28 setembro 2010

eles têm tanta razão...

Este é o nosso triste fado
Do vamos andando e do pobre coitado
Velha canção em que a culpa é do estado
Por ser o espelho do reinado

Lusíadas, dos Anaquim

é oficial. não há volta a dar

aceite no mestrado, hoje matriculei-me. por isso, se tivesse de me arrepender, que o fizesse antes. agora já não há volta.

The week of AP tests.

não sei quando começa o ano lectivo (as saudades que eu tinha de termos como estes), mas as minhas rotinas vão mudar nos próximos dois anos, porque, em breve, haverá muitos serões em que vou ter de estudar... 

26 setembro 2010

o Vinicius não se vai chatear. ele sabe que roubei este poema para dizer que te amo...

Eu sei e você sabe
Já que a vida quis assim
Que nada nesse mundo levará você de mim
Eu sei e você sabe
Que a distância não existe
Que todo grande amor
Só é bem grande se for triste
Por isso meu amor
Não tenha medo de sofrer
Que todos os caminhos
Me encaminham a você.

Assim como o Oceano, só é belo com o luar
Assim como a Canção, só tem razão se se cantar
Assim como uma nuvem, só acontece se chover
Assim como o poeta, só é bem grande se sofrer
Assim como viver sem ter amor, não é viver
Não há você sem mim
E eu não existo sem você!


Amo-te Namaste!!!

que experiência desgradável

no voo de hoje, quando regressava a Lisboa, estava a colunável Lili Caneças. para quem não sabe, a senhora viaja em executiva. mas não foi por isso que decidi escrever. fiquei impressionado porque a mulher está cadavérica. a sua cara, com tantos químicos e similares, parece o Kevin Bacon em "The Hollow Man" mas em mau. a caveira está lá e dá a sensação que lhe resta apenas uma fina película a que podemos chamar pele.

nem me atrevi a tirar foto para ilustrar...

bolo de azeite ou focaccia

desde pequeno que sou perdido por bolo de azeite. não, não é doce. é como se fosse pão, mas a massa tem mais azeite. é seco, como o pão. mas pode ter cobertura de açúcar.

para mim tem de ser simples, sem acrescentos. nem açúcar, nem queijo, nem fiambre. é tal como vem da loja. gosto daquele que é mais estaladiço. e chego a deixá-lo por alguns dias, e como-o duro, contra todos os princípios de como se deve comer pão, por exemplo.

pois ontem comi uma focaccia divinal. um pão italiano muito parecido com o bolo de azeite. e fiquei fã. não tem nada a ver com a focaccia que comia em sandes, nas áreas de serviço. no restaurante foi servido seco, aos quadradinhos. e estava maravilhoso!

24 setembro 2010

a aventura terminou...

a última vez que aqui escrevi estava dentro de um avião, depois de muitas horas de espera. entretanto, muita coisa aconteceu, foi uma verdadeira odisseia chegar ao destino final.

a chegada a Nice foi tranquila até que saímos do aeroporto e percebemos que a empresa de aluguer de carros só abria às 6h30 o que implicava esperar mais uma hora e meia. como se não bastasse tudo o que já tínhamos passado até àquele momento.

mas o que fazer? nada e por isso aguardámos. sem percalços de última hora ou complicações que tiram qualquer um do sério (e a paciência já roçava níveis abaixo de zero)...

com a chave na mão lá completámos a viagem, já quase em plena hora de ponta, para chegar ao hotel às 8h15. foi duro, mas havia uma cama à minha espera para estender os ossos. pena foi que apenas pude fazê-lo durante três míseras horas e neste momento estou em plena labuta sabe-se lá bem até que horas. venha lá isso!

uma aventura daquelas (chatas. mas não deixa de ser uma aventura para contar aos filhos e aos netos.)

22 de Setembro de 2010
falta pouco para as quatro da tarde. vou no táxi. aterrei há pouco em Lisboa, proveniente de Nice. ligam-me para o telefone. o voo de amanhã para Nice, novamente, foi alterado. parece que há greve dos controladores aéreos em França e as companhias aéreas estão a cancelar algumas viagens. isto é-me familiar. já há alguns meses passei por algo semelhante. a caminho da Bélgica, estive cerca de duas horas preso no avião estacionado no aeroporto de Lisboa à espera de autorização para levantar voo e cruzar Portugal, Espanha e França (aqui está) até chegar à capital belga, Bruxelas.

mas adiante. dizem-me que afinal já não viajo às 15h20 mas às 20h45. fico a aguardar emissão de novo bilhete. durmo descansado.

23 de Setembro de 2010
na redacção recebo um mail com a confirmação de que o bilhete foi emitido e, por isso, está tudo dentro dos planos. à noite há viagem. saio mais cedo para ultimar umas arrumações na mala. não posso esquecer-me de nada. ligam-me novamente. apesar do voo estar previsto para as 20h45 é melhor chegar ao aeroporto às 18h45 para tratar de tudo com calma. com a história da greve é melhor prevenir, não vá o diabo tecê-las.

Lisboa está em plena hora de ponta. para não me atrasar saio com tempo. apanho um táxi. são 18h20 e chego ao terminal 1 do aeroporto da capital portuguesa. check-in feito em casa, falta despachar a bagagem. operação efectuada e encontro com os companheiros de viagem. raio-x ultrapassado. jantar.

nos monitores aparece, "voo TP 486 - info às 20h45". pois bem, já vai haver atrasos. mas pode ser coisa pouca, quero acreditar. enganei-me. só depois das 23h é aberto o embarque. espera no autocarro e, por fim, chegada ao Fokker 100 da Portugália, companhia do universo TAP.

passageiros sentados. esperamos. passado um bom punhado de minutos, o co-piloto informa que perdemos o slot de saída e aguardam informações. mais cinco minutos e... "voo cancelado." desilusão, frustração são os sentimentos partilhados por quem ainda tinha esperança de chegar a França durante a noite.

preparamo-nos para sair e, entretanto, um elemento da comitiva fala com a agência de viagens. por via das dúvidas, são reservados cinco lugares para o voo das 9h05. temos, no entanto, de confirmar tudo junto da operadora, em terra.

mais cinco minutos, volte-face. as razões de segurança que tinham sido invocadas para o cancelamento da viagem perdem força neste confronto de forças entre o vai e o não vai.

afinal parece que vamos mesmo voar. resultado. já passa bem da 1h da manhã do dia 24 quando os motores do Fokker 100 da Portugália são ligados.

neste momento são 2h15, 3h15 na hora local, e acabei de sobrevoar Madrid. ainda não sei o que me espera após a aterragem, se durmo poucas horas em Nice ou sigo directamente para San Remo, para o rali e ainda estendo os ossos no hotel em Itália.

isso fica para uma outra crónica... se ainda houver paciência!

23 setembro 2010

essa instituição que é o namoro no jardim

senti-me chocado e revoltado quando, no ano passado, assisti a uma situação triste. o belo jardim, com um extenso relvado e protegido por sombras generosas, já não é o local privilegiado para os namorados demonstrarem o amor que têm um pelo outro. ao invés, andavam miúdos, estúpidos por certo, perdidos de bêbados porque é fixe andar com os copos. pura e simplesmente!

miúdos e jovens adolescentes que, aproveitavam a tarde livre para beber vinho e cerveja só porque sim. e isso comprovava-se pelos esgares de sacrifício que faziam quando davam mais um golo, tomavam mais um trago de uma qualquer zurrapa barata adquirida na superfície comercial mais próxima.

o romance e a paixão tinham dado lugar à decadência potenciada pelo álcool.

mas hoje voltei a saber que, afinal, essa instituição, que é o namoro no jardim, ainda está viva e recomenda-se. andava eu na minha sessão de exercício físico frequente, que tanto passa por fazer umas corridinhas/caminhadas como por belos passeios de bicicleta, quando vejo os bancos do jardim, aqueles verdes, de madeira, ocupados por casalinhos apaixonados. ora ele estava deitado no colo dela, ora ela se sentava em cima dele, ou até dois pombinhos deitados na relva. e, quando caí na minha, apercebi-me que estava com um sorriso de parvo a pensar que, afinal, ainda há coisas bonitas na vida que se não se perderam...

22 setembro 2010

terra de cinema

Cannes. o que associo a esta terra do Sul de França? antes de qualquer coisa... cinema!


o meu imaginário cinematográfico é, quase em exclusivo, ligado ao que passa nas grandes telas. mas, convenhamos, não sou insensível às paradas com as estrelas que por Cannes passam por altura do festival.


e por isso, quando estacionei o carro, e saí do mesmo, senti um enorme arrepio por pensar que a probabilidade de ter acabado de pisar o mesmo chão que pessoas como Quentin Tarantino foi enorme...

20 setembro 2010

primeira etapa superada

a loucura que começou na passada sexta-feira continua.

um ciclo de trabalho intenso que só deve terminar na próxima segunda. são 10 dias de trabalho sempre a abrir de uma sequência de 18 sem parar.

mas tal como num rali do Mundial, no Dakar ou no campeonato de futebol, há que pensar jogo a jogo, etapa a etapa.

e é por isso que o primeiro pico de trabalho já foi superado! venham os próximos. como diria uma figura pública aí da nossa praça: "não tenho medo de ninguém..."



15 setembro 2010

não gostei

não gostei de ver o Cardozo mandar calar os adeptos do Benfica. mas ainda gostei menos de estar em frente à tv e ouvir os assobios sempre que o Tacuara tocava na bola.

acho de mau gosto e uma péssima atitude de pessoas mal agradecidas o que fizeram ao ponta de lança do Glorioso. com certeza já se terão esquecido dos quase 40 golos que marcou no ano passado.

mas independentemente disso, foi uma atitude, em massa, muito triste. podemos ir à Luz e ficar aborrecidos porque a equipa ou um jogador em particular não estão a carburar. mas daí a assobiar vai uma distância tremenda. se estamos lá é para ver o jogo e apoiar o Benfica. ou pensam que "o Inferno da Luz" se cria sozinho?

Cardozo, da minha parte, estás desculpado e terás o meu apoio, mesmo se durante o Verão quiseste ir jogar para a Rússia. deixa-te lá estar no Benfica e marca muitos golos!

em off...

tanta escrita profissional impede-me de alimentar o bichinho.

mas não está esquecido.

na semana estive de férias, se é que se pode chamar férias, mas enfim.

nos últimos tempos assumi novos desafios para a minha vida. quis voltar a ter uma vida mais saudável e, como tal, não só comecei a fechar a boca (a muito custo, é verdade) para algumas coisas, como comecei, de novo, a praticar exercício físico. as caminhadas/corridas passam bem, mas só com os auriculares nos ouvidos e a música ou os podcasts em modo play. andar de bicicleta é muito, mas mesmo muito fixe, mas também aí a companhia do meu irmão é quase indispensável, até porque como ele tem mais pedalada que eu, funciona como um enorme estímulo para manter o ritmo. agora, o que eu gosto mesmo é de jogar à bola. dar uns pontapés no esférico é uma sensação indescritível. e mesmo a feijões, não há peladinha nenhuma que não seja competitiva.

ainda relativamente a desafios, está na hora de voltar a estudar. seis após terminar a licenciatura, sinto falta de frequentar o meio académico. e por isso, perdi a cabeça e, já está, candidatei-me a uma mestrado. não sei se fui seleccionado, mas sei tentar não seria mesmo.

e a modos que a minha vida é assim. entre a capital, a planura alentejana e o verde minhoto, lá vou levando os dias com vontade de fazer.. o quê? não sei. mas fazer já é bom!