14 novembro 2007

há coisas escabrosas, não há?

Tenho ouvido nalgumas estações de rádio, alguns momentos humorísticos baseados em notícias do tão conceituado a reputado jornal diário de abrangência nacional, o 24 Horas. Por diversas ocasiões, esses episódios suscitaram-me curiosidade de dar uma vista de olhos, de folhear as páginas bem-dispostas deste orgão de comunicação social.

Assim o fiz. Foi hoje, após uma busca na internet (leia-se, uma pesquisa no google) e lá encontrei o sítio virtual do jornal. Entrei e a capa, em grandes parangonas (acho que é assim que se escreve. Podia confirmar, mas desculpem-me, hoje estou com alguma preguiça. Acho que foi do almoço...), que José Mourinho tinha posto os filhos num colégio barato. Uma capa infeliz, diria eu, mas o sensacionalismo vende...

Passei algumas páginas e descobri um tema brilhante do ponto de vista do humor, do absurdo, do que de mais escabroso acontece por Portugal. Parece que uma mulher, de nome Maria das Dores, alegadamente (adoro o alegadamente em tudo o que é processo judicial), contratou dois homens para matar o marido. Mas como não tinha dinheiro, pediu 25 mil euros ao filho, argumentando que tinha dívidas. Isto não é brilhante? Afinal, há dois autores materiais do crime, uma autora moral, e um autor... ora bem, devo chamar-lhe capital? financeiro? O mais caricato é que o pobre homem pensava mesmo que o dinheiro era para sanear o passivo de "Mimi", como é tratada pela família.

Mas as pérolas estão no próprio texto. Há um excerto brilhante, que me fez soltar uma gargalhada de alarme. "Antes de ser detida pelo homicídio,Maria das Dores foi uma viúva diferente. Chegou a pôr botox e até se deslocou ao Barreiro para comprar jóias" Paris? Roma? Milão? Quais capitais de moda... O que está a dar é o Barreiro, a nova meca da ourivesaria mundial. Como afirmava um amigo meu, a frase está incompleta. Faltava dizer que foi comprar jóias "que estavam no pregador...".

Há coisas escabrosas, não há?

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