25 dezembro 2006

Foi-se o Natal...

Final da tarde de dia 25. Ainda não me habituei aos tempos de trabalhador. Sabia tão bem quando estavamos em casa e o dia 26 era passado realmente em descanso. Não pensava se no dia seguinte ia trabalhar. Mas não, amanhá tenho mesmo de ir trabalhar. Não fosse o facto de me levantar as 5h para ir para Lisboa e nem do feriado desfrutava o que podia. Teria de fazer as malas e fazer-me à estrada. Como muita gente trabalha, apesar da função pública ter tolerância, o trânsito deve estar quase caótico. Assim sempre engano a mente e parece que gozo o feriado no seu pleno....

19 dezembro 2006

Estamos todos de parabéns

Para uns pode valer muito, para outros nem por isso. Certo é que a conceituada revista norte-americana, Time, elegeu todos os utilizadores da Internet como a personalidade do ano. You, é possível ler-se na capa. Muitas individualidades estavam na calha da nomeação mas, desta vez, este periódico dos E.U.A. foi especialmente original e peculiar ao eleger tanta gente.

Vi no noticiário da SIC que, mesmo assim, as pessoas que têm acesso à Internet em todo o Mundo ainda são uma minoria mas, de qualquer forma, não deixa de ser uma percentagem cada vez maior e importante.

Este anúncio vem, ainda, provar, mais uma vez, que a Internet é mesmo um novo meio de comunicação completamente diferente dos até à data existentes e que veio mudar radicalmente os hábitos dos cidadãos. É certo que isso se nota mais em certos segmentos de população, mas não deixa de ser uma verdade cada vez mais insofismável.

21 novembro 2006

Comprei o meu primeiro Moleskine

Sentirmo-nos um Hemingway, Picasso ou Van Gogh não acontece, certamente, porque temos um bloco de notas igual ao que estes senhores das artes usaram para criar as suas obras. Mas ajuda…

Era uma ambição já antiga. Há alguns anos que desejava comprar um Moleskine e, finalmente, comprei. Tantas foram as vezes que lhes toquei, que os apalpei, que lhes senti o cheiro. Era quase recorrente… sempre que ia à Fnac os meus olhos caiam, invariavelmente, sobre a prateleira destes blocos tão carismáticos e simbólicos.

Acabei por comprar o meu primeiro Moleskine assim do nada. A cor laranja de um logótipo chamou-me à atenção para as letras Bliss. Bliss? Lá dentro havia computadores, plasmas, e inúmeros aparatos (gosto do termo espanhol para a palavra aparelho, perdoem-me) tecnológicos. Mas, por outro lado, fiquei com a ideia que a Bliss não era apenas uma loja de electrodomésticos e produtos tecnológicos. Decidi entrar. Num ambiente simplista, sem que os aparelhos se encavalitem uns sobre os outros, onde a divisão de secções é evidente, tudo está quase obsessivamente arrumado. Inteligente, a forma como cativam a atenção dos clientes/consumidores… (Outras lojas, como a Worten, opta por uma estratégia diferente, de colocar os jogos, cd’s e dvd’s à frente. Resultado, o número de produtos é invariavelmente maior e as cores também são mais. O ruído e a confusão gerados aumentam consideravelmente). Só lá mais para trás estão os livros, os cd’s e os dvd’s. Procurava dois livros, e dirigi-me ao balcão para perguntar pelos ditos. Um deles, o do Rui Cardoso Martins, aquele que eu tanto quero comprar, estava esgotado. O outro, Cartas a Deus, havia, no armazém… “Eu vou buscar”, disse-me o senhor da loja. “Não se incomode. Não é preciso. Estou com alguma pressa”, respondi. Na verdade, já quase não pensava nos livros. Os meus olhos fixaram-se na capa preta, nas folhas amareladas, como se fossem do século passado. Havia vários Moleskine à minha frente e acabei por não resistir. Comprei o primeiro… espero que de muitos. Não é o convencional, é o dos jornalistas. Não abre na horizontal, mas sim na vertical.

Já escrevi os primeiros apontamentos, mas esses ficam para mim. Se assim não fosse não tinha lá escrito. Utilizava o “domingo de manhã”.

16 novembro 2006

Quase fiquei cego...

Ontem fiz a viagem Algarve-Lisboa ao final do dia, debaixo de tremendo vendaval. Entre o ritmo normal quando o piso da auto-estrada estava seco (porque havia momentos em que não chovia) e um máximo de 60 ou 70km/h quando passava por debaixo de fortes cargas de água, houve um momento em particular que nunca tinha presenciado. Atravessar uma trovoada de grandes dimensões (pelo menos assim me pareceu...) é uma experiência alucinante. Não, não fiquei cego nem perto estive de isso poder acontecer. Mas em plena planície alentejana, em que o horizonte só não é distante porque a chuva e o nevoeiro nos limitam a visibilidade, o espectáculo é apoteótico. De repente, três relâmpagos disparam simultaneamente num fenómeno de luz torrencial e assombroso. O clarão é tão forte e penetrante que sou obrigado a fechar os olhos por breves momentos para não deixar que tal luminosidade me fira até ao interior do meu cérebro. “Foi praticamente em vão”, pensei já com os olhos abertos mas com uma sensação estranha que não era de tontura mas sim de confusão. Fiquei encadeado, por sinal!

Só nos momentos seguintes percebi a gravidade real da situação. Aqueles breves instantes eram suficientes para provocar um acidente. Porque mesmo devagar, as dificuldades de aderência eram tão grandes que a qualquer momento um percalço podia acontecer. E se não conseguirmos ver…

14 novembro 2006

'Tou que nem posso…

Sinto-me… sei lá, assim a modos como… enfim, as entranhas estão corroídas, há um ligeiro tremor que percorre todas as artérias e veias do meu sistema circulatório que não querem explodir mas que me impelem a concretizar algo.
Passo a explicar.
Ontem quando cheguei a casa estive um pouco à conversa com o M. A dada altura, diz-me ele:
M. - Agora estou a ler um livro de um autor portalegrense.
Eu – Ai sim? Quem é?
M. – É o Rui Cardoso Martins.
Eu – Ah, sei perfeitamente, é um dos autores do Contra-Informação, escreve para o Inimigo Público.
M. – Foi um dos fundadores do Público, escreve a crónica “Levante-se o Réu (na revista semanal do Público, a Pública).
Eu – E sabes de quem é filho? Do prof. L.
M. – Sim, sei quem é.
Eu – E estás a gostar?
M. – Sim, mas acho que trata alguns temas de uma forma pouco elegante.

Ou seja, o que M queria dizer é que neste romance há episódios quase reais, “mascarados” por ligeiras trocas de nomes. Isso por vezes incomoda-nos. Daí eu ter perguntado ao M. se esse desconforto não se deveria à proximidade que ele próprio teria ao livro, visto este passar-se numa cidade do interior que nos viu nascer e crescer. M. foi claro, disse-me que não. Que o seu incómodo se devia a questões puramente literárias. Estética, portanto. Ainda assim, revelou-me que estava a gostar e que a escrita era bastante escorreita, permitindo uma leitura natural…

Fiquei a pensar nisso. O trabalho, no entanto, impediu-me de tentar entrar nesse imaginário. Não fosse o facto do M. me ter mostrado a capa do livro (as altas chaminés características daquela cidade do Alto Alentejo a fumegarem com toda a força) e não pensaria mais acerca de semelhante obra.
Já meio azamboado deitei-me sem sequer olhar para um livro que fosse. Mas hoje de manhã, enquanto a água quente escorria pelas costas despertou-me novo desejo de folhear aquelas páginas que, embora ainda não tenha lido, terão imenso significado… À medida que a temperatura se ambientava ao calor produzido por uma chama forte que fazia a água inundar a casa-de-banho de vapor, sentia vontade de absorver as frases da história.

Já mais fresco e fora do imenso nevoeiro deixado no pequeno cubículo, comentei com a C. que tinha vontade de comprar a obra. Está decidido que este será o próximo romance que me vai fazer companhia na banca de cabeceira.
Mas o formigueiro não me larga. Chega até a ser desconfortável. Tenho vontade de abrir o livro… já! Quero sair daqui e sentar-me ao ar livre, sentir o nariz a enregelar, a sentir os primeiros sinais verdadeiros de Outono, em que o frio só não chega aos ossos porque já estamos precavidos com vários agasalhos. Quero passar as primeiras páginas e, em pleno coração da capital, voar e chegar ao Alentejo num ápice onde, folha a folha, viverei a cidade como nunca antes o fiz.


Nota: Deixo aqui o link para quem quiser obter algumas informações sobre o livro.

31 outubro 2006

A lição de Tarragona

Circo, corridas de carros puxados por cavalos. 30 mil pessoas em êxtase puxam pelos “pilotos” favoritos. Nas bancadas fazem-se apostas. Alguns “vendem” a alma ao diabo, na esperança de, com um golpe de sorte, nunca mais pensarem nos tostões que têm para viver dia-a-dia. A Roma antiga era uma civilização apaixonante, vibrante mas também vivia nos extremos. Por um lado representa uma racionalidade e uma organização impressionante. A estratégia de guerra foi praticamente insuperável, como comprova a expansão que chegou a quase toda a Europa e ao Norte de África. Foi também nessa época que se criou o Direito românico, todo um sistema de leis pelo qual ainda se rege a maior parte das sociedades ocidentais. Mas, por outro lado, a barbárie convivia lado a lado com a população daquela época.

Pude comprovar isso mesmo numa breve visita a Tarragona, perto de Barcelona. Uma das mais importantes cidades daquela época, Tarragona era uma espécie de capital da península Ibérica. Aí viviam 40 mil pessoas que viviam apaixonadamente os momentos de lazer, fosse no circo, com as corridas de carros puxados por cavalos, ou no anfiteatro, onde homens (gladiadores) lutavam até à morte para se saber quem era o melhor. Sangue, gente trucidada, era o ópio do povo daquela altura.

Por momentos, dei por mim a pensar nos litros de sangue e sofrimento ali derramados, num local, hoje Património da Humanidade, e questionei-me o que aconteceria se fosse nos dias de hoje. Mais reprimido, o instinto carnal e sádico dos homens de há dois mil anos atrás ainda transparece em casos mais ou menos pontuais. Seja através das torturas em Guantanamo, dos abusos nas prisões iraquianas, da opressão praticada por alguns países onde a democracia ainda não chegou, do incumprimento dos direitos humanos, ou até em algumas praxes mais “ousadas”.

O que seria do nosso Mundo sem isto? Pareço “naive” em acreditar num mundo melhor? Não, e sei que muitos dos problemas do Homem têm como causa o egoísmo próprio da raça humana. Dou um exemplo. Os Verões têm sido cada vez mais secos e os Invernos cada vez mais molhados. O clima está completamente baralhado. Estamos a entrar em Novembro e a temperatura média supera os 20 graus centígrados. Está tudo louco. O aquecimento global está a dar cabo do nosso planeta e o que se faz para o evitar a tempo? Pouco ou nada. Porquê? Porque o egoísmo impera. O protocolo de Quioto já existe há alguns anos. Já foi referido inúmeras vezes que é necessário que todos os países o respeitem. Mesmo que isso aconteça, o problema não fica resolvido, é apenas um primeiro passo. Mas este não anda nem desanda. A maior potência mundial é, neste caso, o exemplo mais paradigmático do egoísmo humano. Todos os outros cumprem, mas o governo dos EUA recusa-se a fazer. Poluem e não querem saber. São os principais responsáveis pela destruição do planeta.

Enquanto não for feito um exame de consciência por cada um de nós, tenho sérias dúvidas que possamos perder os já referidos instintos violentos, o egoísmo e a insensatez há tantos anos conotada com a raça humana. Mas eu ainda acredito que um dia será possível olhar para as ruínas de Tarragona e perceber o que aquele povo nos deu de bom e de mau, mas, acima de tudo, poder absorver isso e por em prática todos os ensinamentos positivos.

19 outubro 2006

Aperto no coração

O vazio preenche o corpo. Como que por magia, damos por nós despejados, sem força ou qualquer tipo de conteúdo. O coração parece ter deixado de bater.

Efectuam-se diversas tentativas de reanimação. Mas não há nada a fazer. A chama está lá, mas recusa-se a aquecê-lo. Sente-se fraca, sozinha, abandonada. Suplica por ajuda, por apoio, mas ninguém a ouve. Por fora, pouco se percebe, mas por dentro estou destroçado. Hoje sinto-me assim, sozinho, triste!

É horrível, angustiante. Provoca confusão mas o esófago parece constrangido, apertado com uma tenaz, bem forte. Mas não a vejo. Onde está essa ferramenta que provoca tal aflição? Não se vê, é invisível! Mas é dolorosa, impiedosa!

Alto! Pára por aqui! Sei que não é assim, ao dizer estas palavras que conseguirei colorir, de novo, o que me enche de vida por dentro. Não é este o método. Mas sou optimista por natureza, sempre fui e não quero deixar de ser. Acredito, por isso, que tudo se vai recompor e os campos ficarão novamente verdejantes, com a veloz e estonteante felicidade a atingir todos os extremos e preenchendo-me, novamente, de alegria.

Mas há um problema. De repente, tenho medo que isso não aconteça. Então, aí, o muro começa a desmoronar-se... e fico soterrado. Não quero que isso aconteça. Isso não.

21 setembro 2006

Um dia de rali...

No passado fim-de-semana fui fazer a reportagem de mais uma jornada do campeonato nacional de ralis, o Rali Centro de Portugal, prova que se realizou em duas regiões. No primeiro dia, na zona da Marinha Grande e Leiria, enquanto no segundo dia, perto de Pedrógão Grande.

Os dias estiveram óptimos para trabalhar ao ar livre. Apesar de alguns pingos ainda antes da prova ter começado, a chuva nunca chegou a cair com intensidade e, há medida que as horas passavam, o sol marcou a sua presença para, no último dia de rali, nunca ter sido ofuscado pelas nuvens que, assustadas, talvez, não marcaram presença.

Por regra, rali é sinónimo de levantar cedo da cama. No ano passado, nesta mesma prova, eram, creio eu, ainda nem cinco da madrugada quando me levantei da cama. Tudo porque, a propósito de fazer um artigo sobre os parques de assistência, tínhamos (eu e o meu director) de estar presentes ainda antes das equipas chegarem ao local. Um caso excepcional, é certo. No entanto, a experiência diz-me que muitas vezes nem conseguimos tomar o pequeno-almoço no hotel, pois quando saímos ainda este não começou a ser servido.

Mas em Pedrógão tudo foi diferente e, ao contrário do que é normal, pude ficar na cama até às 8h45. Que luxo! Soube bem, soube muito bem.

Durante o dia dividi-me entre um troço que pude ver logo pela manhã e o parque de assistência. Para quem não sabe, não é na estrada que se descobrem as notícias, é sim na zona onde todas as equipas “assentam arraiais”. É aí que podemos falar com os pilotos (quando estes vão fazer manutenção aos carros), com os chefes de equipa, mecânicos, etc. Enfim, com todos os protagonistas de um evento que move umas boas centenas de pessoas e que, todas elas, têm muitas histórias para contar. Interessantes, creio que sim. Umas mais, outras menos.
No final do dia a quantidade de informação é tal que, por vezes, difícil discorrer tudo em breves minutos. Aí, toma-se um café, bebe-se uma água e reflecte-se um pouco. Se é necessário escrever no próprio dia, então há que por mãos à obra. Se não, podemos ir para a cama, descansar e, no dia seguinte, contar tudo o que se aprendeu entretanto.

Deixo aqui algumas fotos que uns amigos me tiraram enquanto eu, concentrado, fazia o meu trabalho. :)


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14 setembro 2006

Pearl Jam Tour... sonho realizado

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Um dia depois, sem tirar nem por, do concerto de Da Weasel com uma orquestra sinfónica, mais um concerto, e que concerto. Era daqueles que sonhava um dia poder estar presente. Sabia que tinha de concretizar estes sonhos.

Há coisas que sentimos que temos de fazer na vida e ver Pearl Jam era uma delas. Não, não vendi o carro nem me despedi do emprego para acompanhar a última banda do movimento grunge por essa Europa fora, nem sequer fui aos dois dias de concerto, mas aquelas mais de duas horas de espectáculo foram geniais. Os ossos arrepiavam-se música atrás de música. A garrafa de tinto que Eddie Vedder levantava de quando em vez e despejava pela garganta abaixo quase parecia estar sintonizada com a força da bateria que acompanha a força daquelas guitarras de Seattle que, durante tantos anos, nos encheram de força interior.

No meio de um sem fim de emoções só faltou uma coisa, o mais importante… a tua presença! Gostava muito que pudéssemos ter estado ali, de mão dada, a sentir Ten ou Jeremy a entrar-nos pela alma dentro. Mas é verdade, que apesar dos dedos não se terem entrelaçado tu estiveste lá comigo, sempre… no meu coração!!!

A Doninha mostrou força

Épico
Novidade? Nem por isso! Outras bandas de música já o tinham feito no passado. Tocar com uma orquestra sinfónica não é original
Mas apesar disso, os Da Weasel souberam fazê-lo à sua maneira. A forma particular e característica da sua música assim o ditou e, em plenos jardins da Torre de Belém, iluminada em tons de rosa, numa fabulosa noite de final de Verão, espalharam a sua força por Lisboa acima e Tejo abaixo.

Certo é que, a exploração podia ter sido maior mas, ainda assim, a sonoridade dos instrumentos mais clássicos entrelaçou-se naturalmente com a electricidade e peso dos instrumentos mais rock, se é que os podemos dividir assim.

A Doninha electrizou e o público respondeu!

09 setembro 2006

A seca chegou à net

É verdade. A última vez que escrevi aqui já foi há tanto tempo que a fonte ia secando. Mas não. Foram muitos os dias sem dar notícias, sem deixar aqui uma única palavra. Sei que não desculpável.

Só que, apesar de quase "morto" o domingo de manhã mantém-se vivo e eu não vou deixar de colocar aqui os meus testemunhos, sempre que me apetecer.

Na passada semana houve três grandes concertos em Portugal, mais concretamente em Lisboa. Felizmente estive em dois. O dos Da Weasel com a Orquestra Sinfónica e, no dia seguinte, Pearl Jam. Ambos magníficos, cada um com o seu esplendor. Mas não me vou alongar mais. Prometo que em breve vou deixar aqui a minha opinião, as minhas sensações e umas fotos...

23 julho 2006

Futebol e Lisboa Soundz

Não devia ter ido jogar à bola! Dito assim, nem parece meu. Eu que adoro ter o esférico nos pés e poder passá-lo aos meus amigos, colegas e companheiros de equipa. Mas há uma razão para o dizer. Há sempre uma razão. Com uma partida de futebol agendada para uma manhã soalheira de sábado, debaixo da estrondosa ponte Vasco da Gama - é gigante para quem a vê cá de baixo, assusta - onde há um constante zumbir de carros a passar como os escaravelhos que voam a alta velocidade e mais tarde, a meio da tarde para especificar, o início de um festival que se prolongaria pela noite dentro, algo havia de correr mal. Já não jogava bola (é tão bom poder dizer "jogar à bola", não é científico, não há tácticas nem estratégias, é apenas jogar, passar, tentar fintar, marcar golos, é bom, é livre, não há troféus a conquistar, joga-se apenas pelo prazer de jogar) há meses e o corpo ressentiu-se. No final do festival a cabeça latejava fortemente. Não que o som emanado pelo poderoso sistema de som me incomodasse. Nada disso. Simplesmente o cansaço era bastante e tentava empurrar-me para o rio Tejo que, naquela noite, nos abençoava com uma brisa suave e não muito fresca. O ideal para, de manga curta, vibrar-mos com as músicas alternativas (como rezam as críticas) de The Strokes...

E foi, de facto vibrante, forte, intenso (Durou nem uma hora e meia). Um concerto que nem a dor de cabeça conseguiu estragar, nem de perto nem de longe. Latejava, é verdade, mas o som das guitarras imunizava o sistema.

No final, já debaixo dos lençóis, os sinais de uma possível gripe anunciavam a tempestade. Vi, por momentos, a bruma nos céus, mas depois de muitas horas de sono (foram mesmo muitas) tinha sido falso alarme. Havia apenas a bonança de um dia de céu azul e limpo como que a abençoar a partida dos maiores veleiros do Mundo que deixavam Lisboa depois de por cá terem estado durante três dias. Da dor de cabeça nem sinal, apenas sentia alguns resquícios quando os movimentos laterais eram mais fortes. Assim, apenas as pernas podiam ter direito a queixar-se, mas tudo se resolve com mais umas partidas de futebol.

19 julho 2006

A loucura dos carrinhos voltou

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Nem acredito! Quem diria que tanto anos depois voltava a redescobrir o prazer da velocidade em… carrinhos de rolamentos.

Mas a verdade é essa. Tudo começou com a necessidade de tirar umas fotografias para um trabalho reuni alguns amigos que têm essas autênticas “máquinas” operacionais. Sábado ao final da tarde, mais concretamente às 19 horas. Um calor abrasador. Certamente estariam quase 40 graus centígrados à sombra, mas nada nos faria desistir. Lá fomos. O ponto de encontro era numa das mais inclinadas ruas de Portalegre.

Os carros eram três. Um mais simples. Na prática era apenas um “chassis” de um autocarro em que a carroçaria de cartão ficou em casa. O outro era mais “racing” com um banco de plástico de um qualquer autocarro dos anos 80. O último. Bem, o último era uma “limousine”, cheia de luxo. De tal forma que até tinha estofos acolchoados com umas bem trabalhadas calças de ganga antigas.

Feitas as fotos, passámos à fase da diversão pura e todos fizemos umas descidas. Mas o calor era tanto que acabámos por nos refugiar em casa. No entanto, o acordo tinha sido feito: à noite, com a temperatura mais baixa, íamos de novo andar.

Que espectáculo! Noutro local que não o da tarde, escolhido para não perturbar ninguém com o ruído dos rolamentos no alcatrão, lá fomos todos acelerar. O grupo era substancialmente maior e todos adorámos a experiência. Entre descidas a três ou individuais, as emoções estiveram ao rubro. Pessoalmente gostei bastante, até quando perdi o controlo do carro devido a uma subida de velocidade repentina e o passeio se meteu na frente. Como é óbvio, fui projectado para o alcatrão. Não me magoei e rapidamente voltei para cima do “bólide”. Novamente a ganhar velocidade, uma sarjeta estava onde não devia e descompensou o carro por completo. Foram cerca de dez metro com a “máquina” completamente de lado e muita faísca pelo ar num maravilhoso espectáculo de fogo de artifício. A noite já ia longa e a brincadeira acabou por ali. Houve até um dos carros que, como numa corrida de automóveis a sério, teve problemas mecânicos. Felizmente a falha de travões não resultou em nada de grave e uma coisa é certa: daqueles que não têm carros de rolamentos, já combinámos e vamos construí-los. Que a próxima corrida aconteça em breve e tenha mais participantes!

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18 julho 2006

Frigorífico a quanto obrigas

Viajar por um país com um frigorífico "às costas" deve ser uma grande aventura. Há um livro, do qual não me recordo o nome e que admito ainda não ter lido, que conta os incidentes de um viajante que deu a volta a um país (se a memória não me falha, a República da Irlanda) sempre com um frigorífico atrás! Louco, diria.

Mas não é propriamente esta obra literária que me faz escrever este texto. Aliás, é legítimo perguntar o que estou eu para aqui a falar. Passo a explicar.

Nunca me propus viajar por esse Portugal fora com um frigorífico. Nem sequer pensei em cometer tal acto insano. Mas, pode parecer estranho, na passada segunda-feira tive vivi uma autêntica aventura por causa de um aparelho do género. Decidi comprar um frigorífico. Viver com mais duas pessoas em casa, em que cada um precisa do seu espaço para guardar os alimentos pode ser complicado. Principalmente quando a área do congelador se limita a uma simples gaveta. Assim, optei por investir num equipamento que me permita ter comida preservada em condições para mais do que dois ou três dias.

Fui a uma dessas superfícies comerciais gigantes e fiz a minha escolha. Mas, como havia uma campanha que me permitia pagar o valor do respectivo em prestações mensais, durante dez meses, e não ter taxa de juro inerente, decidi-me por essa solução. Mas, com o calor a apertar, a loja estava “à pinha”, pois quase todos os portugueses lembraram-se que precisam de ventoinhas e equipamentos de ar condicionado para fazer frente à subida de temperatura que entra por nossas casas dentro. Para mal dos meus pecados, a secção dos frigoríficos era a mesma do ar condicionado, ou seja, havia uma multidão para comprar os tão desejados “guardiães” das temperaturas baixas.

Depois de escolher o frigorífico, fui encaminhado para o departamento de crédito. Nem havia muitos clientes à minha frente, mas tudo rumava contra. Ora era o sistema informático que estava lento, ora os funcionários não encontravam os responsáveis da loja para avalizarem os contratos. Resultado: quando cheguei àquela superfície comercial ainda ponderava ir ao cinema, à sessão das 21h20, mas, aprovado o crédito, reservado o frigorífico e concluídos todos os procedimentos para poder receber o equipamento confortavelmente em casa, acabei por sair do estabelecimento comercial quando o relógio já tinha assinalado as 22 badaladas. Tendo em conta que tinha entrado ainda antes das 20 horas e esperava demorar não mais do que meia hora, só sei que, no final, só me apetecia eliminar a palavra “frigorífico” do meu vocabulário.
Comparativamente à aventura do tal viajante, tudo o que passei não é sequer comparável mas, no ciclone de ideias que o meu cérebro gerou durante aquele período de tempo, senti-me mais um dos portugueses que paga o IRS no último dia da data e tem de ir para a repartição de finanças às cinco da manhã para ser atendido às 16 horas, ou um dos nossos compatriotas que vai a correr comprar um ar condicionado quando há uma vaga de calor, ou então um aquecedor, pois o Inverno também nos prega “partidas”.

Enfim, só espero que, quando chegar a casa, os senhores que entregam as encomendas não se esqueçam que têm de entregar o meu frigorífico hoje entre as 18 horas e as 22 horas. Também agradeço que não aconteça como daquela vez em que comprei a máquina de lavar roupa e para poder receber o equipamento nesse intervalo temporal paguei mais 2,5 euros e, depois, os senhores apareceram às 17h 30. Será que agora vai correr tudo dentro da normalidade?

06 julho 2006

No carro com… Marcus Gronholm

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Uau! Que emoção! Foi a concretização de um sonho! Nunca imaginei fazê-lo, mas aconteceu, é real!
Quando somos miúdos imaginamo-nos como grandes jogadores de futebol, a ser aplaudidos por um estádio cheio enquanto driblo a bola sistematicamente até marcar o golo do Mundial e vencer o campeonato.
Quando somos miúdos pensamos ser astronautas e, um dia, pisar a lua e viver numa nave espacial!
Quando somos miúdos sonhamos em ser um piloto de automóveis, seja de Fórmula 1 ou de ralis, é indiferente.
Cresci e nenhum destes sonhos se concretizou, mas ser jornalista realiza-me. Quem me conhece sabe-o, perfeitamente!
Foi fruto desta profissão que concretizei um sonho, não dos que já referi, mas foi algo de mágico. A visita à M-Sport, fábrica onde são construídos os Ford Focus WRC que disputam o Campeonato do Mundo da especialidade, foi o mote para me poder sentar num daqueles carros em que, actualmente, ainda só existem oito. Mas não tive, apenas, o privilégio de entrar no carro e imaginar como seria a andar.
Nesse dia Marcus Gronholm, bicampeão do Mundo (venceu os títulos em 2000 e 2002), estava presente e pude andar ao lado! Fabuloso, fantástico, impressionante! Que experiência inigualável! A potência sente-se com intensidade, o deslizar do carro na terra é indescritível! A sensação de confiança que um finlandês ao volante (principalmente com tantos anos de ralis ao alto nível) nos transmite é, de facto, reconfortante mas, mesmo assim, há sempre algum receio, mas ainda não fizemos 50 metros e qualquer nervosismo que podíamos ter já desapareceu e é sempre a pensar para a frente! O desgoverno e descontrolo do Focus, que nem parece estar colado ao chão é apenas ilusório e tudo é automaticamente controlado por um indivíduo que, completamente dobrado (fruto do seu 1,93m) domina uma “besta” com mais de 300 cavalos de potência com tanta facilidade e tranquilidade como tomamos café.
Adorei!

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Que saudades… estou de volta

É verdade! Eu próprio já pensava que o “Domingo de manhã” tinha morrido, tal foi a ausência… demasiado prolongada.
Mas não. Puro engano! Infelizmente não consigo actualizar este meu espaço com a frequência que gostava, mas mais vale fazê-lo poucas vezes do que simplesmente deixar de fazer. Isso não!
Assim, presenteio todos aqueles que gostem de visitar este meu cantinho com novidades. Só espero conseguir ser mais regular.

13 junho 2006

O primeiro mundial... de outra perspectiva

Estranho? Sim, é estranho. Pela primeira vez na minha vida estou a viver um Mundial de futebol de uma perspectiva diferente e a palavra que mais “saltita” na minha cabeça é: estranho. Parece repetitivo para quem lê, mas a ideia é mesmo essa. Um dos maiores eventos desportivos do globo começou sexta-feira e o acompanhamento que tenho feito do acontecimento é completamente diferente do que me acontecia no passado.

Com quatro dias de competição, em que já foram jogadas 11 partidas, envolvendo 22 selecções, eu vi, apenas, um confronto. O primeiro da lusofonia, o da nossa selecção, o Portugal-Angola. Nada mais.

Tudo o que consegui ver para além disso não passou de meros resumos nos espaços informativos ou, por vezes, os programas especiais como o da RTP em que ainda tenho acesso a todo o folclore à volta de uma competição como esta. Porque o Campeonato do Mundo não é só futebol, é um fenómeno social, um encontro de civilizações, de povos.

Mas voltemos ao que me fez escrever este texto. A forma como eu acompanho o Mundial. No passado tudo era mais fácil. As transmissões eram, todas elas, em canal aberto. Mais democráticas e justas, todos tinham acesso a algo que mexe com a maioria das pessoas, seja em Portugal, no Brasil ou noutros que as suas selecções ficaram “às portas” do Mundial. Para além disso, o meu tempo livre já não é o mesmo. Na última grande competição futebolística, o Euro 2004, ainda andava com os livros debaixo do braço (ou não). Na verdade, quando a prova começou, já estava praticamente de férias. Dessa forma, pude acompanhar tudo com mais atenção. Não é que tenha visto todos os jogos, não é isso. Nem me interessava fazê-lo. Mas pelo menos podia fazê-lo, se quisesse. Agora, bem agora a realidade é outra. O melhor que posso fazer é ver jogos através da… Internet. Pois é, se não dá para seguir pela televisão lá vou lendo (sim, eu disse lendo) os lances, os cruzamentos, os foras-de-jogo e… os golos. Mais uma vez, é estranho!

21 maio 2006

Arctic Monkeys no Garage (parte 2)

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Força, adrenalina, velocidade, coragem, poder e juventude. A energia dos “putos” em palco é vibrante. Ainda não têm 20 anos e já pegam fogo em todos os locais de espectáculo por onde passam. Arctic Monkeys de seu nome, o quarteto de Sheffield mostra-se ao público e a casa vai abaixo. O frio que o seu nome possa querer significar não aparece. Muito pelo contrário. Ao som dos primeiros acordes, o Garage torna-se muito, mas mesmo muito pequeno para os privilegiados que conseguiram bilhete para uma das grandes bandas britânicas em emergência.

Estes quatro rapazes já estão muito à vontade em cima dos palcos. Nota-se um enorme entrosamento entre todos. Mas ainda há muita experiência para adquirir e saber reagir a determinadas situações… mais comprometedoras, como por exemplo, o momento em que um soutien foi parar às mãos de Alex Turner, o vocalista dos macacos. Portou-se à altura? Mais ou menos, faltou-lhe perspicácia. Mas tudo isso é secundário.
O que importa foi a rebeldia que imprimiram à sua música. O punk/rock britânico está vivo e respira saúde. Os Arctic Monkeys tornaram-se o expoente máximo de um movimento que já passou maus momentos mas que parece renascer cheio de força.

Com a multidão a cantar muitas das canções, muitas vezes de forma espontânea, sem qualquer tipo de desafio por parte das estrelas, a música destes rapazes de Sheffield não coube num Paradise Garage e saiu, livremente, com todos aqueles que estiveram presentes. A pé, de transportes públicos ou em carro próprio, a música dos Arctic Monkeys espalhou-se por esse país fora criando um culto que ainda não se sabe onde irá parar.

Sem direito a “encore”, o concerto durou cerca de uma hora e um quarto. Pouco. A malta queria mais. Mas ficou a promessa de, em breve, Portugal voltar a combater os Macacos do Árctico.
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19 maio 2006

Arctic Monkeys no Garage (parte 1)

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Garra. Foi a primeira coisa que senti mal entrei no Paradise Garage. O som que saia das colunas inundava uma plateia já repleta à espera dos Arctic Monkeys. No palco, os portugueses Vicious Five marcavam o ritmo com… muita garra. Que espectáculo! O estilo é completamente distinto, mas entre esta nova banda e outras como Clã ou os extintos (infelizmente) Ornatos Violeta há uma coisa em comum. Ambos trouxeram uma lufada de ar fresco ao panorama musical português.
Mas uma coisa os demarca por completo de qualquer outro grupo nacional. O rock n’ roll alternativo (gosto de lhe chamar assim) juntamente com uma forte essência Rage Against the Machine (é curioso que num dos seus websites a banda não coloca o grupo americano com influência), potenciada pelo timbre de voz particular de Joaquim Albergaria, o vocalista que, com a face rosada e o cabelo a escorrer de suor, não perde energia na curta meia hora que pisaram o pequeno e mítico palco do Paradise Garage.
Nesta altura já passa pouco das 22 horas. Com a malta já quente, fruto da força imprimida pelos Vicious Five, os olhares em redor do palco intensificam-se. Muitos dos presentes não escondem alguma ansiedade. O primeiro "bruahhh" acontece com a entrada de um dos assistentes de palco. Falso alarme. É apenas a última confirmação de que está tudo em ordem para que as novas estrelas britânicas (mas afinal eles não são do Árctico?) entrem em acção.
Como som de fundo, Rolling Stones abençoam as novas gerações de músicos. Mais tarde é o blues e o jazz que apadrinha uma das mais sensacionais bandas emergentes. Símbolo de um punk/rock britânico que alguns grupos, como Kaiser Chiefs, recuperaram, os Arctic Monkeys estão quase a entrar em palco e o Garage está prestes a ir abaixo…
(continua)

Nota: Na foto, estão os Arctic Monkeys e não os Vicious Five. Que fique claro.

11 maio 2006

Que raiva provocam os sem carácter!

Princípios e valores são palavras que me dizem muito. No meu entender, a sociedade que defendo não existe sem as máximas pelas quais regemos a nossa vida. Como é de calcular, refiro-me a conceitos de honra, palavra, honestidade e outros que acredito poderem ser eixos vitais para que todos possamos viver melhor, em sintonia.

Mas, cada vez mais dou razão àqueles que me diziam que só as crianças podem manter a ilusão e pureza para acreditarem num mundo melhor. Sou optimista por natureza. Por isso, continuo a defender que podemos mudar o estado de coisas. Sei que, com persistência, podemos ter uma sociedade mais justa, mais igual. Não me refiro apenas ao binómio pobres e ricos. Falo sim de uma igualdade de princípios em que o respeito é mútuo.

Sempre conheci pessoas que não olham para a vida e para a sociedade dessa forma. Vale mais passar a perna ao parceiro. Afinal, por vezes, “o crime compensa”. Pelo menos é o que essas situações me fazem pensar. Não quer dizer que mude, que passe a praticá-lo. Neste caso em particular não tomo o partido do “se não os podes vencer então junta-te a eles”. Nada disso, continuo a pensar que, se me manter fiel aos meus princípios, posso “vencê-los”.

Digo isto por uma questão em particular. Recentemente, voltei a presenciar, ou melhor, a ser um dos agentes (passivo neste caso) da falta de carácter de alguns.
Quando me dizem algo, tenho por hábito (por princípio, cá está) acreditar que o que me dizem é fiável, que é verdade. Penso assim quando olho para pessoas que me transmitem garantia, confiança. Mas, há muito bons actores. E, mais tarde, acabamos por ser confrontados com a realidade. Muitas vezes, essa não é nada positiva.

Quando trabalhas e te prometem o aumento do ordenado para uma data ficas na expectativa. Mas, quando te apercebes, esse limite já passou e o dinheiro a mais não chegou. Confrontamos quem fez essas promessas e a resposta é: “afinal vai ser no mês X”. Mas quando já estás em X e o ano está a acabar, o acréscimo do ordenado não se confirma. Voltas a questionar, mas pelos vistos, a política da empresa é fazer os aumentos a todos os seus empregados no início do ano. Pensas: “Bem, se é assim então vamos esperar e depois pagam os retroactivos”. Mas não. Festejamos a passagem de mais um ano mas a folha de vencimentos continua na mesma. Voltas à “carga”, mas a resposta é clara: “Os aumentos só são feitos em Março, com os devidos retroactivos. E fica descansado que apesar de não podermos dar-te mais do que Y, vamos, com certeza, dar mais que Z”. Começas a pensar, a acreditar que agora é que as coisas vão ficar melhor. Errado. És estúpido? Não vez que estão a enrolar-te? Pois é, Março chegou e o aumento chegou, mas, ao contrário do que pensavas, os valores ficam muito aquém do que te tinham dito.
Não penso duas vezes! Vou directamente ao gabinete do “chefe”. Mas este, confrontado com a situação, diz que tem de “ver as folhas”. Uma manobra de evasão? Não, devo ser eu que já tenho a mania da perseguição.

Mas afinal não estou errado e, quase dois meses depois (às vezes consultar as folhas demora muito tempo) dizem-te que afinal o aumento falado é só para o final deste ano. Eu tinha “ouvido” mal. E é melhor não me queixar porque, afinal, a quantidade que recebi a mais é superior ao que representa a inflação. Que sortudo que eu sou! Tenho um patrão tão generoso que até me oferece dinheiro ao desbarato.

É pena que tenhamos de conviver diariamente com pessoas assim. Gente que, de uma forma ou de outra, tentam ser mais espertos que os outros, que tentam tramar aqueles com quem se trabalha. O que mais me incomoda é que, muitos deles conseguem subir… à custa de outros. É triste olhar para a nossa realidade e ver que há gente assim! Mas uma coisa é certa: da minha parte vou continuar a ser eu mesmo e vou lutar, como puder, contra este tipo de atitudes. Se puder contribuir para que haja mais carácter entre aqueles que nos rodeiam, então vou fazer tudo para que isso aconteça.

09 maio 2006

Algumas fotos da Queima 2006

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Queima encantada

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Que vergonha! Parece mentira, mas nunca tinha ido à Queima das Fitas de Coimbra. Uma das maiores festas de jovens na Europa, um evento com uma carga simbólica tão grande e eu nunca tinha estado presente. Mas este ano fui… e adorei!
Não foi possível ver o cortejo ou a garraiada, mas um sábado no queimódromo já nos enche a alma. Com a Cabra lá no alto, como se nos abençoasse a festa e apadrinhasse os finalistas, o Mondego desce ao som da música. As tendas temáticas debitam muitos decibéis de música muito variada. Do mais pimba e popular ao mais comercial, passando pelos últimos grandes hits alternativos, de tudo sai das colunas protegidas pelas lonas brancas seguras pelas estruturas de ferro. No palco a noite é de Rui Veloso e The Gift. Os dois grupos fazem as honras da casa, mas nem todos os milhares presentes despertam as suas atenções para as atracções principais. As tendas estão repletas de coisas apetitosas… desde a vodka, ao Licor Beirão (eu prefiro o Capirão), entre outras, a escolha é difícil com tanta oferta.
Entre amigos, as horas passam e, quando damos por nós, já a noite começa a clarear. A humidade causada pelo rio que está ali mesmo ao lado faz-nos sentir frio, principalmente na garganta que com a cerveja gelada já arranha um pouco. Mas não é nada que um pão com chouriço bem quentinho não ajude a diminuir…
Mais cinco ou dez minutos e está na hora de ir embora. O caminho até à pensão passa num instante e, já na cama, e com a luz a entrar pelas frestas da persiana o sono e o cansaço invadem-nos após uma noite muito bem passada… mágica mesmo!
Adorei a minha primeira ida à Queima de Coimbra, aquela cidade encantada! E tudo graças a ti meu amor! Amo-te!

Férias “queimadas”

No ano passado não consegui estar presente em nenhuma das Queimas das Fitas ou Semanas Académicas. Ou melhor, não por ter marcado férias, também em Maio, mas que não no período das festividades, não pude ir nem a Coimbra, nem a Portalegre. Este ano, não cometi o mesmo erro. Marquei uma pausa no trabalho para esta altura e fui a ambas. Na primeira foi um reavivar de memórias, intensas por certo. Foi muito bom sentir o espírito da Praça da República cheia de gente à espera do Rali às Tascas ou o pavilhão da NERPOR em plena noite de tunas…
Foi bom! Pude desejar uma excelente queima a bons amigos e entregar fitas, como muitos (felizmente) me entregaram a mim.
A Queima de Coimbra de 2006 foi a minha estreia. Mas para isso falarei noutro texto.

17 abril 2006

Poema de Amor

Hoje li um poema de amor. Sei que o amor nunca morre. Mas também sei que por vezes o amor cansa-se, a chama perde fulgor. O poema fala no quotidiano, na falta de surpresa, na rotina. Sem dúvida que tudo isso pode acontecer. Mas eu sei que o amor é forte, e pode sempre ultrapassar os obstáculos que aparecem no seu caminho.

Sei que sou um optimista por natureza, mas tento sempre que esse optimismo seja sempre dentro da realidade. É por isso que não duvido que por mais dificuldades, contrariedades e obstáculos, juntos podemos ser felizes... porque o nosso amor é forte... e vencerá!

Um beijo grande para ti Namaste!... com muito amor!

As teclas não mexem

Já passaram duas semanas desde que escrevi aqui pela última vez. Não sei qual a razão, mas em todas as vezes que tentava escrever sentia uma força nos dedos que não me deixava pressionar as teclas.

Por vezes as ideias na cabeça são muitas, mas nem sempre conseguimos passa-las para o papel. Crise de inspiração? Chamem-lhe o que quiserem, mas o que é certo é que não tenho conseguido escrever.

E também não vai ser hoje que vou publicar algo com mais conteúdo que estas poucas linhas.

Se tiverem sugestões... Não hesitem, enviem-mas. Obrigado

31 março 2006

Jornalismo radiofónico... com poesia

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Fernando Alves. Nome para muitos desconhecido, para outros... uma referência no que há de melhor no jornalismo português. De segunda a sexta, pouco antes das nove horas, a sua voz flui através das ondas hertzianas, a partir da rádio que lhe abre a janela, a TSF. Sinais é o nome do programa, e que programa! As palavras do jornalista espalham-se suavemente em sintonia com o tempo que faz de manhã. Não importa se faz sol ou se faz chuva. Até se pode abordar a mais complexa questão da actualidade, mas os assuntos são falados e comentados de uma forma poética.

Se há lugar onde o Português enquanto língua não sai envergonhado é nas crónicas diárias de Fernando Alves.

O jornalista partilha com o ouvinte o seu ponto de vista acerca de um tema que é, em regra, actual. Mas são raras as vezes em que ouvimos nomes que fazem a rotina dos média nacionais generalistas. São poucas as vezes que Sócrates, Mendes, Jerónimo, Louçã ou Ribeiro e Castro têm espaço naqueles minutos de magia que me acompanham durante o caminho para o jornal. Os Sinais de Fernando Alves saem das colunas do carro e entram nos ouvidos com lucidez e tranquilidade. O jornalista alerta-nos para realidades diferentes, que poucas vezes têm espaço nos espaços informativos. e nós, enquanto cidadãos, mais ou menos conscientes, ficamos melhor informados, com a certeza que, dia-após-dia, podemos fazer mais para que o estado das coisas mudem.

Já houve programas que me marcaram mais do que outros, como seria de esperar... Mas todos me transmitem, por um lado, a calma da voz do locutor, e, por outro, um alerta para situações que nos rodeiam, que são vividas, verdadeiros acontecimentos, notícias puras que por vezes nem chegam a cair no esquecimento... porque nem foram sequer lembradas.


Obrigado Fernando

21 março 2006

Que personagem do Pulp Fiction és tu?

Andava eu à procura de informações relaccionadas com um dos meus filmes favoritos, Pulp Fiction, quando dei de caras (não, não bati com a cabeça no monitor) com um "website" em que depois de respondermos a algumas questões percebemos qual o nosso perfil relativamente ao filme e qual a peronagem que iriamos encarnar se, porventura, Quentin Tarantino nos convidasse para entrar nos seus enredos de drogas, cenas ligadas à máfia ou, simplesmente, começar o filme pelo fim...

Depois de responder ao questionário, o resultado foi: Eu sou o personagem Marsellus. Segundo a explicação dada, eu imponho respeito mas também revelo alguma fraqueza. Mas como nõa há nada melhor do que o original, deixo aqui a explicação em inglês:
"Your name alone strikes fear into others; but maybe, just maybe, there's a little vulnerability and weakness beneath that stoic, fierce exterior of yours."

Deixo-vos aqui o site onde poderão perceber quem são na obra prima de Quentin Tarantino.
www.pyrrha.org/pulp/

14 março 2006

It's allright!

Está mesmo tudo muito bem. Jack Johnson é um fenómeno de popularidade em Portugal. Se dúvidas houvesse, a enchente de ontem no Pavilhão Atlântico acabou com elas.

Entre os milhares de espectadores, algures no Balcão 2 lá estava eu e a Cris, os dois a curtir as boas ondas criadas pela música deste havaiano, que foi surfista, mas que se celebrizou como músico, compositor e cantor. As vibrações positivas emanadas da guitarra acústica de Jack contagiaram todos os que ali foram para sentir as melodias suaves e frescas, como se a brisa do mar do Havai nos tocasse o rosto ao de leve em mais uma competição de surf tão característica por aquelas bandas.

Precedido pelos Alo e por Matt Costa, Jack Johnson manteve-se igual a si próprio. As conversas com o público limitaram-se a meia dúzia de "obrigados" intercalados com alguns "thank you". Mas à medida que o concerto se desenrolava, o músico da praia tornava-se cada vez mais próximo das mais de 16 mil pessoas que passaram a noite a vibrar com a simplicidade das canções de Johnson.

Durante praticamente hora e meia, fomos todos contagiados pelo espírito do "tá-se bem" e até o perfume de alguns cigarros adulterados, que por vezes se espalhava pelo ar, contribuiu para uma atmosfera de "peace and love".

Foi no meio deste ambiente que nós dois ouvimos e vibrámos com a música de Jack Jonhson. Com inúmeras imagens e recordações a passarem-nos pela cabeça, o surf em forma de canção teve a particularidade de nos relaxar e fazer entrar na onda. Até mesmo para quem não sabe o que é estar de pé em cima de uma prancha, as notas que saiam das colunas penduradas no Atlântico faziam-nos levitar e sentir o romper das ondas do mar.

Ainda não era meia noite e já estávamos a sair do complexo lisboeta. Mas saíamos mais leves e livres...

05 março 2006

A próxima vítima...

Na semana passada acabei de ler o último livro do "pequeno mágico" que saiu dos pensamentos de J.K. Rowling. Em "Harry Potter e o Príncipe Misterioso (o título original é Harry Potter and the Half-Blood Prince) a acção é cada vez mais negra. Para aqueles que argumentam que estes livros que apelam à fantasia de cada têm como público-alvo as crianças, a autora tem, livro após livro, provado que a história de Harry Potter é cada vez mais para adultos. Aliás, os editores portugueses, querendo manter o público jovem fiel, deram-se ao luxo de atentarem contra o título do último volume da saga e em vez de chamarem ao príncipe Meio-Sangue, optaram pelo "eufemismo" Misterioso. Tretas!

Mas enfim, não é para isso que decidi escrever. O que me faz colocar estas palavras no "Domingo de Manhã" é o próximo livro que já está na minha banca de cabeceira há uns dias à espera de ser aberto. Oferecido por dois bons amigos, "O Viajante Assassino" é um romance assinado pelo jornalista irlandês do "The Irish Times", John Connoly. Nas palavras da crítica, este livro conta "uma história inteligente, perturbadora, com um clímax surpreendente", diz-nos o periódico "The Times".

Como só li o primeiro parágrafo ainda não estou capaz de dar o meu veredicto, mas tenho de admitir que estou sequioso para "beber" esta história. Mas como ainda não posso partilhar o que achei de um livro que ainda não li, deixo aqui uma breve sinopse da obra:

"O Viajante Assassino é um primeiro romance magistral, simultaneamente negro e lírico, que concilia na perfeição o mistério e o horror. De imediato se tornou um bestseller internacional, tendo sido distinguido como livro do ano de 1999 pelo de Times de Los Angeles e com o Shamus Award para melhor primeiro romance, no mesmo ano.

Quando Charlie Parker bateu com a porta após mais uma discussão conjugal, não podia suspeitar que algumas horas mais tarde, ao regressar a casa, iria deparar com um cenário do mais absoluto terror. Diante de si jaziam os cadáveres da mulher e da filha de três anos selvaticamente dissecados, vítimas da brutalidade demoníaca de um louco. Atormentado pela dor e por um insaciável desejo de vingança, este ex-agente da polícia de Nova Iorque envereda por caminhos que atravessam as fronteiras da lei e da própria sanidade mental, numa cadeia de investigações tortuosas que acabará por conduzi-lo ao rasto de sangue do serial killer que lhe destruiu a família - o viajante assassino.

A sua imparável demanda leva-o de Nova Iorque até à Virgínia e a Nova Orleães, num vórtice descendente que o atira para níveis cada vez mais sinistros de violência, para o coração do crime organizado, e que culminará num aterrador confronto final com o psicopata homicida. O Viajante Assassino é, indubitavelmente, uma daquelas obras raras que contribuem para elevar o género literário a que pertencem."

04 março 2006

Objectivos não foram cumpridos

Peço a demissão! O espírito à partida para o Torneio de Pro Evolution Soccer 5 realizado pela malta era grande. Mas os objectivos não foram cumpridos. O Barcelona não passou da fase de grupos. É caso para pedir a demissão do cargo de treinador e jogador da equipa. Duas derrotas e um empate é o balanço negativo de uma tarde bem passada mas onde não senti o doce sabor da vitória. Ou melhor, não é bem assim. No primeiro jogo, contra o Manchester United, Ronaldinho e Cª venceram por 2-1. Mas depois, um "golpe de teatro" provocado pela ausência de um dos participantes levou ao reinício do torneio e o Barcelona nunca mais foi o mesmo.

Resta, agora, a esperança de poder fazer melhor numa próxima oportunidade. Quero a desforra!

Os macacos não escapam

O concerto dos Arctic Monkeys é só em Maio, mas o Paradise Garage não é nenhum Pavilhão Atlântico e os bilhetes já são poucos. E a culpa também é minha porque a partir de hoje, dois desses ingressos já não podem ser vendidos e estão muito bem guardados no conforto do meu lar.

Ontem dizia que os macacos do Árctico iam atacar Portugal, mas uma legião de combatentes está pronto para os enfrentar. Dia 18 de Maio às 21h30 a grande batalha terá lugar.

03 março 2006

No Árctico há macacos e vão atacar Portugal

Seria sem dúvida uma grande notícia se agora se descobrisse que no Árctico havia macacos. Mas o que a verdade nos conta não é isso. Os Macacos do Árctico (Arctic Monkeys) são quatro rapazes de Sheffield (Reino Unido) que puseram a ilha em alvoroço. Como? Whatever People Say I Am, That's What I'm Not é o nome do álbum desta quádrupla de fogo que lançou chamas por toda a Inglaterra desde 23 de Janeiro, dia em que foi editado. O sucesso foi tal que o primeiro trabalho do grupo britânico tornou-se no disco mais vendido de sempre na primeira semana em que esteve nas prateleiras das discotecas inglesas.

Mas o fenómeno de sucesso que os quatro rapazes granjeavam há muito que era uma realidade. Muito antes de lançarem o seu primeiro trabalho já a banda enchia casas de espectáculo em Londres.
Rapidamente, os ecos dos Arctic Monkeys ouviram-se para além do Canal da Mancha e, hoje em dia, são admirados por inúmeros países europeus. Portugal não foge à regra e os "macaquinhos" até já têm marcada um data pra o concerto de estreia em território lusitano. 18 de Maio, às 21h30 os quatro amigos prometem deitar o Paradise Garage abaixo. E nós vamos lá estar, não é Victor?
Ainda não temos os bilhetes, mas amanhã já devem estar nas nossas mãos!

28 fevereiro 2006

Identifiquem-se por favor!

É com imenso gosto e prazer que começo a receber os primeiros comentários ao que por aqui se escreve. Sabe bem poder ler o que amigos pensam das palavras ligadas (e cruzadas) que aqui surgem de vez em quando.

Mas gostava de chamar a atenção para um aspecto relacionado com os comentários anónimos. Todos temos o direito de o fazer, mas a questão é: para quê? Neste pequeno cantinho cibernético, local de encontro de bons amigos, não há necessidade de nos escondermos e, pessoalmente, é sempre bom saber quem nos escreve. Por isso venho pedir a todos aqueles que queiram deixar as suas mensagens que digam quem são ou deixem, pelo menos, algumas pistas.

Já agora, aproveito para dizer que o jantar do meu aniversário foi no restaurante "O Escondidinho", em Portalegre.

23 fevereiro 2006

Os "ovos estrelados" estão de volta

Ainda não é certo, mas é mais uma das absurdas propostas deste Governo. A incompetência e incapacidade dos nossos governantes faz com que, no momento em que deviam tomar medidas frontais, difíceis, acabam sempre por recorrer ao acessório, ao secundário e, por vezes, ridículo.

Mas vamos ao que interessa. Pelo que consta, este elenco governativo quer voltar a obrigar a colocação dos "ovos estrelados" (leia-se: disticos com a informação da velocidade máxima à qual o automóvel pode circular) em todos os carros que sejam conduzidos por pessoas com menos de dois anos de carta.

Como foi possível perceber, esta medida vai, desde logo, contra as liberdades individuais dos cidadãos. Mas não vamos por aí. Eu só quero perceber uma coisa. No meu caso (felizmente já tenho carta há mais de dois anos) eu nunca tive carro próprio durante esse período. Ou guiava o do pai, ou o da mãe, ou até mesmo o dos avós. Que fazer nestas situações? Colocamos os "ovos estrelados" em todos eles? Parece-me muito prático. Mas mais grave ainda é a história dos limitadores electrónicos que impedem que os carros andem a mais que a velocidade estabelecida. Para além de, como defendem os especialistas, ir contra as políticas de garantia das próprias marcas - não estão a ver uma BMW, uma Renault ou qalquer outra companhia a permitir que mexam nos componentes pelos quais são eles que se responsabilizam, pois não? - como fariamos nos casos em que, como aconteceu comigo, os carros que utilizava não eram meus? Vamos colocar limitador em veículos utilizados por pessoas com mais de 20 anos de carta só porque se lembraram de ter filhos, que por acaso até cresceram, tiraram a carta e agora querem conduzir?

O que me aflige nesta situação não é, como se possa pensar, a medida em si, no concreto. O que me assusta é olhar para as pessoas que estão à frente dos destinos do nosso país e ver que agem com leviandade, sem rigor, sem capacidade de projectar e, mais grave que isso tudo, sem capacidade para pensar.

19 fevereiro 2006

Gato, gatinho, gateco....

Não foi alvo de uma operação para mudar o sexo. Mas o que é certo, é que este "tigre" lisboeta teve um nome feminino durante muito tempo. Era a "Lolita". Algum tempo depois houve alguém que, finalmente, percebeu que "ela" afinal era "ele". E aí deixou de ter nome. Foi sempre o gatinho, o gateco... e por adiante.

Brincalhão por natureza, este é mais um dos moradores de um 3º andar no Rego e não perde uma para dar uma dentadinha em qualquer mão que se meta à sua frente.

O campeonato está a começar


Uma das razões que me impediram de actualizar o "Domingo de manhã" foi o início do campeonato nacional de ralis. Isto porque a competição está a começar e tive de fazer a antevisão da temporada. Muitos quilómetros de asfalto e de fita gravada tudo está mais calmo e agora só falta esperar pelo ligar dos motores...

A fome foi saciada

Enganem-se os que pensavam que o "Domingo de manhã" tinha morrido. Nada disso. Diversas contingências não me permitiram colocar novos artigos, mas eu havia de regressar. E quis o momento que fosse num domingo, no mesmo dia que dá nome a este pequeno "canto", mas as horas já não me deixam falar em manhã. Essa já passou há muito. Até a tarde já lá vai. Da janela o escuro da noite ofusca a paisagem. Mas, de repente, "flashes" instantâneos dão luz ao breu. Sim, está a trovejar! E com muita força, de tal forma, que as ondas provocadas pelos trovões fazem tremer os blocos de betão direccionados para o céu.

Do aconchego do meu quarto, volto a escrever palavras que alimentam este "blog". Não tenho escrito com a regularidade desejada, é certo, mas tem sido completamente impossível fazê-lo. Agora que tudo está mais calmo volto a "alimentar" este espaço com palavras, frases, que afastam a sensação de fome pela qual o "Domingo de manhã" estava a passar.

09 fevereiro 2006

Um blog especial...

Há um blog especial na "blogosfera". Chama-se Entre Céu e Mar e é assinado por Namaste (palavra de origem oriental), nome que dá título a um dos álbuns de uma grande banda nacional, os Blasted Mechanism, numa espécie de alter ego musical de dois apaixonados.
A verdade é que a sua origem é curiosa. Como é referido no primeiro texto publicado, o que supostamente seria um comentário acabou por se tornar num blog.
A forma original como tornou forma é o ponto de partida para o crescimento de um espaço interessante, diferente, único e muito especial ao qual se deseja um profícuo jorrar de ideias que certamente serão alvo de enorme atenção. :)

06 fevereiro 2006

Viagem no tempo

No dia em que celebrei o meu 24º aniversário decidi voltar a Marvão. Subir aquela rampa infindável de alcatrão, pela estrada que liga a Portagem à sede de concelho, e entrar pelo arco de granito que nos permite "mergulhar" por entre as fortificações da vila candidata a Património da Humanidade é sempre um momento marcante. Parece que carregámos no botão da máquina do tempo e voltámos uns séculos para trás.

Marvão é especial. Fica lá no alto, é bonito seja por fora ou por dentro das muralhas. Com um dia tão agradável em que o sol lá bem em cima dava cor ao granito dos muros centenários deste concellho alentejano, não havia desculpas para não fazer uma visita. Além disso, era uma promessa há já muito tempo feita... e foi cumprida!


Duas sugestões para ficar em Marvão... mas há mais!
Albergaria El-Rei Dom Manuel
Pousada de Santa Maria de Marvão

05 fevereiro 2006

Entrei para o Clube dos 24

Pois é, foi este fim-de-semana, mais precisamente no sábado, que tudo aconteceu. Assim, sem mais nem menos passei para o clube daqueles que têm 24 anos. Foi um dia especial! O sol não se deixou intimidar pelas nuvens que normalmente ameaçam tapa-lo durante o Inverno, Marvão estava imponente a partir do alto da montanha por onde se estende e as pessoas mais importantes estiveram presentes...



À noite, o jantar não correu como esperado. Apesar da reserva efectuada no restaurante para as 21h, a sede de facturar levou os proprietários do estabelecimento a marcarem mais lugares do que os que tinham disponíveis. Resultado? Sentámo-nos à mesa quase às 23h. Mas enfim, superado esse obstáculo, o jantar decorreu num ambiente tranquilo mas muito animado. Foi muito bom poder reunir bons amigos no dia em que celebrei 24 anos.





A primeira vez

Há sempre uma primeira vez para tudo... Para começarmos a estudar, para nos iniciarmos na vida activa, para comermos aquela coisa de que nunca gostámos... enfim, para qualquer coisa que se faça, há sempre um momento em que é a estreia, em que fazemos algo pela primeira vez.

Esta é primeira vez que faço um blog. Ou melhor, as tentativas frustradas realizadas no passado permitem-me dizer, com propriedade, que esta é a minha estreia na "blogomania". A partir deste pequeno "canto cibernético" contarei "estórias", experiências. Quero fazer do "Domingo de manhã" um espaço de pessoas e experiências, onde os relatos, na primeira pessoa, darão cor à vida de cada um de nós! Não pretendo fazer disto um diário no seu sentido literal. Não vou, com toda a certeza, publicar textos diariamente, porque a obrigatoriedade aqui não existe. Assim, a actualização será feita ao "correr da pena", ou seja, sempre que houver motivos para o fazer.

Espero que gostem e não se esqueçam de deixar os vossos comentários e assim enriquecermos, juntos, este "diário de viagem" virtual.