros de viagem e algumas caminhadas, estes mantiveram-se, persistentes, nos meus ténis. Na prática, não fizeram nada que não seja natural. Evadiram-se de África, de forma ilegal, rumo ao paraíso anunciado europeu. Como tantos africanos, que diariamente se lançam ao Mediterrâneo em busca do El Dorado que pensam encontrar do outro lado do mar, numa Europa conhecida pela sua prosperidade, os grãos de areia esconderam-se nas profundezas dos meus sapatos. Mas eu pactuei com todo este processo sombrio e marginal. Mesmo sabendo que trazia companhia, não fui capaz de os expulsar por completo. Agora, bem, agora devem estar no meio do meu quarto, ainda dentro de um par de ténis abandonado que espera, ansiosamente, pela hora do banho...

06 novembro 2007

ainda trouxe areia nos sapatos... (parte 3)

O calor do dia quase chega aos 30 graus. Nada de espectacular, num ano em que Novembro está especialmente quente em Portugal. Mas à noite, bem à noite, mal o sol se despede e as dunas adormecem, o calor desaparece, e o frio perfura a pele, chega aos ossos... O aconchego de uma camisola é essencial, mas não dispenso uma cerveja, regressado da secura das dunas. Os lábios são os primeiros a ressentir-se de um esquecimento. O baton do cieiro faz mais falta na mesa da sala, em Lisboa.

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A garganta mais fresca e o jantar quase pronto. As espetadas do almoço dão, novamente, lugar ao frango. Mas no último dia, ao almoço, um guisado de vaca aconchega o estomago para os primeiros 500 quilómetros da viagem de regresso.

São 16 horas e arrancamos rumo a Meknés. Primeira paragem, Rissani. Abastecimento. Logo de seguida, Erfoud. Recordações para quem quer. Fico na rua. Já ali tinha estado no passado. Espero pelos companheiros de viagem juntamente com mais alguns. Um miúdo, não tinha mais de 12 anos, oferece-se para "proteger" o carro. Agradeço, mas não é necessário. Naquela zona sentimo-nos seguros, sem perigo. Há imensa polícia na rua, basta virar uma esquina e lá está um agente.

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Inédito foi o que aconteceu a seguir. O amigo do miúdo que quer ser segurança de automóveis aproxima-se de mim quando me dirijo para o carro. "Un cadeau, un cadeau", diz-me. Agradeço, mas não penso comprar o dromedário que cabe na palma da mão feito de verga. Mas o puto não me pede dinheiro e coloca o boneco no apoio do cotovelo, no interior da porta do carro. Não resisti, decidi ficar com ele e deixar-lhe uma simbólica quantia. Senti-me estúpido. Porque não levei uns lápis, umas t-shirts?...

ainda trouxe areia nos sapatos... (parte 2)

A manhã junto ao erg dá sinal por volta das seis horas nesta altura. Receber os bons dias de um sol amarelo forte, que, gradualmente, transforma o negro da noite, salpicado por estrelas brilhantes, pelo azul vivo e seco de um céu sem nuvens.

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São às toneladas de uma areia amarela e fina, que se entranha em qualquer cavidade, o que forma o Erg Chebbi. O deserto de areia mais próximo de Portugal é uma atracção turística. São inúmeros os europeus, munidos de jipes, moto quatro ou simples motos que se lançam ao desafio de sentir as dificuldades e o prazer de ultrapassar as dunas, como se de um mini Lisboa-Dakar se tratasse.

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Com a adrenalina e a velocidade juntas, poucos se apercebem do habitat que é o erg. cobras, insectos... tanta variedade animal num aglomerado de areia onde, ingenuamente, se pode pensar que a vida não existe. O erg é rico. No ano passado, um local dizia-me: "Nós queremos que as pessoas venham visitar as dunas. É isso que nos permite sobreviver. Mas é preciso ter cuidado. Não podemos deitar o lixo na areia. É preciso cuidar, ter cuidado porque se não o fizerem um dia acaba tudo." O deserto não é só um mero monte de areia...

(continua)

ainda trouxe areia nos sapatos... (parte 1)

Foram quase 3200km percorridos em menos de uma semana. Para lá a primeira noite ainda tinha perfume europeu, mas com aromas africanos. Tarifa, a capital do windsurf, foi o local escolhido para pernoitarmos. Depois de cerca de 700km de viagem desde Lisboa, e de uma jantar à base de tapas numa área de serviço já depois de Sevilha, parámos numa residencial, daquelas à beira da estrada. Hotel San Jose del Valle, é esse o seu nome. Era quase meia-noite quando chegámos. A televisão passava o Atletico Madrid - Sevilha, com os portugueses da equipa listada em particular destaque, tanto pela positiva como pela negativa. O gerente, sentado na recepção, chamou-me à atenção. Achei curioso o seu nome, cuidadosamente colocado nos cartões de visita expostos no balcão. Nacho Trujillo.

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A manhã acordou cedo, ainda o sol não se tinha levantado e já a comitiva se preparava para largar rumo ao porto onde apanhámos o barco rumo a Tanger. Éramos sete e viajávamos em duas carrinhas da mesma marca, apenas as cores eram ligeiramente diferentes.

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Os procedimentos alfandegários em Espanha foram simples e rápidos. O mesmo não se pode dizer em Marrocos, após os 30 minutos a oscilar de um lado para o outro, com o barco a pendular por força de um Mediterrâneo que nunca tinha visto tão alterado. Foram duas horas para apresentar passaportes, que rodavam de mão em mão, entre inúmeros funcionários estatais, de polícias a inspectores, entre outros. Ultrapassada quase inultrapassável burocracia, retomámos viagem. Quase 400km de auto-estrada, vigiada por inúmeros elementos da Guarda Real, até Fez. A floresta dos cedros, a subida para o planalto do Atlas e a descida repentina da temperatura. Já noite, as barreiras de neve são claras, no Inverno faz muito frio e esta formação montanhosa cobre-se de branco. Ifrane tem até um complexo de esqui.

Um planalto seco e rochoso é atravessado em grande velocidade... É tarde, muito tarde. Queríamos ter chegado antes de anoitecer, mas há atrasos impossíveis de evitar. A descida do Atlas continua a bom ritmo. A noite não deixa perceber o que nos rodeia. Sei apenas que há todo um ambiente que me faz lembrar o Mad Max, a Route 66. Já ali estive no passado. Só assim sei que o deserto ainda não é de areia fina como a do Erg Chebi, mas sim de muita pedra e rocha cinzenta. É hostil a paisagem. O terreno é cruel para a vida. Não se vê, abundantemente, flora ou fauna. Mas, ao seu estilo, é bonita esta zona interior e pobre de Marrocos.

Chegados a Merzouga, ao albergue Amazir, o calor dos berber marroquinos espera-nos. São simpáticos e afáveis, os homens que, sempre prestáveis, toma conta do espaço. Frango assado com batatas é o jantar, servido em jeito de ceia. Afinal, as doze badaladas estão quase a tocar...

(continua)

31 outubro 2007

bem, a este ritmo... vai lá vai!!!

Espanto! Sim, foi espanto o que senti quando hoje entrei no Domingo de Manhã. Ontem tinha percebido que aqui o meu estaminé já tinha recebido 2994 visitas. Mas, no subconsciente, não concluí logo que estava bem perto dos três milhares.

Hoje, quando vim ver se tinha comentários e olhei para um número tão redondo até empurrei a cadeira para trás (Note-se o elevado grau de estabilidade deste elemento do mobiliário da empresa. Se a qualidade fosse duvidosa estou em crer que o mais certo era, neste preciso momento, eu estar no chão a contorcer-me com dores) com tamanha surpresa. (Este parágrafo ficou com um registo algo dramático...)

Bem, mas isto só é possível porque há quem cá vem. Não julguem que sou eu sozinho que aumenta a lista de visitantes. Se assim fosse seriam necessários quase dez anos.
Apareçam sempre! São bem vindos!

30 outubro 2007

sol e areia... e o mar? não há!

Este fim-de-semana já tinha planos para ir até ao Norte. Que saudades que tenho do berço... Tencionava ir quinta ou sexta, e poder passar uns dias descansados com a Paixão. Mas ontem recebi a notícia que amanhã, a seguir ao almoço, tenho de estar pronto e fazer-me à estrada, para percorrer cerca de 1500 quilómetros até ao Erg Chebi, a cadeia de dunas com maior dimensão mais perto de Portugal. Fica em Marrocos, na fronteira com a Argélia. É uma imensidão de areia, um paraíso para qualquer empreiteiro sem escrúpulos.

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Reportagens em mente são pelo menos duas. Durante os três dias completos em que lá estarei não faltará tempo. Por regra levanto-me de madrugada, para aproveitar a luz do nascer do sol que é boa para as fotografias. É o resultado de ter fotógrafos profissionais na comitiva.

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Bem, hoje o texto não flui como noutras ocasiões. Vou parar por aqui. Para a semana

já cá canta!!!

Não estava programado, pelo menos para já. Eu sempre disse que iria comprar a Playstation 3, mas não tencionava fazê-lo tão cedo. Sempre disse, aliás, que primeiro queria comprar uma televisão a sério, e não a mini TV que me faz companhia mas não dá para mais. Mas na semana passada aconteceu um volte-face, daqueles que por vezes, muito raramente é certo, tornam os jogos de futebol excitantes até ao último minuto porque, nos últimos instantes, a nossa equipa da a volta ao resultado e ganha a partida. A Sony anunciou que tinha criado uma nova PS3, com disco de 40Gb e que custa 399€. Pensei cá para mim, "não compensa, a de 60Gb já está mais barata". E assim é. Por mais 100 euros trazemos mais disco, mais um comando e dois jogos... Cada jogo custa, em média, qualquer coisa como 50 ou 60 euros, por isso, é perceptível que a versão com mais capacidade tem uma melhor relação qualidade/preço.

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O problema é que a empresa japonesa afirmou, também, que mal acabassem os modelos de 60Gb passariam a comercializar apenas a de 40Gb. Comecei a ficar preocupado. Tinha de a comprar agora, não podia desperdiçar a oportunidade. Solução? Que bela prenda de Natal, não? Pois assim foi. Depois de um chamada para o Pai Natal, recebi a autorização para escolher o presente. Lancei-me numa perseguição voraz à procura da versão promocional com os dois jogos e os dois comandos. Mas quando encontrava um espaço onde ainda haviam consolas. Mas parecia que estavam embruxadas. Mal as descobria, elas desapareciam. Já quase sem esperança, encontrei uma e já cá canta.

Mas é prenda de Natal! Não tem piada abri-la já, pois não? Vou mantê-la guardada. Só abro uma excepção. Tenho de a experimentar para comprovar que está tudo em ordem. Afinal, o senhor da loja disse-me logo: "Se acontecer algum problema nos próximos 30 dias venha cá para procedermos à substituição do aparelho. Depois disso, liga para este número, que é o apoio ao cliente da Sony, que eles vão buscar a consola a casa para reparação."

24 outubro 2007

Ainda bem que gostam

Obrigado a todos os que mostraram agrado pela nova imagem aqui do Domingo de Manhã!!!

Este eu quero ver

Chama-se Fados mas é realizado por um realizador espanhol, de nome Carlos Saura. Para os conservadores trata-se de uma heresia, principalmente quando associam a música, tão tradicional, à dança. "Onde é que se viu, cantar o fado com bailado?", poderão dizer uns... "se a Amália fosse viva entrava em choque", poderão afirmar outros.



Mas eu não penso assim. Parece-me genial a abordagem de Saura ao tema, depois de ter feito o mesmo com o flamenco e o tango. Ainda não vi o filme, mas desde que assisti ao trailer pela primeira vez fiquei com uma curiosidade imensa. De tal forma que a banda sonora já faz parte da minha colecção de CD. Parece-me brilhante, associar a nossa música, cantada por Carlos do Carmo, Camané e Mariza com a dança. Mas, para além disso, o espanhol foi mais longe. Foi buscar cantores de fado vadio, convidou Caetano Veloso e Chico Buarque para cantarem fado, desafiou Lila Downs que interpreta uma música tão lusitana sem conseguir dizer os "ãos" ou os "ões". É magnífico.

Por isso digo, este filme eu quero ver!

23 outubro 2007

lavagem necessária

Como já devem ter reparado os resistentes que diariamente, ou quase, se dão ao trabalho de carregarem nas teclas d o m i n g o m a n h a . b l o g s p o t . c o m o Domingo de Manhã acordou (tarde, muito tarde, eram quase quatro horas da tarde) de cara lavada.

Parece-me que está mais limpo, mais simples, mais claro e mais "amigo" da vista. Gostam? Digam que sim... ou não!!!

Digam apenas!

aqui também se diz piaçaba

Solidário como sempre, não podia deixar de me associar a causa tão nobre. O vídeo de Ricardo Araújo Pereira lançou o mote e o movimento foi criado. Neste momento, o Domingo de Manhã já faz parte de tamanho fenómeno, onde amigos como o Blog Fenomenal também já estão inscritos. Aqui diz-se e escreve-se PIAÇABA

O certificado está na tarja colocada no canto superior esquerdo deste espaço. Se quiseram mais informações basta clicar lá.

E para aqueles que não viram a "arma do crime", aqui vos deixo tão grande preciosidade.

santa cabecinha... as chaves!!!

Não basta, por vezes, termos dias em que não paramos um bocadinho que seja, que é precisamente nesses momentos que temos as surpresas mais desagradáveis.

Na semana passada, já em casa, por volta da hora de jantar, recebo um telefonema. Era o chefe. Tinha de ir no dia seguinte ao Algarve, fazer uma reportagem. Bem sei que a notícia não espera, não é programa, mas em abono da verdade, não era uma viagem pela A2 fora que estava nos meus planos de uma terça-feira em que ainda me faltava fechar algumas páginas do jornal. O trabalho até podia ser interessante e lá decidi que iria.

Manhã seguinte. São cerca das nove horas. Preparo-me para sair de casa. Apanho nas chaves, vou a cozinha e coloco-as de novo na mesa. Saio de casa e, clank, fecho a porta. Naquele preciso momento sinto um frio gelado, um incómodo intolerável pela espinha acima... Por momentos, as minhas mãos deixaram de reagir aos impulsos cerebrais. Tinha deixado as chaves dentro de casa. Não podia ser pior, pois as soluções não eram propriamente atractivas.

Entre tentar saltar para a varanda e partir uma perna, um braço ou algo mais grave depois de cair no buraco ao pé do prédio, chamar os bombeiros e partir a janela, com todas as chatices que isso implica, ou ir a Portalegre na viagem de regresso do Algarve, a terceira opção foi a que me pareceu mais razoável. De repente, entre o fecho da edição, a reportagem no Sul do país, tinha acabado de colocar mais 300 quilómetros de viagem, no roteiro planeado. E tudo no momento em que a porta se fechou...

22 outubro 2007

Emoção a rodos

A Fórmula 1 tem estado uma monumental seca nos últimos anos. As ultrapassagens quase não existem, houve épocas em que Michael Schumacher ganhava tantas corridas que não deixava espaço para mais ninguém. Mas este ano não. Este ano foi em grande. As ultrapassagens continuam sem acontecer. É muito chato ver uma corrida de uma hora e meia e saber que os primeiros só trocam de posições durante a paragem nas boxes. Ainda assim, parabéns Ferrari, parabéns Raikkonen!

Com pezinhos de lã, como se fossem uns cordeiros, raramente se envolveram em polémicas. A única foi a queixa que fizeram no caso de espionagem. Pelo contrário, os rivais da McLaren todos os dias apareciam nos jornais por mais uma briga, um frase mal interpretada... Gossip ao seu mais alto nível. Era o Alonso que recusava passar férias com o patrão (fez ele bem, férias são férias), era o Hamilton que tinha namoradas que nem ele conhecia, era o fala ou não fala entre o antigo campeão do Mundo e o dono da equipa. Em Maranello não. A única coisa que diziam era que ainda iam ser campeão de pilotos. E foram! Honra lhes seja feita!!!

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E na última corrida, o Grande Prémio do Brasil, a emoção existiu. Na frente não houve ultrapassagens digas desse nome, mas o suspense ficou até ao fim. De tal forma que mal cruzou a bandeira de xadrez Raikkonen não festejou. E muitos terão pensado que frio e calculista como é conhecido, daí a alcunha de Ice-Man, não iria comemorar. Como é que alguém poderia ser tão gelado? Não terá coração? Mas não, o finlandês só esteve à espera que Hamilton chegasse também... em sétimo!!! Ele precisava de saber que era nessa posição que o seu adversário terminaria porque só nessa altura poderia explodir de alegria. Mal isso aconteceu os dois braços do novo campeão do Mundo ergueram-se, saíram do habitáculo do Ferrari, e gesticularam na vertical, em direcção ao céu. Estava cumprida a missão de chegar ao cume...

18 outubro 2007

É pouco? É chocante!!!

Ouvir o ministro Mário Lino dizer que a derrapagem orçamental nas obras de reparação do túnel do Rossio na ordem dos oito milhões de euros (7,7 milhões, para ser mais preciso), o que significa cerca de 20 por cento mais do que o orçamentado, não é muito, é mesmo pouco deixou-me chocado. Primeiro, porque ao dizer isto está, declaradamente a gozar com todos os portugueses, pois o dinheiro é dos contribuintes que trabalham, que se esforçam, que sofrem, e a desdramatizar um aumento colossal. Já pensaram bem o que são 7,7 milhões de euros? Não me parece que seja pouco nem normal que aconteçam escorregadelas desta monta. O problema é que neste cantinho à beira mar plantado isso é, de facto, a rotina, o normal, a regra.

Image Hosted by ImageShack.us Foto: Portugal Diário

Mas o que me chocou mais foi depreender algo extremamente preocupante das palavras de Mário Lino (é o mesmo que disse que abaixo do Tejo só havia deserto. Alguém se lembra?). O Público de ontem noticiava em primeira página que em Portugal há dois milhões de pobres, dos quais 740 mil vivem com menos de seis euros por dia. Ora, se Portugal tem cerca de 10 milhões de habitantes, quer dizer que os tais dois milhões são cerca de 20 por cento da população total.

É chocante que, na mente de um ministro, ter 20 por cento da população pobre é normal, é pouco, mesmo sendo o país membro da União Europeia e (supostamente) desenvolvido. Shame on you Mr. Lino! (Critiquem à vontade esta conclusão, mas em Filosofia sempre me ensinaram que podiamos tirar conclusões através do processo de indução (de um caso genérico para um em particular) ou de dedução (de um caso único e particular para os genéricos). Neste caso utilizei o segundo).

15 outubro 2007

Que grande viagem...

Experiência magnífica, a de andar de helicóptero. Ficam aqui três vídeos com a aproximação à pista e a aterragem...





10 outubro 2007

Queria meia dúzia de despertadores, sff...

Acordar às quatro horas da matina? Não há direito! E as oito horas de sono? É possível, pois é... mas não me estou a ver a ir para o vale dos lençóis às oito horas da noite... Não vejo as notícias sequer? Não há direito!

Não há direito!
Não há direito!
Não há direito!

O que vale é que o IC19 às cinco da manhã quase não tem trânsito. Devem passar só uns 500 carros por hora. Mas assim até chego ao aeroporto relativamente depressa. Só de pensar que se tivesse de lá estar às oito horas da manhã tinha de sair com, pelo menos, uma hora de antecedência... É de loucos não é?

Bem sei que o convívio com os amigos do trabalho durante o almoço é bom. Mas comer em casa também é óptimo e sabe bem matar saudades. Para além disso, se estivesse no Alentejo por vezes demorava quase tanto tempo a chegar ao aeroporto como agora, em que pernoito algures na Linha de Sintra. Não há direito!

E como a alvorada está marcada para tão cedo, se calhar é mesmo melhor passar por uma loja e comprar meia dúzia de despertadores, não? Assim como quem vai à mercearia e pede 200 gramas de fiambre, mais 200 gramas de queijo, quatro iogurtes, quatro papo secos (são carcaças lá nas minhas bandas), e um litro de leite. Ah, já agora ponha aí meia dúzia de despertadores...

Não há direito!

09 outubro 2007

Comer em casa é que é

Já não fazia isto há tanto tempo. Hoje senti um dejá vu! Vim almoçar a casa! Em três anos que vivo em Lisboa isso só aconteceu duas vezes... Soube tão bem.

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É por coisas assim que sinto uma vontade tremenda, que me acompanha regularmente. Não fosse o facto de gostar tanto do que faço e acho que já tinha deixado a capital à procura de uma qualquer cidade média do nosso país. Quem me conhece sabe bem que gostava que isso acontecesse. Há pouco, em conversa com um amigo lá do trabalho, e que também sabe o que é viver em meios pequenos, comentava isso. Sabe tão bem poder sair e ir almoçar a casa, sem pressas, ver as notícias, e, se possível, estar com aqueles que nos são mais próximos...

As saudades da comida caseira não são muitas, porque por regra lá levo o farnel todos os dias e como na cantina... Mas em casa sabe melhor. Disso não tenho dúvidas.

08 outubro 2007

Que pergunta estúpida

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Hoje fui comprar umas t-shirts. No processo de escolha saí-me com a pergunta chave, aquela que é mesmo absurda: "E a qualidade do algodão, é boa?"

O que achava eu que o senhor da loja me ia dizer? "Ah não, o melhor é não comprar que isso deforma-se ainda antes da primeira lavagem", ou então, "não leve isso que é do pior que existe. Além disso é produzido por miúdos com três anos que são espancados duas vezes por dia e que comem uma malga de sopa de quatro em quatro dias, trabalham dia e noite com três horas de sono de descanso. Aliás, a política da empresa é sonegar (gosto desta palavra...) os direitos aos trabalhadores e manter a actividade de modo paralelo à sociedade e respectivas economias (já vi isto nalgum lado...)".

É óbvio que quando perguntei se o tecido era bom me disseram que sim. E por acaso até é, mas se não fosse a resposta seria a mesma. Merecia era uma resposta igualmente estúpida... Enfim!

Até deixo de falar sobre futebol

Não há pachorra. Há pessoas com quem o assunto futebol passou a ser proibido. Pelo menos comigo é assim. Não tenho paciência para os aturar. Há meia dúzia de sportinguistas com quem não posso falar mesmo. São de uma incoerência. Até enjoa.

Andaram seis jogos a chorar porque os árbitros são os maus da fita, só prejudicam o clube do visconde... Mas hoje já não era bem assim... "Grande jogo o do Sporting. Demos três ao Guimarães".

Só se esquecem que o primeiro golo foi precedido de falta de um tal Vu...vic. Para além disso, dizem que dominaram e que a vitória é inteiramente merecida. Só se esquecem que não dominaram, foram dominados na primeira parte, e só conseguiram marcar porque um russo que veio do frio marcou de fora da área. Mas não, lá no burgo desta malta facciosa o Sporting fez um grande jogo...

Por isso, com estas pessoas eu fecho a loja!

02 outubro 2007

Que grande baile

A noite era de festa. Comemorava-se a passagem de ano, julgo que de 1999 para 2000. O Parque das Nações era um dos centros da folia na capital portuguesa.

Depois de algumas cervejas e outras bebidas com teor alcoólico, a vontade de mijar era muita. Fui à casa-de-banho. O frio era muito e tinha um gorro na cabeça que tapava uma ferida na testa, resultado de um confronto injusto com um vinho verde de pressão que me levou a tropeçar numas escadas.

Estava já em plena acção, muito mais aliviado, quando duas pessoas entram na casa-de-banho. Quase não dei por eles. Mas eles fizeram questão de dar por mim. "Oh bacano, dá aí uns trocos...", disse-me um.

Mas a percepção da realidade já não era a mesma. As cervejas tinham algo de poção mágica, sentia-me uma espécie de gaulês, sem receio de nada. Àquele pedido não tive outra resposta. Limitei-me a dizer: "Estás a dar baile?" Fez-se silêncio. O tempo parecia imenso até que um dos pobres rapazes diz para o amigo: "Vamos embora pá, que este gajo não é de confiança"...

Nota: A história não se passou comigo, isso é um facto. Mas optei por dramatizá-la e, na primeira pessoa, parece-me mais conseguido.

Não resisti... é mesmo o melhor do Mundo

Este vídeo já circula há uns dias, mas não podia de deixar aqui a minha homenagem a um momento de comicidade e humor absolutamente brilhante. Parabéns aos Incorrígiveis, às Produções Fictícias, aos Gato Fedorente, and so on and so on... Agora até parecia um discurso de agradecimento nos Oscares, ou nos nossos Globos de Ouro!!!

De regresso

Já estou em Portugal. Cheguei há dois dias.

A zona de Sanremo é fenomenal. As paisagens são absolutamente estrondosas. Gostei muito das montanhas, da possibilidade de, em plena serra, poder ver a imensidão de um mar Mediterrâneo calmo e tranquilo.

Depois, bem, as aldeias são tão características... Vale a pena uma visita. Aliás, estou a ponderar seriamente um regresso, mas não em trabalho. O ideal era sair de Portugal de carro, atravessar Espanha e passar França, preferencialmente pelo Sul. Dizer olá ao Mónaco e chegar à bella Italia!!!

Ah, e o custo de vida não é muito alto. Espreitei um supermercado e os preços não são muito caros. Ao nível de Lisboa, talvez. Também fui a alguns restaurantes. Havia uns onde os preços das pizzas variava entre os seis e os nove euros, dentro do que se paga cá no burgo, não?

29 setembro 2007

Prontissimo

Parece incrível, mas já tenho a reportagem do Rali de Sanremo feita. Amanhã, quando chegar a casa, é só dar mais uma vista de olhos aos textos e confirmar se está tudo em ordem. Que sensação de alívio...

Isto é que foi pedalar, ou melhor, escrever. Para além da reportagem para o papel, ainda escrevi, durante os últimos dias, uma série de notícias para o site.

Tenho a sensação de dever cumprido.

Agora só já devo dar notícias a partir do aconchego do lar!

28 setembro 2007

Noites longas

Esta noite só fui para a cama por volta das cinco horas da madrugada. Trabalho a quanto obrigas...

Mas as coisas são assim. Por vezes, os esforços valem reportagens com mais valor. E isso dá um enorme prazer.

Um balde de água fria

A minha vinda a San Remo tinha, como principal propósito, fazer a reportagem daquela que é a estreia em ralis no estrangeiro de Bruno Magalhães, o actual líder do campeonato português da disciplina.

Mas num troço realizado à noite, o maior da prova com 44 quilómetros de extensão, o piloto português teve um acidente, no mínimo, incaracterístico. Bruno Magalhães bateu em cheio num adversário que se tinha despistado e tinha o carro atravessado no meio da estrada. Não é normal, e quando saímos de uma curva de quarta a fundo... (Por isso é que não acho piada àquelas pessoas que andam depressa nas estradas abertas do dia-a-dia, especialmente em zonas encadeadas. Nunca sabemos o que está do lado de lá da curva. Imaginem que o andamos depressa e nos deparamos com uma carroça. Quem é inconsciente nunca terá pensado nisso, pois não? Bem este parênteses já vai longo.)

Enfim, foi um grande balde de água fria. A primeira preocupação foi saber se os intervenientes no acidente estavam bem. E estavam de facto. Quando me certifiquei disso comecei a pensar que a reportagem que tinha idealizado estava estragado. Sim, porque eu gosto de fazer o trabalho de casa e preparar as coisas antes. Mas às vezes nem tudo corre como esperamos.

Assim, a preocupação seguinte foi a de pensar numa alternativa. Já a tenho, mas isso implica que hoje a noite seja longa... Agora desculpem-me, mas não posso dizer o que estou a pensar fazer. O segredo é a alma do negócio. :)

27 setembro 2007

E cá estou eu parlando italiano

Bem não é bem assim. Além de uns grazie, de uns prego, de uns ciao ou de uns bon giorno, pouco mais digo...

Já estou em San Remo, mas se me perguntarem se é uma cidade bonita... bem, não tenho resposta. Isto é parecido com a zona de Nice e do Mónaco, afinal é aqui bem perto, não é?

Mas por estes lados o tempo não está famoso. Em Portugal não estava um calor daqueles, mas aqui fui abençoado por chuva, frio e trovoada. Melhor que isto não há!!!

Bem, queria escrever mais, mas tenho de ir, a correr, à assistência porque é preciso falar com os pilotos. Afinal estou cá por causa do rali...

Macaquinho de imitação

Ontem fui acusado de ser macaco de imitação. Sei que me inspirei num argumento utilizado no texto em que pedia comentários. É verdade, isso de dizer que cortava os pulsos tem direito de autor e não sou eu. Obrigado Namaste!!!

Bem, mais uma noite que chegou ao fim. Só falta fazer a mala e saltar para a cama. Amanhã, ou melhor, hoje o despertador toca (não, não é o telefone. Isso é um programa esquisito que deve dar sono até aos que sofrem de insónias) lá para as seis e meia da matina...

26 setembro 2007

Vou ali e já venho

Amanhã é dia de viagem. Às 8h40 tenho de estar no aeroporto. O trajecto é Lisboa-Nice, num voo TAP operado pela Portugália. Ali chegados é hora de ir até San Remo. Sim, vou de avião para França, mas o destino é Itália.

Regresso no domingo. Por isso já sabem, se não disser nada entretanto é porque não deu. Mas se puder venho aqui deixar o meu testemunho...

Fechados para a História

Mal saí de casa passei pelo quiosque que há lá perto. Fui buscar o segundo volume de uma colecção extraordinária, editada pelo Expresso. Chama-se Grandes Fotógrafos. A primeira retratava Portugal, através das lentes de alguns dos melhores disparadores obturadores que existem no planeta.

Neste segundo volume, Robert Capa, Henri Cartier-Bresson (um dos fundadores da agência Magnum, considerada a melhor agência fotográfica do Mundo), W. Eugene Smith e Yevgeni Khaldei transmitem, através da sua máquina, um olhar fotográfico de algumas guerras mundiais. Ainda não vi o livro todo, mas nas primeiras páginas há um particular destaque para a Guerra Civil de Espanha. Sabiam que Barcelona foi atacada pelos franquistas, obrigando milhares de republicanos a refugiarem-se em França? Eu não. Aliás, sinto vergonha, mas tenho de admitir que pouco mais sei acerca desta guerra do que o quadro de Guernica, pintado e imortalizado pelo génio espanhol das artes plásticas, Pablo Picasso. É triste dizer isto porra. Passou-se tudo mesmo aqui ao lado. A zona da raia ainda viveu esse embate com intensidade e nós pouco sabemos. Salvo uma mini-série produzida pela RTP há uns anos e quase não se fala nisso.

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Mas isto não é de estranhar. Até a nossa História é mal tratada. Não defendo que se deva dar mais umportância a algumas fases da História em detrimento de outras. É certo que há épocas que têm repercussões sociais, políticas, económicas ou culturais muito mais fortes do que outras. Mas vejamos. Todos nós sabemos que houve o 25 de Abril de 1974. Mas nem todos sabem porque é que aconteceu, no que resultou. Foi há pouco mais de 30 anos, mas as gerações que nasceram depois disso quase não são informadas... Não temos direito?

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Dizem-nos, mas isso faz parte dos programas curriculares. Pois faz, mas são sempre as últimas páginas, por vezes nem são abordadas porque entretanto o ano lectivo está no fim. Isto acontece meus senhores! Ou não se dá ou é dado à pressa só para ficar no sumário das aulas. Sei que, por evzes, é difícil relatar e explicar com distanciamento algo que ainda está tão fresco na memória de alguns, mas isso não serve de justificação para tudo. Além disso, a perspectiva dada nas salas das escolas acaba por ser extremamente romântica, com a história dos cravos nas armas e pouco mais. Não há uma contextualização política, não se explica quais foram as consequências, como se viveram aqueles anos seguintes. O PREC, por exemplo, não passa de um pequeno apontamento histórico, como se não tivesse muita importância. Não percebemos, com profundidade, as evoluções políticas ou as questões mais prementes da sociedade da altura. Não sei quem foi o primeiro presidente da Assembleia Constituinte, mas nem é isso o mais importante. Gostava de saber, sim, o que implicou esse orgão e o que lhe aconteceu. Tenho uma ideia, mas há quem não saiba, sequer, o que isso é.

23 setembro 2007

É de esgotar a paciência

Uma pessoa fica cansada. Estamos em pleno século XXI e já não há paciência para certas pessoas. É difícil aguentar. Mas, sinceramente, já não sei o que é, se desfasamento da realidade, se incompetência, ou simplesmente idiotice.

Infelizmente é bastante comum haver pessoas que nem na sua própria Língua sabem escrever, mesmo que já ostentem, com orgulho, o canudo debaixo do braço. Coincidência ou não, este foi conseguido numa instituição de ensino superior privada (onde é que eu já ouvi falar dum caso parecido? estou confuso!). Isso acontece mesmo. Mas se fosse só isso. Já pensaram em aturar alguém que aparece e se mostra muito competente por ter tirado um curso, ter feito uma pós-graduação no estrangeiro e, ainda, ter trabalho em cadeias de televisão, mas que depois não percebe absolutamente nada daquilo que tem de fazer? É duro, ter de ensinar alguém bem mais velho do que nós, que diz ter a mesma formação que a nossa, a fazer o seu trabalho ou a escrever em Português.

Foi um fim-de-semana duro. Nunca pensei ter tantas dificuldades com a situação. Eu não era assim. Quando comecei não era assim. Dedicava-me mais, esforçava-me mais, mas, acima de tudo, tinha um pouco mais de noção do que era o tipo de trabalho que tinha de fazer. Digamos que é o mesmo que termos formação para médico e, quando começamos a trabalhar não sabemos sequer pegar num bisturi. Estão a ver o ridículo da situação?

Bem, não me vou alongar muito. Um dia destes conto mais uma coisa. Mas, já agora, quem souber onde se levanta o volume do computador que diga. Eu sei, mas essa pessoa não!

Alguém deixa uma palavrinha?

Era simpático, no mínimo. Não é que escreva para que a malta desate para aí a comentar, como se não houvesse amanhã. Mas assim de vez em quando, como quem não quer a coisa... umas palavrinhas apenas!

Ah, mas descansem, se ninguém disser nada eu não vou cortar os pulsos e também não corto os pulsos nem pratico autoflagelação!

20 setembro 2007

Momentos revisitados

Continuo em alta com Ornatos Violeta. Ontem foi o "Cão", hoje durante o dia também, mas agora à noite apeteceu-me ouvir o "Monstro precisa de amigos". É magia musical que discorre para dentro dos meus ouvidos...

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Colocar o cd no leitor do portátil (as coisas já não são como dantes, em que era preciso a aparelhagem...) e voem alguns anos atrás. Dei por mim numa pequena sala, que não tinha mais de oito ou dez metros quadrados. As paredes estavam forradas de cortiço. Não sei se era da Robinson, não faço ideia, mas esta fábrica já mandou rolhas ao espaço. Respeitinho, portanto! Uma mesa redonda. Mais duas rectangulares, com todo um aparato áudio... mesa de mistura, leitores de cd's e uma infinidade de botões. A um canto uma pequena TV que nem sempre cooperava.

Lá estávamos os cinco, a Das Carlas, o Dos Mários, o Dos Mouros, o Dos Bats e o Dos Picados (parvoíces, que mais lhes hei-de chamar?). Todos os sábados, das 13h às 15h, ao vivo e em directo toda a antena regional da São Mamede vibrava com os cinco da radiofonia. Era o programa do IPJ ao mais alto nível.

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Ali aconteceu de tudo, festejaram-se aniversários (e que festas foram), fizeram-se debates com as juventudes partidárias, discutíamos o sol e a lua. A minha implicância era comum, não havia duas horas de emissão que não passasse uma trilha de Ornatos. Tinha de ser. Cada um tinha direito a, pelo menos uma música à sua escolha. Quando chegava a minha vez o álbum quase que saltava direito ao leitor. Bons tempos aqueles. Muitos risos com o Homem que arranhou o porco-espinho, chegar dois minutos antes da emissão começar, não era preciso ensaiar nem nada. Às vezes a malta estava com uma dor de cabeça. "Então que te aconteceu?" Pergunta estúpida, principalmente feita num sábado ao final da manhã. Sexta já era dia de borga...

19 setembro 2007

Saudosismo

Também me sinto assim hoje. Que querem? Há dias assim, não posso agora é? (Que estranho, agora até a minha escrita está diferente. Está tudo louco, pânico, pânico)

Há uns dias que andava com vontade de ouvir Ornatos Violeta no carro. Não passa muito tempo que não tenham de girar no auto-rádio ou em casa. Mas depois esquecia-me de ir buscar. Isto de não ter uma estante com os cd's todos arrumados não é vida para ninguém! Mas vá lá, hoje fui buscar o cd. Foi no momento em que escrevi o post anterior. Não foi para copiar a letra. Aquela parte sei de cor.

Esta banda é fantástica. Foi depois, mais ou menos, do Sudoeste 1997 que comprei o cd. Não fui ao festival, mas já tinha vontade de o ter e depois de ter ouvido na Antena 3 o concerto e de um amigo me ter dito que tinha sido muito bom decidi comprar. Falei nisso em casa e não é que um dia ou dois dias depois os meus pais me fazem a excelente surpresa de me oferecer o Cão. Nem imaginam a quantidade de vezes que este disco compacto já rodou...

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Os concertos que vi adorei. Mas isso conto mais tarde! Oiçam Ornatos!!!

Débil mental

É que eu não sou um débil mental,
Eu posso estar errado ou ter agido mal,
Pois pago o preço que tiver de pagar,
Se for para tal eu sofro só.

Se não te agrada a forma de eu falar,
Acorda e vê que eu cago pró teu não gostar,
Se as minhas calças
parecem de um pijama,
Da próxima vez eu saio como entrei na cama!



Hoje apetece-me cagar para algumas pessoas. Mas cagar de alto. O que pensam de mim? Sou saco para toda a obra? Não, assim não pode ser!!! Tenho direitos!!! Não estou preso!!!

Nota: Para quem não sabe, a letra é dos geniais Ornatos Violeta. Para mim são os melhores, se é que nesta coisa da música temos mesmo de estabelecer classificação. Que raio, gosto e pronto! Oficialmente acabaram, mas cá no fundo mantenho a esperança de os poder voltar a ver ao vivo... Ainda não vi o Mata-me outra vez. Devem-me essa! Tenho dito!

Portugal está mesmo na moda

Que grande notícia. Roger Federer vem ao Estoril Open do próximo ano! A prova de terra batida tem trazido, nos últimos anos, cada vez melhores tenistas, mas nunca cá tinha vindo o melhor. Agora, vem cá o número um. Isto é fantástico.

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Foto: Raisport

Desportivamente estamos na moda. Felizmente, o Rali de Portugal voltou ao Mundial e mesmo que em 2008 isso não aconteça, já foi bom. (Mas queremos mais, pois claro está).

O Lisboa-Dakar já vai acontecer pela terceira vez, o Euro-2004 foi o sucesso que se sabe. É muito bom tudo isto. É verdade que continuamos a receber miseravelmente e que, de vez em quando, há uns iluminados que defendem que é preciso despedir mais, como defendeu Ludgero Marques, o presidente, salvo erro, da Confederação da Indústria Portuguesa.

A taxa de desemprego é cada vez maior, temos pessoas a viver abaixo da linha da pobreza (sim, não é só em África que isso acontece, em Portugal também), os jovens são cada vez mais dependentes dos pais e quando começam a trabalhar têm de continuar a receber mesada, enfim, o cenário não é famoso.

Mas perdoem-me. Ontem fiquei feliz quando soube que o maior às do ténis mundial vinha ao Estoril Open. Também podemos sorrir de vez em quando não?

Ah, já agora, ALLEZ LOBOS ALLEZ!!! Força para o jogo contra a Itália que se realiza no Parque dos Príncipes, em Paris, mais logo! Foi o primeiro jogo do Mundial com bilhetes esgotados!!! Somos os maiores!

18 setembro 2007

O regresso das grandes noites

A Liga dos Campeões 2007/2008 já arrancou. Está de volta aquela competição que já nos proporcionou, a todos os que gostamos de futebol, grandes noites, à terça e à quarta-feira, de espectáculo e magia!

Os portugueses não tiveram nenhum arranque fulgurante. O grande Benfica perdeu em San Siro, por 2-1, face ao Milan. O Porto empatou com o LIverpool e manteve-se imbatível face a equipa inglesas em casa.

Mas o mais importante é que a Liga Fantástica também já começou e a minha equipa está feita. O objectivo? Nenhum em concreto, apenas divertir-me, como treinador de bancada (neste caso de computador) claro está, e disputar a Liga ESEP, aquela onde a malta do curso e não só continua a marcar presença.

Este ano apostei em jogadores dos três grandes e alguns craques reconhecidos por todos. Aqui está a formação com que disputei a primeira jornada:

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Os rapazes merecem...

...esta homenagem!

Amadores, estreantes num campeonato do Mundo! Os "Lobos", alcunha dada à selecção portuguesa de rugby, ainda não ganhou um jogo. Contra a Escócia levámos mais de 50 e contra a Nova Zelândia (os melhores do Mundo) mais de 100. Ainda assim mostraram toda a sua fibra, raça e coragem. Fizeram com que o público (tão nobre como este jogo que, apesar de ser uma verdadeira batalha, é disputado apenas por homens com H, tal a honra com que praticam este desporto) os aplaudisse de pé, da mesma forma que os jogadores portugueses aplaudiram os adversários neozelandeses após o jogo. É magnífico tudo o que gira à volta desta modalidade, toda a nobreza que a reveste de elegância.

O fair-play demonstrado por todos é enorme. Uma vez tive o prazer de assistir a um jogo do torneiro das Seis Nações. Irlanda-Itália, em pleno Lansdowne Road, o estádio de Dublin, casa dos irlandeses. Aqui não são precisos batedores, nem milhares de polícias para assegurar a segurança. Antes do jogo podemos ir beber um "pint" ao bar do hotel onde está a equipa e ainda dar dois dedos de conversa com um jogador ou outro. Estes percorrem os 500 metros que separam o hotel do estádio a pé, ladeados de milhares de adeptos que os aplaudem...

É neste meio que os portugueses estão. E estão a mostrar que merecem ter ido ao Mundial, que se realiza em França, e que podem voltar. Assim o desejamos.

Fica aqui um vídeo magnífico da forma como os jogadores portugueses cantam A Portuguesa. É maravilhoso e fascinante ver como sentem orgulho em serem portugueses. E eu, que vejo isto pela internet, emociono-me e também me encho de orgulho!!!



Adeus campeão

Quem diria. Colin McRae ficou conhecido por ser um piloto extremamente rápido e espectacular. Os grandes acidentes que protagonizou ao longo da sua carreira valeram-lhe a alcunha de McCrash. Campeão do Mundo de ralis em 1995, este escocês nascido em Lanark tornou-se, há muito, um símbolo do desporto automóvel a nível mundial. Morreu no passado fim-de-semana após um acidente de helicóptero! Ironia do destino!!!

McRae é sinónimo de emoção e espectáculo, fosse nos ralis, no todo-o-terreno (era impressionante como a Nissan Navara pulverizava os tempos de toda a gente na Baja Portalegre 500 de 2004) e nos famosos jogos de vídeo com a sua chancela. Presto aqui a minha sincera e humilde homenagem...

11 setembro 2007

A última... prometo!!!

Não resisti em colocar este vídeo antes de ir embora...

Vejam só Novak Djokovic, finalista do US Open deste ano (será que ganhou? Não faço ideia, mas a jogar contra o Federer, deve ter sido difícil), a imitar alguns dos seus adversários. O raio do qualquer coisa vic dá-lhe bem.

Espectáculo

Ah, mas antes de por os pés de molho queria dizer que o "centro do Mundo" está em grande. Apesar de todas as complicações, e do escândalo que foi encerrar o CAEP (Centro de Artes do Espectáculo de Portalegre) pouco depois de um ano de ter aberto portas, porque era necessário proceder a obras, a programação cultural está de regresso e em força.

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E parece que a rapaziada está a trabalhar bem. Para a rentrée estão previstos os Clã e umas norte-americanas, duas apenas, que sozinhas fazem um cabaret. Deve ser giro. Chamam-se Vermillion Lies. Para completar o programa, Capitão Fantasma e Electronicat. Ah, convém não esquecer, para quem quiser ir, que os espectáculos são nos dias quatro, cinco e seis de Outubro. O livre-trânsito custa 20 euros enquanto os bilhetes diários variam entre os três e os 15 euros.
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Mas nota de destaque é um festival de sons do mundo, em que o primeiro som é o blues. Não sei bem quando é, mas julgo que se realiza no fim-de-semana seguinte ao da reabertura. A grande novidade é a parceria com Paulo Furtado, o artista que tem como alter-ego Legendary Tigerman e mentor dos Wraygunn.

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imagens: caep

Não acham positivo? Eu acho que sim! São estes nomes que também ajudam a dar visibilidade ao interior...

Vou esticar as pernas!!!

Foram quatro dias de intenso trabalho mas, final e felizmente, já acabaram. Agora vem o descanso do guerreiro para em breve voltar à carga.

Mas para já só quero espreguiçar-me, abrir a boca e não fazer absolutamente nada.

10 setembro 2007

Haja uma...

Esta co-produção novelesca, autêntico sucesso de audiências em Portugal e no Reino Unido, está a ser um sucesso. Porém, como em tantos outros produtos televisivos que tanto fazem os telespectadores vibrar com histórias ficcionadas, esta trama, que apenas difere com as suas congéneres porque é real, já cansa.

Mas hoje prendi todas as minhas atenções numa notícia, das muitas que (infelizmente) ocupam os nossos blocos noticiosos. Era uma mulher inglesa, cidadã da vila onde mora o tal casal Mccann. Estava indignada! Não porque a miúda tivesse desaparecido. Ou melhor, a senhora lamentava o facto da pequena estar desaparecido (embora ainda acredite que esteja viva, dizia ela), mas como defendia, os pais já deviam ter sido presos ou, pelo menos, perderem os outros dois filhos. Porquê? Por negligência, pois está claro. E continuava, dizendo que a ela o assistente social do condado de Leicester já lhe tinha dito: "Minha senhora, se isto fosse consigo já lhe tínhamos tirado os filhos."

Mas, queixava-se a senhora, "eles são médicos, são ricos e por isso não lhes acontecesse nada". Isto é sintomático porque muita gente pensa da mesma forma. Todos sabemos que se isto fosse com um cidadão normalíssimo, provavelmente as coisas não tinham sido assim. É normal um casal conseguir tamanho mediatismo por ter perdido uma filha? É só por serem ingleses a passarem férias? Não creio. Acho que esta família não está tão inocente como se possa pensar. Corrijo, para mim eles são, de facto culpados. E mais uma vez subscrevo as palavras da conterrânea dos Mccann. "Queriam ir de férias com os filhos desta forma? Contratassem uma babysitter para cuidar das crianças ou levassem uma ama com eles."

Ah, e já viram a coincidência? O casalito viveu por cá durante quatro meses. Mas mal viu o bico dar a volta ao prego o que é que fez? Pisgou-se, fez as malinhas e refugiou-se em Inglaterra. Foi só para os filhos terem uma vida mais normal? Então e os tais discursos emocionados que não abandonariam a zona onde a filha tinha desaparecido...

Outra coisa que acho faraónico é o facto de marido e mulher, ambos médicos julgo eu, terem dinheiro, mas não tanto, suponho eu, para poder pagar tantos advogados, porta-voz. Isto é incrível. Nem sei que diga. Todo o processo me indigna. Acho tudo isto uma palhaçada...

Ah, só mais uma coisa. Ainda pensei colocar aqui um vídeo da Madeleine. Mas, pensando bem, mais depressa colocava de pessoas que desapareceram, nunca foram encontradas, mas também nunca tiveram a atenção de ninguém, particularmente das autoridades, quando o desaparecimento aconteceu. Assim de repente, lembro-me do caso do Rui Pedro... Casos assim não tiveram um centésimo do alarido da miúda britânica. Mais uma vez, penso que foi o dinheiro a falar mais alto!

05 setembro 2007

Competição para todos

Quem disse que para fazer corridas de automóveis era preciso gastar rios de dinheiro como acontece na Fórmula 1? Quem afirmou que são necessários mais de 300 milhões de euros por ano para lutar por um campeonato como acontece na McLaren ou na Ferrari?

Tudo começou em 1973 quando Chris Granville-Brown, agora com 61 anos, se lembrou, em conversa com uns amigos num típico pub inglês (onde mais poderia ser, pois claro?), de fazer corridas com mini-tractores. Ainda hoje estes eventos têm lugar em Billinghurst, West Sussex, Inglaterra.

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Entrevista hilariante... by Sentido de Estado

Não resisto em replicar o que o meu amigo cemercel colocou em verdadeiro sentido de estado. Já tinha visto um pouco de tão afamada entrevista ao tal auto-intitulado porta-voz do Grupo de Acção e Intervenção Ambiental (GAIA), movimento relaccionado com outro chamado Verde Eufémia (escuso-me a comentar original nome, mas com esta imagem já estão a imaginar que daqui não sai coisa boa), aquele em que alguns activistas, eco-terroristas ou hooligans ambientais fizeram ao coitado do homem que com esforço e dedicação tinha uma cultura de milho transgénico lá para os Algarves.

Não interessa agora se faz bem ou faz mal. A verdade é que o que tal senhor produz é legal e, como tal, ninguém tem o direito de entrar na casa dos outros e desatar a destruir tudo o que lhe aparece pela frente... desta vez foi um hectar de milho... Como dizia o meu amigo cemercel, qualquer dia vão destruir clínicas onde se praticam abortos por um "bem público".

De facto, tal entrevista teve contornos surreais. Vejam. É mais de meia hora de puro entretenimento. De uma pessoa que nem sabe bem o que diz e chega, por vezes, a ser totalmente encostado à parede pelo Mário Crespo. Deliciei-me a assistir a alguns dos argumentos absurdos e ridículos do tal activistas. Mas gostei ainda mais das contradições e incoerências de um fulano (indivíduo, em linguagem policial) que nunca sabia de nada quando o implicavam em determinadas situações mais ou menos duvidosas.

Mas vejamos, o que podemos esperar de uma pessoa com cabeça rapada e rabo de cavalo? os índios vivem na América... Não sou preconceituoso ao nível estético, mas convenhamos que semelhante figura não abonam em nada a posição já difícil de semelhane personagem, que tenta defender e sustentar uma acção totalmente condenável.

Sinceramente, o que acho é que este tal de Gualter Baptista é mais um daqueles parasitas da nossa sociedade que depois dos 30 anos continua a viver "à pala", pois diz ter rendimentos através da uma bolsa, sem qualquer capacidade produtiva. E andamos nós a pagar a estes gajos. E depois ainda vêm para a praça pública falar de bens públicos e liberdades colectivas. E é mestas alturas que o puro entretenimento assume contornos mais graves, porque deixamos de olhar para aquilo como uma simples paródia ou brincadeira para algo mais cruel e desrespeitoso. Tenho dito!