29 março 2012

finalmente... Supernada

em Californication o rock é roll, puro e cru!

Hanni El Khatib. descobri este nome depois de ouvir uma malha brutal no último episódio que vi de Californication. entre White Stripes e Black Keys, este som é eléctrico!



aqui está a versão ao vivo no Porto. o início é tão genuíno e arrepiante...

28 março 2012

tampões nos ouvidos

a última vez que tinha recorrido a tampões nos ouvidos aconteceu em 2002, ou seja, há dez anos. vivia na Irlanda e tinha ido passar o fim-de-semana a Dublin. para pagar o menos possível, optei por ficar numa camarata com, se me recordo, 8 ou 10 beliches, ou seja, 16 ou 20 camas. a primeira noite foi péssima e no dia seguinte, mal me levantei, fui comprar uns tampões para poder ter um sono descansado.

esta noite tive de fazer o mesmo para tentar dormir uma hora que fosse. felizmente, os tampões que tinha na mochila, e que nunca usei nas muitas corridas de carros a que fui nos últimos anos, foram extremamente úteis. e eu que tinha pensado deitá-los fora há umas semanas, na limpeza que tinha feito.

as pequenas esponjas amarelas não isolaram o som do companheiro de quarto na totalidade, mas só assim consegui descansar um pouco. logo à noite vou "fechar" os ouvidos mal me enfie no vale dos lençóis.

27 março 2012

o campeão do Mundo continua a fazer a sua história... desta vez estreou-se na "catedral" dos ralis em Portugal

Sébastien Loeb é campeão do Mundo de ralis há oito anos... consecutivos! não há ninguém com tantas vitórias, tantos títulos, tantos recordes batidos no desporto automóvel. nem mesmo Michael Schumacher que foi campeão mundial de Fórmula 1... apenas (!!!) sete vezes.

mas há sempre uma primeira vez e, no passado sábado, foi a estreia do francês no mítico troço Fafe-Lameirinha. Loeb nunca tinha passado na famosa passagem de asfalto do Confurco porque a última vez em que esta especial se realizou para o Mundial de ralis foi em 2001, ainda o gaulês não competia no WRC.

mesmo a feijões, o francês não deixou de andar a fundo. desta vez não ganhou, ficou a duas centésimas do vencedor, Petter Solberg. mas nem por isso deixou de dar espectáculo e, quase de certeza que sentiu aquele arrepio na barriga ao vir os milhares e milhares que ladearam o percurso quase de início ao fim!

26 março 2012

o espectáculo já começou mas a competição só arranca na quinta

percursora, inovadora e nostálgica! é assim a edição de 2012 do Rali de Portugal. a principal prova automobilística que se realiza em Portugal, e uma das melhores do Mundo, começa na quinta-feira mas os adeptos já vibraram no sábado.

o ACP decidiu levar os WRC ao berço da modalidade em Portugal, e o troço Fafe - Lameirinha encheu-se de gente num fenómeno de massas e agregador cada vez mais raro. arrepiou ver aqueles milhares entoarem cânticos e estremecerem de emoção enquanto os seus ídolos passavam de forma sempre espectacular.


hoje e amanhã já há reconhecimentos mas é na quinta-feira que a competição tem início a contar. a super-especial de Lisboa dá o mote para quatro dias de contra-relógio, enquanto os três troços nocturnos desse mesmo dia são o primeiro e novo desafio que os pilotos terão pela frente.

este é um dos momentos grandes do ano e eu não falto. :)

23 março 2012

serão só episódios?

relativizar faz parte da política. mas fazer política e relativizar a condição humana é muito pouco digno, mesmo para essa actividade tão "nobre". perdoem-me as aspas, mas a políticas ao mais alto nível em Portugal bate, todos os dias, no fundo. ouvir o ministro da Defesa relativizar (insisto no termo) a actuação da polícia na manif em Lisboa é preocupante. porque, em primeiro lugar, demonstra que não esteve a par do que aconteceu. em segundo, revela bem a inexistente preocupação pelos portugueses, os seus concidadãos, aqueles que constituem a sociedade portuguesa, que tornam o país dinâmico, activo... mesmo que determinados sectores, muito pequenos mas com acesso ao capital, tente menosprezar todo esse valor (podemos mesmo chamar-lhe capital) por causa da ganância que lhes é inerente.

a acção da polícia foi absurda. os agentes não podem desatar à bastonada daquela forma. não têm esta coragem quando é preciso controlar claques, entrar em determinados bairros ou combater determinado tipo de crimes. nesse caso lamentam-se porque sofrem de falta de condições.

última nota: não fiz greve. não por falta de vontade mas porque neste momento não posso. não tenho emprego. mas se critico a forma vergonhosa como quem está no poder reage à revolta e à indignação de quem faz greve, se manifesta ou simplesmente defende outros caminhos para sairmos deste buraco, também critico todos aqueles que se armaram em moralistas na última greve geral do governo de Sócrates (disseram que as greves não resolviam nada e que o que era preciso era trabalhar) mas que agora não afinam pelo mesmo diapasão. têm de ser coerentes. prefiro continuar sem concordar com determinadas pessoas e respeitá-las do que vê-las a saltitar de opinião em opinião conforme a cor que pinte as paredes de São Bento.

08 março 2012

o lodo político

a política tem o seu lado nobre quando praticamente por aqueles que se preocupam com a comunidade, com o bem comum. a discussão, o argumento de ideias, o debate devem ser fomentados e as decisões políticas são meritórias quando se opta pela melhor solução das existentes, sempre em benefício da sociedade em geral e não de alguns ou de uma minoria.

infelizmente isso não acontece em Portugal e, creio, na maior parte dos países que se auto-intitulam de desenvolvidos. hoje, dia da mulher, há histórias e notícias que nos fazem engolir em seco. para começar, com anos avanços, as mulheres continuam a receber menos que os homens em profissões ou tarefas iguais. no nosso país a diferença é de 13 por cento, melhor que a média europeia, que é de 17 por cento. mas em Portugal só 6 por cento dos cargos de administração são ocupados por mulheres, contra os 27 por cento da Finlândia. a este respeito estamos conversados. é mesmo triste, principalmente quando muitas empresas invocam o critério da competência para terem mais homens à frente dos destinos das empresa. enfim.

começou hoje o caso Freeport. não há nenhum político no banco dos réus. nem digo mais nada.

vamos ao que me levou a abrir o blogue e a escrever. ora há pouco tempo, o ministro da segurança social (ou deverei dizer da caridadezinha mesquinha?) anunciou que, por erro dos serviços, muitas pessoas estavam a receber mais do que deviam em subsídios e afins. como medida de justiça, esta gente, muita sem possibilidade de subsistência, teria de devolver esse dinheiro... a começar já. pois ontem descobriu-se que a Lusoponte, aquela empresa liderada por um antigo ministro de Cavaco (podemos até dizer que Ferreira do Amaral está para a Lusoponte como Jorge Coelho está para a Mota-Engil), cumpriu as indicações do Governo e cobrou portagens em Agosto na 25 de Abril. Como o fez, o Estado não teria de pagar quase 5 milhões de euros em compensações. mas, adivinhem, pagou. terá sido por engano comp nas contas da segurança social? dúvido. entretanto,há uma diferença entre estes dois casos: os dos subsídios da segurança social tiveram de começar a devolver. a Lusoponte, do subsídio das portagens, vai ficar com o dinheiro. a empresa já disse, ouvi na rádio, que não tencionava receber qualquer verba a que não tivesse direito. mas não tenciona devolvê-la. um secretário de Estado também já disse que não vai pedir o dinheiro de volta porque este ficará para pagar futuras compensações relativas a este ano. quais? já não há borlas para os utilizadores em mês nenhum. enquanto centenas de empresas vivem asfixiadas porque o Estado (seja central ou as autarquias) deve milhões e põe em causa a economia, os empregos e a consistência destas companhias, muitas delas pequenas e médias, há uma liderada por um antigo ministro de Cavaco que recebe a dobrar a tempo e horas e não devolve. é uma espécie de fiel depositário.

no meio disto tudo, o PSD veio dizer que a culpa é do PS porque este fez um contrato blindado com a Lusoponte (desta não esperava eu agora, sinceramente) e ainda disse aos socialistas para se deixarem de "chafurdice política" ao falarem de episódios menores, como este.

ah, creio que foi o vice-líder da bancada parlamentar que disse tudo isto e se justificou a incapacidade do Governo em recuperar o dinheiro pago com os contratos blindados, depois disse à jornalista da TSF, que foi possível tornear esse mesmo contrato na questão da cobrança das portagens em Agosto passado com situação difícil pela qual o país está a passar.

entre a chafurdice e o lodo políticos, venha o diabo e escolha...