22 outubro 2007

Emoção a rodos

A Fórmula 1 tem estado uma monumental seca nos últimos anos. As ultrapassagens quase não existem, houve épocas em que Michael Schumacher ganhava tantas corridas que não deixava espaço para mais ninguém. Mas este ano não. Este ano foi em grande. As ultrapassagens continuam sem acontecer. É muito chato ver uma corrida de uma hora e meia e saber que os primeiros só trocam de posições durante a paragem nas boxes. Ainda assim, parabéns Ferrari, parabéns Raikkonen!

Com pezinhos de lã, como se fossem uns cordeiros, raramente se envolveram em polémicas. A única foi a queixa que fizeram no caso de espionagem. Pelo contrário, os rivais da McLaren todos os dias apareciam nos jornais por mais uma briga, um frase mal interpretada... Gossip ao seu mais alto nível. Era o Alonso que recusava passar férias com o patrão (fez ele bem, férias são férias), era o Hamilton que tinha namoradas que nem ele conhecia, era o fala ou não fala entre o antigo campeão do Mundo e o dono da equipa. Em Maranello não. A única coisa que diziam era que ainda iam ser campeão de pilotos. E foram! Honra lhes seja feita!!!

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E na última corrida, o Grande Prémio do Brasil, a emoção existiu. Na frente não houve ultrapassagens digas desse nome, mas o suspense ficou até ao fim. De tal forma que mal cruzou a bandeira de xadrez Raikkonen não festejou. E muitos terão pensado que frio e calculista como é conhecido, daí a alcunha de Ice-Man, não iria comemorar. Como é que alguém poderia ser tão gelado? Não terá coração? Mas não, o finlandês só esteve à espera que Hamilton chegasse também... em sétimo!!! Ele precisava de saber que era nessa posição que o seu adversário terminaria porque só nessa altura poderia explodir de alegria. Mal isso aconteceu os dois braços do novo campeão do Mundo ergueram-se, saíram do habitáculo do Ferrari, e gesticularam na vertical, em direcção ao céu. Estava cumprida a missão de chegar ao cume...

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