26 junho 2007

Magnífico Dr. Negrão! Extinga-se!

Extinga-se! Se não serve os propósitos para que foi criada, então a solução é extinguir-se. Se funciona como uma qualquer promotora imobiliária, então ou volta às funções para as quais foi criada ou então extingue-se.

Foi desta forma, grosso modo, que o candidato Negrão à Câmara de Lisboa (sim, o do PSD) assumiu a sua posição relativamente à EPUL, ou será EPAL? É que no meio desta conversa toda, em que falava da EPUL, Negrão já estava tão pouco ou nada confuso que acabou por dizer que era a empresa responsável pelo abastecimento de água à cidade de Lisboa. Em que é que ficamos?

Para um candidato à Câmara, que se deseja ser um conhecedor profundo de tudo o que diz respeito à cidade (mesmo que esta seja a capital e tenha uma dimensão considerável), não ficou lá muito bem na fotografia... ou ao microfone, já que isto se passou na rádio. Assim não vai lá candidato!

25 junho 2007

Ah, que fim-de-semana

Soube tão bem! Um fim-de-semana em quatro dias. Já ansiava por uns dias assim, onde a calma e a tranquilidade foram elementos predominantes.

Parece que o Verão já chegou, mas em termos climatéricos, isto ainda anda muito farrusco. Temperaturas amenas, alguma chuva de vez em quando. Mesmo assim, no sábado ainda deu para dar uns mergulhos na piscina e apanhar um solito. De seguida, uma bela sardinhada! Magnífico!!!

Nestes quatro dias consegui alhear-me, quase por completo, do caos urbano lisboeta e refugiar-me no sossego do meu Alentejo. Esta junto à Paixão, passar bons bocados com os pais, chatear o puto que já está de férias soube tão bem. Tinha de ser, já estava a precisar.

O jantar de sábado também foi magnífico. O restaurante Tomba Lobos está altamente referenciado em diversos meios da especialidade. Há um que até o apelidam de "gourmet". E não é que o que lá se come é divinal? O José Júlio, proprietário e cozinheiro, tem jeito para aquilo. Muito mesmo. A ementa desta vez foi bacalhau com espargos e queijo. Estava delioso. Igualmente apetitoso era o arroz de capoeira, prato escolhido por alguns dos comensais. E os preços? Nada de assustador. Sem vinhos (mas com sangria), mas com entradas, cafés e sobremesas pagámos 12,5 euros. É verdade que existem outros sítios onde comemos por menos, mas na maioria não comemos por preços semelhantes e sem que a qualidade atinja valores tão elevados. A caminho do Reguengo, para quem sai de Portalegre, numa das encostas da Serra de São Mamede. A visitar...

Essencialmente, as energias foram repostas junto de quem mais amo e isso era obrigatório. Agora vivo o primeiro dia dos 19 consecutivos que me esperam para trabalhar. O desafio é grande, a fasquia é elevada, mas as forças estão em grande e estou pronto para enfrentar tão nobre missão.

P.S.: Não me esqueci de Le Mans. Mas as fotos ainda não foram processadas. Cá chegarão.

19 junho 2007

Não resisti!!!

Não podia! Era mais forte do que eu. Tinha ido eu cuscar o blog do meu amigo cemercel (yerrait, man) e não resisti! Sabiam que a voz do Bart Simpson é feita por uma mulher? Sim , por uma mulher!!! Nunca pensei que assim fosse mas é a mais pura verdade. Deixo-vos aqui alguns vídeos que vi, pela primeira vez, no blog Sentido de Estado. São magníficos. É hilariante ver aquelas vozes da melhor série de animação de todos os tempos feitas por pessoas, por humanos como nós.


24 Horas de Le Mans

Este fim-de-semana voltei à maior corrida de resistência do Mundo no que respeita ao desporto automóvel. Tenho umas fotos para colocar aqui e hoje também não tenho muita vontade de escrever. São ainda as consequências por ter dormido entre quatro e seis horas em 72 horas. Ainda não estou perfeitamente operacional!

Ainda esta semana escreverei qualquer coisa...

14 junho 2007

Prova oral

Pois muito bem! Foi na véspera do dia de Santo António, aquela em que se comem sardinhas e se salta à fogueira pela primeira vez no ano, que voltei a participar na Prova Oral, o programa de Fernando Alvim, das sete às oito da tarde (repete das seis às sete da manhã do dia seguinte). Desta feita o tema versava (não, não era sobre santos populares) Mário Laginha, com o próprio presente em estúdio.

Lá ia eu a caminho de Portalegre quando decidi ligar. Mas o objectivo nem era tanto confrontar Mário Laginha com o actual panorama da música nacional, ou melhor, de como é mais fácil, actualmente, chegar a públicos mais diversos, muito por força do investimento das instituições que têm criado condições (leia-se espaços) para além dos dois centros urbanos onde tudo se passa (Lisboa e Porto, mais em Lisboa do que no Porto). Perguntavam eles se no dia de Santo António havia mais terras onde era feriado para além da capital do nosso país. Lá entrei eu em acção para explicar que sim, Cascais por exemplo (e até soube que em Famalicão também é, mas já soube disso demasiado tarde para dar como exemplo). E como tinha de puxar a brasa à minha sardinha, aproveitei para contar que o santo padroeiro da cidade de Portalegre também é o Santo António, mas não é por isso que é feriado. Afinal, o feriado municipal de Portalegre é no dia 23 de Maio, para celebrar a atribuição do foral de cidade à capital de distrito mais nordestina do Alentejo. Tenho dito!

12 junho 2007

Os rapazes são estrondosos

Os putos de Sheffield, quais macacos do Árctico, não nos poupam. O CD que a C. me ofereceu quase não tem descanso e a vontade de continuar a ouvir e ouvir e ouvir continua em alta. Aparecessem eles ainda na época do vinil e era caso para dizer "vira o disco e toca o mesmo", mas sem qualquer componente pejorativa. Bem pelo contrário, aqui toca o mesmo mas sabe cada vez melhor ouvir a imponência das guitarras fabris (não, os instrumentos não deitam fumo nem chiam como é normal numa fábrica da Revolução Industrial, mas Sheffield é uma terra de operários) e a dimensão abrangente da bateria destes putos ingleses.

Para quem não conhece, ou para que já ouviu e gostou, deixo o vídeo do primeiro single do último álbum do quarteto britânico, "Favourite Worst Nightmare". A música chama-se "Brianstorm" (não é gralha, é mesmo assim que se escreve e não brainstorm como poderia ser susceptível de se pensar).

11 junho 2007

Shakespeare bilíngue

Drama, comédia. Espectáculo de teatro com dois actores a representarem esse ícone da dramatologia britânica, William Shakespeare. É esse o resultado da adaptação da obra "King Lear" que o inglês escreveu e que João Garcia Miguel traduziu... mas não toda.

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É verdade, a peça é bilíngue. Por um lado, o actor português, Miguel Borges fala sempre na língua de Camões, enquanto o australiano, Anton Skrzypiciel, sempre que abre a boca fá-lo para debitar palavras usadas lá por terras de Sua Majestade.

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O resultado é uma salada linguística, uma obra interessada e que vi quase por acaso. Um bilhete à borla para os Festivais Gil Vicente, em Guimarães, e na quinta-feira lá estava eu e a paixão, cinco minutos antes do espectáculo começar, no Centro Cultural Vila Flôr. Gostei do que vi, tanto em cena como do edifício. É verdade, o espaço é fantástico. Numa cidade que respira história, por todos aqueles poros urbanos, este palácio remodelado mistura o passado com o futuro (não gostei muito deste cliché, mas enfim. Agora já o escrevi.). O granito e as paredes grossas de pedra não desapareceram, mas coabitam com a fachada de vidro reluzente e imponente. Quando vi isso pela primeira vez lembrei-me do Centro de Cultura Contemporânea de Barcelona, um espaço com algumas semelhanças, por distantes que sejam. Em Portugal também temos bons exemplos de como fazer as coisas. A cidade condal pode não ser, para alguns, um exemplo a seguir no que respeita a questões arquitectónicas ou de urbanismo. Mas para mim é e como este espaço é meu... (não fico lá muito bem em dar numa de tirano, pois não? Eu sei, mas também quem me conhece sabe que isto não passa de uma brincadeira. Afinal este espaço quer-se democrático e por isso é que os comentários são livres.)

Despiste a 270 km/h... e uma entorse no tornozelo

A Fórmula 1 está cada vez mais segura. Esta é uma das conclusões que se pode tirar do aparatoso despiste de Robert Kubica, o piloto polaco da BMW que se estreou na Fórmula 1 a meio da época passada.



Um ligeiro toque no carro de um adversário, no caso o Toyota de Jarno Trulli, e o monolugar alemão quase levantou vôo, embatendo praticamente de frente no sólido muro de betão que acompanha, de perto, quase todos os metros do circuito Gilles Villeneuve, o traçado canadiano que tem o nome de uma dos grandes nomes da história da Fórmula 1 e que todos os anos recebe o "circo".

Arrepiante é um um eufemismo para adjectivar o acidente de Kubica. Quem vê pela primeira vez não consegue acreditar que de tanto aparato e de um carro destruído por completo, o piloto polaco tenha saído apenas com uma entorse. Mas vejamos. Após o despiste, o carro praticamente tudo o que estava agarrado a chassis. Pneus, suspensões, a asa dianteira. Tudo isso foi pelos ares (literalmente). Mas o cone, que tecnicamente é chamado de monocoque, ou seja, a zona onde fica o piloto quando está dentro do carro, ficou praticamente intacta. É o que se chama de evolução tecnológica. Penso que mesmo para aqueles que não são entusiastas deste desporto é impressionante ver como um carro que, aparentemente, tem um aspecto tão frágil mas que consegue manter o piloto seguro mesmo após um despiste a 270km/h. Aliás, o director de equipa da BMW dizia que se este acidente tivesse acontecido há dez anos, possivelmente o piloto não teria sobrevivido. Felizmente sobreviveu e se tudo correr bem poderá voltar às pistas ainda esta semana. Afinal, tudo não passou de uma torcidela, algo comum a todos, nem que seja numa partida de futebol lá no bairro.

10 junho 2007

Já tinha saudades...

Guimarães é, cada vez mais, e por razões naturais, uma das cidades que mais me diz. Já lá não ia há bastante tempo e tenho de admitir que já tinha saudades.

Saudades de pisar a calçada do Toural, subir a Rua Gil Vicente (apesar do congestionamento), caminhar junto às muralhas a caminho da rotunda da Mumadona, beber café nas simpáticas esplanadas da praça da Oliveira.

Gosto de sentir o espírito, o ambiente que se vive na cidade berço. É fantástico entrar na Cervejaria Martins, sentarmo-nos ao balcão para comer um qualquer petisco, o prato do dia ou um prego no pão. As conversas andam à volta, na maior parte das vezes, de futebol. Nos ecrãs de LCD é comum passar uma qualquer partida do desporto rei, seja da liga portuguesa, espanhola ou inglesa. Mas ao contrário do que acontece na maioria do território nacional, os adeptos e inúmeros treinadores de bancada não falam de Benfica, Sporting ou Porto. É o Vitória que preocupa os vimaranenses. Aliás, o que Portugal assistiu durante o Euro 2004, em que as nossas janelas e varandas se engalanaram com o verde e vermelho do nosso país, é comum em Guimarães, mas com bandeiras brancas e pretas com as cores do Vitória e slogans como "Vitória de Primeira", numa clara alusão à subida do clube de Guimarães à primeira liga nacional.

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Mas regresso à Cervejaria Martins, em que entre conversas de bola pergunto:

- O que é que se come hoje?

- Pronto a sair temos Bacalhau à Braz e Lombinhos com cogumelos.

- Quero lombinhos, por favor.

- E para beber?

- Quero uma imperial, por favor. (Que estúpido. Por aquelas bandas pede-se um fino!)

Parece absurdo, mas este diálogo sabe bem. Gosto de o fazer naquele ambiente.

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Já não ia a Guimarães desde Janeiro e confesso que já tinha saudades. Tinha mesmo. E desta vez não fui comer um croissant à Caneiros, ainda não andei no teleférico e também não foi desta que fui ao Estádio D. Afonso Henriques. Mas mesmo que já tivesse feito tudo isso e outras coisas mais, continuava a ter vontade, e argumentos de sobra, para voltar à cidade onde nasceu este nosso pequeno país.

06 junho 2007

Mais vale tarde...

...que nunca! Já diz o velho ditado.

O concerto de Dave Mathews Band já aconteceu há praticamente 15 dias, mas só hoje, com algum tempo, consegui encontrar um registo que alguém simpático fez deste momento único.

Único sim! Dave Mathews e a sua banda nunca tinham vindo ao nosso país. Era um espectáculo muito aguardado. Como dizia o meu amor, eramos quatro pessoas ansiosas para ver esta banda ao vivo. Os bilhetes, esses, tinham sido comprados ainda em 2006, praticamente seis meses antes. Acho que nunca tinha adquirido ingressos com tanta antecedência.

Valeu bem a pena. Mesmo que do local mais distante do palco, o balcão 2, o espectáculo foi intenso, marcante para toda uma vida. E não é que eles não se cansam de tocar. Aqui não houve aquelas tretas de concertos completamente programados em que os artistas tocam o que está previsto durante hora e meia (quanto muito estica até à 1h45m) e vão-se embora. As luzes acendem-se para "enxotar" o público, como se faz às galinhas e acabou. Aqui não, Dave Mathews e a sua banda, juntamente com o magnífico Tom Morello dos saudosos Rage Against the Machine (parece que voltaram. Resta saber se nos vão presentear com um concerto em Portugal. Isso é que era), tocaram durante 3h30m num imenso turbilhão e de notas e ritmos que nos fizeram tremer de arrepios, tal a força com que transmitem a sua sua música.

No final, saímos satisfeitos e felizes. Deixo um vídeo feito por alguém presente. Para quem não foi sempre sabe melhor do que não ter nada.