31 março 2006

Jornalismo radiofónico... com poesia

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Fernando Alves. Nome para muitos desconhecido, para outros... uma referência no que há de melhor no jornalismo português. De segunda a sexta, pouco antes das nove horas, a sua voz flui através das ondas hertzianas, a partir da rádio que lhe abre a janela, a TSF. Sinais é o nome do programa, e que programa! As palavras do jornalista espalham-se suavemente em sintonia com o tempo que faz de manhã. Não importa se faz sol ou se faz chuva. Até se pode abordar a mais complexa questão da actualidade, mas os assuntos são falados e comentados de uma forma poética.

Se há lugar onde o Português enquanto língua não sai envergonhado é nas crónicas diárias de Fernando Alves.

O jornalista partilha com o ouvinte o seu ponto de vista acerca de um tema que é, em regra, actual. Mas são raras as vezes em que ouvimos nomes que fazem a rotina dos média nacionais generalistas. São poucas as vezes que Sócrates, Mendes, Jerónimo, Louçã ou Ribeiro e Castro têm espaço naqueles minutos de magia que me acompanham durante o caminho para o jornal. Os Sinais de Fernando Alves saem das colunas do carro e entram nos ouvidos com lucidez e tranquilidade. O jornalista alerta-nos para realidades diferentes, que poucas vezes têm espaço nos espaços informativos. e nós, enquanto cidadãos, mais ou menos conscientes, ficamos melhor informados, com a certeza que, dia-após-dia, podemos fazer mais para que o estado das coisas mudem.

Já houve programas que me marcaram mais do que outros, como seria de esperar... Mas todos me transmitem, por um lado, a calma da voz do locutor, e, por outro, um alerta para situações que nos rodeiam, que são vividas, verdadeiros acontecimentos, notícias puras que por vezes nem chegam a cair no esquecimento... porque nem foram sequer lembradas.


Obrigado Fernando

21 março 2006

Que personagem do Pulp Fiction és tu?

Andava eu à procura de informações relaccionadas com um dos meus filmes favoritos, Pulp Fiction, quando dei de caras (não, não bati com a cabeça no monitor) com um "website" em que depois de respondermos a algumas questões percebemos qual o nosso perfil relativamente ao filme e qual a peronagem que iriamos encarnar se, porventura, Quentin Tarantino nos convidasse para entrar nos seus enredos de drogas, cenas ligadas à máfia ou, simplesmente, começar o filme pelo fim...

Depois de responder ao questionário, o resultado foi: Eu sou o personagem Marsellus. Segundo a explicação dada, eu imponho respeito mas também revelo alguma fraqueza. Mas como nõa há nada melhor do que o original, deixo aqui a explicação em inglês:
"Your name alone strikes fear into others; but maybe, just maybe, there's a little vulnerability and weakness beneath that stoic, fierce exterior of yours."

Deixo-vos aqui o site onde poderão perceber quem são na obra prima de Quentin Tarantino.
www.pyrrha.org/pulp/

14 março 2006

It's allright!

Está mesmo tudo muito bem. Jack Johnson é um fenómeno de popularidade em Portugal. Se dúvidas houvesse, a enchente de ontem no Pavilhão Atlântico acabou com elas.

Entre os milhares de espectadores, algures no Balcão 2 lá estava eu e a Cris, os dois a curtir as boas ondas criadas pela música deste havaiano, que foi surfista, mas que se celebrizou como músico, compositor e cantor. As vibrações positivas emanadas da guitarra acústica de Jack contagiaram todos os que ali foram para sentir as melodias suaves e frescas, como se a brisa do mar do Havai nos tocasse o rosto ao de leve em mais uma competição de surf tão característica por aquelas bandas.

Precedido pelos Alo e por Matt Costa, Jack Johnson manteve-se igual a si próprio. As conversas com o público limitaram-se a meia dúzia de "obrigados" intercalados com alguns "thank you". Mas à medida que o concerto se desenrolava, o músico da praia tornava-se cada vez mais próximo das mais de 16 mil pessoas que passaram a noite a vibrar com a simplicidade das canções de Johnson.

Durante praticamente hora e meia, fomos todos contagiados pelo espírito do "tá-se bem" e até o perfume de alguns cigarros adulterados, que por vezes se espalhava pelo ar, contribuiu para uma atmosfera de "peace and love".

Foi no meio deste ambiente que nós dois ouvimos e vibrámos com a música de Jack Jonhson. Com inúmeras imagens e recordações a passarem-nos pela cabeça, o surf em forma de canção teve a particularidade de nos relaxar e fazer entrar na onda. Até mesmo para quem não sabe o que é estar de pé em cima de uma prancha, as notas que saiam das colunas penduradas no Atlântico faziam-nos levitar e sentir o romper das ondas do mar.

Ainda não era meia noite e já estávamos a sair do complexo lisboeta. Mas saíamos mais leves e livres...

05 março 2006

A próxima vítima...

Na semana passada acabei de ler o último livro do "pequeno mágico" que saiu dos pensamentos de J.K. Rowling. Em "Harry Potter e o Príncipe Misterioso (o título original é Harry Potter and the Half-Blood Prince) a acção é cada vez mais negra. Para aqueles que argumentam que estes livros que apelam à fantasia de cada têm como público-alvo as crianças, a autora tem, livro após livro, provado que a história de Harry Potter é cada vez mais para adultos. Aliás, os editores portugueses, querendo manter o público jovem fiel, deram-se ao luxo de atentarem contra o título do último volume da saga e em vez de chamarem ao príncipe Meio-Sangue, optaram pelo "eufemismo" Misterioso. Tretas!

Mas enfim, não é para isso que decidi escrever. O que me faz colocar estas palavras no "Domingo de Manhã" é o próximo livro que já está na minha banca de cabeceira há uns dias à espera de ser aberto. Oferecido por dois bons amigos, "O Viajante Assassino" é um romance assinado pelo jornalista irlandês do "The Irish Times", John Connoly. Nas palavras da crítica, este livro conta "uma história inteligente, perturbadora, com um clímax surpreendente", diz-nos o periódico "The Times".

Como só li o primeiro parágrafo ainda não estou capaz de dar o meu veredicto, mas tenho de admitir que estou sequioso para "beber" esta história. Mas como ainda não posso partilhar o que achei de um livro que ainda não li, deixo aqui uma breve sinopse da obra:

"O Viajante Assassino é um primeiro romance magistral, simultaneamente negro e lírico, que concilia na perfeição o mistério e o horror. De imediato se tornou um bestseller internacional, tendo sido distinguido como livro do ano de 1999 pelo de Times de Los Angeles e com o Shamus Award para melhor primeiro romance, no mesmo ano.

Quando Charlie Parker bateu com a porta após mais uma discussão conjugal, não podia suspeitar que algumas horas mais tarde, ao regressar a casa, iria deparar com um cenário do mais absoluto terror. Diante de si jaziam os cadáveres da mulher e da filha de três anos selvaticamente dissecados, vítimas da brutalidade demoníaca de um louco. Atormentado pela dor e por um insaciável desejo de vingança, este ex-agente da polícia de Nova Iorque envereda por caminhos que atravessam as fronteiras da lei e da própria sanidade mental, numa cadeia de investigações tortuosas que acabará por conduzi-lo ao rasto de sangue do serial killer que lhe destruiu a família - o viajante assassino.

A sua imparável demanda leva-o de Nova Iorque até à Virgínia e a Nova Orleães, num vórtice descendente que o atira para níveis cada vez mais sinistros de violência, para o coração do crime organizado, e que culminará num aterrador confronto final com o psicopata homicida. O Viajante Assassino é, indubitavelmente, uma daquelas obras raras que contribuem para elevar o género literário a que pertencem."

04 março 2006

Objectivos não foram cumpridos

Peço a demissão! O espírito à partida para o Torneio de Pro Evolution Soccer 5 realizado pela malta era grande. Mas os objectivos não foram cumpridos. O Barcelona não passou da fase de grupos. É caso para pedir a demissão do cargo de treinador e jogador da equipa. Duas derrotas e um empate é o balanço negativo de uma tarde bem passada mas onde não senti o doce sabor da vitória. Ou melhor, não é bem assim. No primeiro jogo, contra o Manchester United, Ronaldinho e Cª venceram por 2-1. Mas depois, um "golpe de teatro" provocado pela ausência de um dos participantes levou ao reinício do torneio e o Barcelona nunca mais foi o mesmo.

Resta, agora, a esperança de poder fazer melhor numa próxima oportunidade. Quero a desforra!

Os macacos não escapam

O concerto dos Arctic Monkeys é só em Maio, mas o Paradise Garage não é nenhum Pavilhão Atlântico e os bilhetes já são poucos. E a culpa também é minha porque a partir de hoje, dois desses ingressos já não podem ser vendidos e estão muito bem guardados no conforto do meu lar.

Ontem dizia que os macacos do Árctico iam atacar Portugal, mas uma legião de combatentes está pronto para os enfrentar. Dia 18 de Maio às 21h30 a grande batalha terá lugar.

03 março 2006

No Árctico há macacos e vão atacar Portugal

Seria sem dúvida uma grande notícia se agora se descobrisse que no Árctico havia macacos. Mas o que a verdade nos conta não é isso. Os Macacos do Árctico (Arctic Monkeys) são quatro rapazes de Sheffield (Reino Unido) que puseram a ilha em alvoroço. Como? Whatever People Say I Am, That's What I'm Not é o nome do álbum desta quádrupla de fogo que lançou chamas por toda a Inglaterra desde 23 de Janeiro, dia em que foi editado. O sucesso foi tal que o primeiro trabalho do grupo britânico tornou-se no disco mais vendido de sempre na primeira semana em que esteve nas prateleiras das discotecas inglesas.

Mas o fenómeno de sucesso que os quatro rapazes granjeavam há muito que era uma realidade. Muito antes de lançarem o seu primeiro trabalho já a banda enchia casas de espectáculo em Londres.
Rapidamente, os ecos dos Arctic Monkeys ouviram-se para além do Canal da Mancha e, hoje em dia, são admirados por inúmeros países europeus. Portugal não foge à regra e os "macaquinhos" até já têm marcada um data pra o concerto de estreia em território lusitano. 18 de Maio, às 21h30 os quatro amigos prometem deitar o Paradise Garage abaixo. E nós vamos lá estar, não é Victor?
Ainda não temos os bilhetes, mas amanhã já devem estar nas nossas mãos!