29 setembro 2007

Prontissimo

Parece incrível, mas já tenho a reportagem do Rali de Sanremo feita. Amanhã, quando chegar a casa, é só dar mais uma vista de olhos aos textos e confirmar se está tudo em ordem. Que sensação de alívio...

Isto é que foi pedalar, ou melhor, escrever. Para além da reportagem para o papel, ainda escrevi, durante os últimos dias, uma série de notícias para o site.

Tenho a sensação de dever cumprido.

Agora só já devo dar notícias a partir do aconchego do lar!

28 setembro 2007

Noites longas

Esta noite só fui para a cama por volta das cinco horas da madrugada. Trabalho a quanto obrigas...

Mas as coisas são assim. Por vezes, os esforços valem reportagens com mais valor. E isso dá um enorme prazer.

Um balde de água fria

A minha vinda a San Remo tinha, como principal propósito, fazer a reportagem daquela que é a estreia em ralis no estrangeiro de Bruno Magalhães, o actual líder do campeonato português da disciplina.

Mas num troço realizado à noite, o maior da prova com 44 quilómetros de extensão, o piloto português teve um acidente, no mínimo, incaracterístico. Bruno Magalhães bateu em cheio num adversário que se tinha despistado e tinha o carro atravessado no meio da estrada. Não é normal, e quando saímos de uma curva de quarta a fundo... (Por isso é que não acho piada àquelas pessoas que andam depressa nas estradas abertas do dia-a-dia, especialmente em zonas encadeadas. Nunca sabemos o que está do lado de lá da curva. Imaginem que o andamos depressa e nos deparamos com uma carroça. Quem é inconsciente nunca terá pensado nisso, pois não? Bem este parênteses já vai longo.)

Enfim, foi um grande balde de água fria. A primeira preocupação foi saber se os intervenientes no acidente estavam bem. E estavam de facto. Quando me certifiquei disso comecei a pensar que a reportagem que tinha idealizado estava estragado. Sim, porque eu gosto de fazer o trabalho de casa e preparar as coisas antes. Mas às vezes nem tudo corre como esperamos.

Assim, a preocupação seguinte foi a de pensar numa alternativa. Já a tenho, mas isso implica que hoje a noite seja longa... Agora desculpem-me, mas não posso dizer o que estou a pensar fazer. O segredo é a alma do negócio. :)

27 setembro 2007

E cá estou eu parlando italiano

Bem não é bem assim. Além de uns grazie, de uns prego, de uns ciao ou de uns bon giorno, pouco mais digo...

Já estou em San Remo, mas se me perguntarem se é uma cidade bonita... bem, não tenho resposta. Isto é parecido com a zona de Nice e do Mónaco, afinal é aqui bem perto, não é?

Mas por estes lados o tempo não está famoso. Em Portugal não estava um calor daqueles, mas aqui fui abençoado por chuva, frio e trovoada. Melhor que isto não há!!!

Bem, queria escrever mais, mas tenho de ir, a correr, à assistência porque é preciso falar com os pilotos. Afinal estou cá por causa do rali...

Macaquinho de imitação

Ontem fui acusado de ser macaco de imitação. Sei que me inspirei num argumento utilizado no texto em que pedia comentários. É verdade, isso de dizer que cortava os pulsos tem direito de autor e não sou eu. Obrigado Namaste!!!

Bem, mais uma noite que chegou ao fim. Só falta fazer a mala e saltar para a cama. Amanhã, ou melhor, hoje o despertador toca (não, não é o telefone. Isso é um programa esquisito que deve dar sono até aos que sofrem de insónias) lá para as seis e meia da matina...

26 setembro 2007

Vou ali e já venho

Amanhã é dia de viagem. Às 8h40 tenho de estar no aeroporto. O trajecto é Lisboa-Nice, num voo TAP operado pela Portugália. Ali chegados é hora de ir até San Remo. Sim, vou de avião para França, mas o destino é Itália.

Regresso no domingo. Por isso já sabem, se não disser nada entretanto é porque não deu. Mas se puder venho aqui deixar o meu testemunho...

Fechados para a História

Mal saí de casa passei pelo quiosque que há lá perto. Fui buscar o segundo volume de uma colecção extraordinária, editada pelo Expresso. Chama-se Grandes Fotógrafos. A primeira retratava Portugal, através das lentes de alguns dos melhores disparadores obturadores que existem no planeta.

Neste segundo volume, Robert Capa, Henri Cartier-Bresson (um dos fundadores da agência Magnum, considerada a melhor agência fotográfica do Mundo), W. Eugene Smith e Yevgeni Khaldei transmitem, através da sua máquina, um olhar fotográfico de algumas guerras mundiais. Ainda não vi o livro todo, mas nas primeiras páginas há um particular destaque para a Guerra Civil de Espanha. Sabiam que Barcelona foi atacada pelos franquistas, obrigando milhares de republicanos a refugiarem-se em França? Eu não. Aliás, sinto vergonha, mas tenho de admitir que pouco mais sei acerca desta guerra do que o quadro de Guernica, pintado e imortalizado pelo génio espanhol das artes plásticas, Pablo Picasso. É triste dizer isto porra. Passou-se tudo mesmo aqui ao lado. A zona da raia ainda viveu esse embate com intensidade e nós pouco sabemos. Salvo uma mini-série produzida pela RTP há uns anos e quase não se fala nisso.

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Mas isto não é de estranhar. Até a nossa História é mal tratada. Não defendo que se deva dar mais umportância a algumas fases da História em detrimento de outras. É certo que há épocas que têm repercussões sociais, políticas, económicas ou culturais muito mais fortes do que outras. Mas vejamos. Todos nós sabemos que houve o 25 de Abril de 1974. Mas nem todos sabem porque é que aconteceu, no que resultou. Foi há pouco mais de 30 anos, mas as gerações que nasceram depois disso quase não são informadas... Não temos direito?

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Dizem-nos, mas isso faz parte dos programas curriculares. Pois faz, mas são sempre as últimas páginas, por vezes nem são abordadas porque entretanto o ano lectivo está no fim. Isto acontece meus senhores! Ou não se dá ou é dado à pressa só para ficar no sumário das aulas. Sei que, por evzes, é difícil relatar e explicar com distanciamento algo que ainda está tão fresco na memória de alguns, mas isso não serve de justificação para tudo. Além disso, a perspectiva dada nas salas das escolas acaba por ser extremamente romântica, com a história dos cravos nas armas e pouco mais. Não há uma contextualização política, não se explica quais foram as consequências, como se viveram aqueles anos seguintes. O PREC, por exemplo, não passa de um pequeno apontamento histórico, como se não tivesse muita importância. Não percebemos, com profundidade, as evoluções políticas ou as questões mais prementes da sociedade da altura. Não sei quem foi o primeiro presidente da Assembleia Constituinte, mas nem é isso o mais importante. Gostava de saber, sim, o que implicou esse orgão e o que lhe aconteceu. Tenho uma ideia, mas há quem não saiba, sequer, o que isso é.

23 setembro 2007

É de esgotar a paciência

Uma pessoa fica cansada. Estamos em pleno século XXI e já não há paciência para certas pessoas. É difícil aguentar. Mas, sinceramente, já não sei o que é, se desfasamento da realidade, se incompetência, ou simplesmente idiotice.

Infelizmente é bastante comum haver pessoas que nem na sua própria Língua sabem escrever, mesmo que já ostentem, com orgulho, o canudo debaixo do braço. Coincidência ou não, este foi conseguido numa instituição de ensino superior privada (onde é que eu já ouvi falar dum caso parecido? estou confuso!). Isso acontece mesmo. Mas se fosse só isso. Já pensaram em aturar alguém que aparece e se mostra muito competente por ter tirado um curso, ter feito uma pós-graduação no estrangeiro e, ainda, ter trabalho em cadeias de televisão, mas que depois não percebe absolutamente nada daquilo que tem de fazer? É duro, ter de ensinar alguém bem mais velho do que nós, que diz ter a mesma formação que a nossa, a fazer o seu trabalho ou a escrever em Português.

Foi um fim-de-semana duro. Nunca pensei ter tantas dificuldades com a situação. Eu não era assim. Quando comecei não era assim. Dedicava-me mais, esforçava-me mais, mas, acima de tudo, tinha um pouco mais de noção do que era o tipo de trabalho que tinha de fazer. Digamos que é o mesmo que termos formação para médico e, quando começamos a trabalhar não sabemos sequer pegar num bisturi. Estão a ver o ridículo da situação?

Bem, não me vou alongar muito. Um dia destes conto mais uma coisa. Mas, já agora, quem souber onde se levanta o volume do computador que diga. Eu sei, mas essa pessoa não!

Alguém deixa uma palavrinha?

Era simpático, no mínimo. Não é que escreva para que a malta desate para aí a comentar, como se não houvesse amanhã. Mas assim de vez em quando, como quem não quer a coisa... umas palavrinhas apenas!

Ah, mas descansem, se ninguém disser nada eu não vou cortar os pulsos e também não corto os pulsos nem pratico autoflagelação!

20 setembro 2007

Momentos revisitados

Continuo em alta com Ornatos Violeta. Ontem foi o "Cão", hoje durante o dia também, mas agora à noite apeteceu-me ouvir o "Monstro precisa de amigos". É magia musical que discorre para dentro dos meus ouvidos...

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Colocar o cd no leitor do portátil (as coisas já não são como dantes, em que era preciso a aparelhagem...) e voem alguns anos atrás. Dei por mim numa pequena sala, que não tinha mais de oito ou dez metros quadrados. As paredes estavam forradas de cortiço. Não sei se era da Robinson, não faço ideia, mas esta fábrica já mandou rolhas ao espaço. Respeitinho, portanto! Uma mesa redonda. Mais duas rectangulares, com todo um aparato áudio... mesa de mistura, leitores de cd's e uma infinidade de botões. A um canto uma pequena TV que nem sempre cooperava.

Lá estávamos os cinco, a Das Carlas, o Dos Mários, o Dos Mouros, o Dos Bats e o Dos Picados (parvoíces, que mais lhes hei-de chamar?). Todos os sábados, das 13h às 15h, ao vivo e em directo toda a antena regional da São Mamede vibrava com os cinco da radiofonia. Era o programa do IPJ ao mais alto nível.

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Ali aconteceu de tudo, festejaram-se aniversários (e que festas foram), fizeram-se debates com as juventudes partidárias, discutíamos o sol e a lua. A minha implicância era comum, não havia duas horas de emissão que não passasse uma trilha de Ornatos. Tinha de ser. Cada um tinha direito a, pelo menos uma música à sua escolha. Quando chegava a minha vez o álbum quase que saltava direito ao leitor. Bons tempos aqueles. Muitos risos com o Homem que arranhou o porco-espinho, chegar dois minutos antes da emissão começar, não era preciso ensaiar nem nada. Às vezes a malta estava com uma dor de cabeça. "Então que te aconteceu?" Pergunta estúpida, principalmente feita num sábado ao final da manhã. Sexta já era dia de borga...

19 setembro 2007

Saudosismo

Também me sinto assim hoje. Que querem? Há dias assim, não posso agora é? (Que estranho, agora até a minha escrita está diferente. Está tudo louco, pânico, pânico)

Há uns dias que andava com vontade de ouvir Ornatos Violeta no carro. Não passa muito tempo que não tenham de girar no auto-rádio ou em casa. Mas depois esquecia-me de ir buscar. Isto de não ter uma estante com os cd's todos arrumados não é vida para ninguém! Mas vá lá, hoje fui buscar o cd. Foi no momento em que escrevi o post anterior. Não foi para copiar a letra. Aquela parte sei de cor.

Esta banda é fantástica. Foi depois, mais ou menos, do Sudoeste 1997 que comprei o cd. Não fui ao festival, mas já tinha vontade de o ter e depois de ter ouvido na Antena 3 o concerto e de um amigo me ter dito que tinha sido muito bom decidi comprar. Falei nisso em casa e não é que um dia ou dois dias depois os meus pais me fazem a excelente surpresa de me oferecer o Cão. Nem imaginam a quantidade de vezes que este disco compacto já rodou...

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Os concertos que vi adorei. Mas isso conto mais tarde! Oiçam Ornatos!!!

Débil mental

É que eu não sou um débil mental,
Eu posso estar errado ou ter agido mal,
Pois pago o preço que tiver de pagar,
Se for para tal eu sofro só.

Se não te agrada a forma de eu falar,
Acorda e vê que eu cago pró teu não gostar,
Se as minhas calças
parecem de um pijama,
Da próxima vez eu saio como entrei na cama!



Hoje apetece-me cagar para algumas pessoas. Mas cagar de alto. O que pensam de mim? Sou saco para toda a obra? Não, assim não pode ser!!! Tenho direitos!!! Não estou preso!!!

Nota: Para quem não sabe, a letra é dos geniais Ornatos Violeta. Para mim são os melhores, se é que nesta coisa da música temos mesmo de estabelecer classificação. Que raio, gosto e pronto! Oficialmente acabaram, mas cá no fundo mantenho a esperança de os poder voltar a ver ao vivo... Ainda não vi o Mata-me outra vez. Devem-me essa! Tenho dito!

Portugal está mesmo na moda

Que grande notícia. Roger Federer vem ao Estoril Open do próximo ano! A prova de terra batida tem trazido, nos últimos anos, cada vez melhores tenistas, mas nunca cá tinha vindo o melhor. Agora, vem cá o número um. Isto é fantástico.

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Foto: Raisport

Desportivamente estamos na moda. Felizmente, o Rali de Portugal voltou ao Mundial e mesmo que em 2008 isso não aconteça, já foi bom. (Mas queremos mais, pois claro está).

O Lisboa-Dakar já vai acontecer pela terceira vez, o Euro-2004 foi o sucesso que se sabe. É muito bom tudo isto. É verdade que continuamos a receber miseravelmente e que, de vez em quando, há uns iluminados que defendem que é preciso despedir mais, como defendeu Ludgero Marques, o presidente, salvo erro, da Confederação da Indústria Portuguesa.

A taxa de desemprego é cada vez maior, temos pessoas a viver abaixo da linha da pobreza (sim, não é só em África que isso acontece, em Portugal também), os jovens são cada vez mais dependentes dos pais e quando começam a trabalhar têm de continuar a receber mesada, enfim, o cenário não é famoso.

Mas perdoem-me. Ontem fiquei feliz quando soube que o maior às do ténis mundial vinha ao Estoril Open. Também podemos sorrir de vez em quando não?

Ah, já agora, ALLEZ LOBOS ALLEZ!!! Força para o jogo contra a Itália que se realiza no Parque dos Príncipes, em Paris, mais logo! Foi o primeiro jogo do Mundial com bilhetes esgotados!!! Somos os maiores!

18 setembro 2007

O regresso das grandes noites

A Liga dos Campeões 2007/2008 já arrancou. Está de volta aquela competição que já nos proporcionou, a todos os que gostamos de futebol, grandes noites, à terça e à quarta-feira, de espectáculo e magia!

Os portugueses não tiveram nenhum arranque fulgurante. O grande Benfica perdeu em San Siro, por 2-1, face ao Milan. O Porto empatou com o LIverpool e manteve-se imbatível face a equipa inglesas em casa.

Mas o mais importante é que a Liga Fantástica também já começou e a minha equipa está feita. O objectivo? Nenhum em concreto, apenas divertir-me, como treinador de bancada (neste caso de computador) claro está, e disputar a Liga ESEP, aquela onde a malta do curso e não só continua a marcar presença.

Este ano apostei em jogadores dos três grandes e alguns craques reconhecidos por todos. Aqui está a formação com que disputei a primeira jornada:

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Os rapazes merecem...

...esta homenagem!

Amadores, estreantes num campeonato do Mundo! Os "Lobos", alcunha dada à selecção portuguesa de rugby, ainda não ganhou um jogo. Contra a Escócia levámos mais de 50 e contra a Nova Zelândia (os melhores do Mundo) mais de 100. Ainda assim mostraram toda a sua fibra, raça e coragem. Fizeram com que o público (tão nobre como este jogo que, apesar de ser uma verdadeira batalha, é disputado apenas por homens com H, tal a honra com que praticam este desporto) os aplaudisse de pé, da mesma forma que os jogadores portugueses aplaudiram os adversários neozelandeses após o jogo. É magnífico tudo o que gira à volta desta modalidade, toda a nobreza que a reveste de elegância.

O fair-play demonstrado por todos é enorme. Uma vez tive o prazer de assistir a um jogo do torneiro das Seis Nações. Irlanda-Itália, em pleno Lansdowne Road, o estádio de Dublin, casa dos irlandeses. Aqui não são precisos batedores, nem milhares de polícias para assegurar a segurança. Antes do jogo podemos ir beber um "pint" ao bar do hotel onde está a equipa e ainda dar dois dedos de conversa com um jogador ou outro. Estes percorrem os 500 metros que separam o hotel do estádio a pé, ladeados de milhares de adeptos que os aplaudem...

É neste meio que os portugueses estão. E estão a mostrar que merecem ter ido ao Mundial, que se realiza em França, e que podem voltar. Assim o desejamos.

Fica aqui um vídeo magnífico da forma como os jogadores portugueses cantam A Portuguesa. É maravilhoso e fascinante ver como sentem orgulho em serem portugueses. E eu, que vejo isto pela internet, emociono-me e também me encho de orgulho!!!



Adeus campeão

Quem diria. Colin McRae ficou conhecido por ser um piloto extremamente rápido e espectacular. Os grandes acidentes que protagonizou ao longo da sua carreira valeram-lhe a alcunha de McCrash. Campeão do Mundo de ralis em 1995, este escocês nascido em Lanark tornou-se, há muito, um símbolo do desporto automóvel a nível mundial. Morreu no passado fim-de-semana após um acidente de helicóptero! Ironia do destino!!!

McRae é sinónimo de emoção e espectáculo, fosse nos ralis, no todo-o-terreno (era impressionante como a Nissan Navara pulverizava os tempos de toda a gente na Baja Portalegre 500 de 2004) e nos famosos jogos de vídeo com a sua chancela. Presto aqui a minha sincera e humilde homenagem...

11 setembro 2007

A última... prometo!!!

Não resisti em colocar este vídeo antes de ir embora...

Vejam só Novak Djokovic, finalista do US Open deste ano (será que ganhou? Não faço ideia, mas a jogar contra o Federer, deve ter sido difícil), a imitar alguns dos seus adversários. O raio do qualquer coisa vic dá-lhe bem.

Espectáculo

Ah, mas antes de por os pés de molho queria dizer que o "centro do Mundo" está em grande. Apesar de todas as complicações, e do escândalo que foi encerrar o CAEP (Centro de Artes do Espectáculo de Portalegre) pouco depois de um ano de ter aberto portas, porque era necessário proceder a obras, a programação cultural está de regresso e em força.

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E parece que a rapaziada está a trabalhar bem. Para a rentrée estão previstos os Clã e umas norte-americanas, duas apenas, que sozinhas fazem um cabaret. Deve ser giro. Chamam-se Vermillion Lies. Para completar o programa, Capitão Fantasma e Electronicat. Ah, convém não esquecer, para quem quiser ir, que os espectáculos são nos dias quatro, cinco e seis de Outubro. O livre-trânsito custa 20 euros enquanto os bilhetes diários variam entre os três e os 15 euros.
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Mas nota de destaque é um festival de sons do mundo, em que o primeiro som é o blues. Não sei bem quando é, mas julgo que se realiza no fim-de-semana seguinte ao da reabertura. A grande novidade é a parceria com Paulo Furtado, o artista que tem como alter-ego Legendary Tigerman e mentor dos Wraygunn.

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imagens: caep

Não acham positivo? Eu acho que sim! São estes nomes que também ajudam a dar visibilidade ao interior...

Vou esticar as pernas!!!

Foram quatro dias de intenso trabalho mas, final e felizmente, já acabaram. Agora vem o descanso do guerreiro para em breve voltar à carga.

Mas para já só quero espreguiçar-me, abrir a boca e não fazer absolutamente nada.

10 setembro 2007

Haja uma...

Esta co-produção novelesca, autêntico sucesso de audiências em Portugal e no Reino Unido, está a ser um sucesso. Porém, como em tantos outros produtos televisivos que tanto fazem os telespectadores vibrar com histórias ficcionadas, esta trama, que apenas difere com as suas congéneres porque é real, já cansa.

Mas hoje prendi todas as minhas atenções numa notícia, das muitas que (infelizmente) ocupam os nossos blocos noticiosos. Era uma mulher inglesa, cidadã da vila onde mora o tal casal Mccann. Estava indignada! Não porque a miúda tivesse desaparecido. Ou melhor, a senhora lamentava o facto da pequena estar desaparecido (embora ainda acredite que esteja viva, dizia ela), mas como defendia, os pais já deviam ter sido presos ou, pelo menos, perderem os outros dois filhos. Porquê? Por negligência, pois está claro. E continuava, dizendo que a ela o assistente social do condado de Leicester já lhe tinha dito: "Minha senhora, se isto fosse consigo já lhe tínhamos tirado os filhos."

Mas, queixava-se a senhora, "eles são médicos, são ricos e por isso não lhes acontecesse nada". Isto é sintomático porque muita gente pensa da mesma forma. Todos sabemos que se isto fosse com um cidadão normalíssimo, provavelmente as coisas não tinham sido assim. É normal um casal conseguir tamanho mediatismo por ter perdido uma filha? É só por serem ingleses a passarem férias? Não creio. Acho que esta família não está tão inocente como se possa pensar. Corrijo, para mim eles são, de facto culpados. E mais uma vez subscrevo as palavras da conterrânea dos Mccann. "Queriam ir de férias com os filhos desta forma? Contratassem uma babysitter para cuidar das crianças ou levassem uma ama com eles."

Ah, e já viram a coincidência? O casalito viveu por cá durante quatro meses. Mas mal viu o bico dar a volta ao prego o que é que fez? Pisgou-se, fez as malinhas e refugiou-se em Inglaterra. Foi só para os filhos terem uma vida mais normal? Então e os tais discursos emocionados que não abandonariam a zona onde a filha tinha desaparecido...

Outra coisa que acho faraónico é o facto de marido e mulher, ambos médicos julgo eu, terem dinheiro, mas não tanto, suponho eu, para poder pagar tantos advogados, porta-voz. Isto é incrível. Nem sei que diga. Todo o processo me indigna. Acho tudo isto uma palhaçada...

Ah, só mais uma coisa. Ainda pensei colocar aqui um vídeo da Madeleine. Mas, pensando bem, mais depressa colocava de pessoas que desapareceram, nunca foram encontradas, mas também nunca tiveram a atenção de ninguém, particularmente das autoridades, quando o desaparecimento aconteceu. Assim de repente, lembro-me do caso do Rui Pedro... Casos assim não tiveram um centésimo do alarido da miúda britânica. Mais uma vez, penso que foi o dinheiro a falar mais alto!

05 setembro 2007

Competição para todos

Quem disse que para fazer corridas de automóveis era preciso gastar rios de dinheiro como acontece na Fórmula 1? Quem afirmou que são necessários mais de 300 milhões de euros por ano para lutar por um campeonato como acontece na McLaren ou na Ferrari?

Tudo começou em 1973 quando Chris Granville-Brown, agora com 61 anos, se lembrou, em conversa com uns amigos num típico pub inglês (onde mais poderia ser, pois claro?), de fazer corridas com mini-tractores. Ainda hoje estes eventos têm lugar em Billinghurst, West Sussex, Inglaterra.

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Entrevista hilariante... by Sentido de Estado

Não resisto em replicar o que o meu amigo cemercel colocou em verdadeiro sentido de estado. Já tinha visto um pouco de tão afamada entrevista ao tal auto-intitulado porta-voz do Grupo de Acção e Intervenção Ambiental (GAIA), movimento relaccionado com outro chamado Verde Eufémia (escuso-me a comentar original nome, mas com esta imagem já estão a imaginar que daqui não sai coisa boa), aquele em que alguns activistas, eco-terroristas ou hooligans ambientais fizeram ao coitado do homem que com esforço e dedicação tinha uma cultura de milho transgénico lá para os Algarves.

Não interessa agora se faz bem ou faz mal. A verdade é que o que tal senhor produz é legal e, como tal, ninguém tem o direito de entrar na casa dos outros e desatar a destruir tudo o que lhe aparece pela frente... desta vez foi um hectar de milho... Como dizia o meu amigo cemercel, qualquer dia vão destruir clínicas onde se praticam abortos por um "bem público".

De facto, tal entrevista teve contornos surreais. Vejam. É mais de meia hora de puro entretenimento. De uma pessoa que nem sabe bem o que diz e chega, por vezes, a ser totalmente encostado à parede pelo Mário Crespo. Deliciei-me a assistir a alguns dos argumentos absurdos e ridículos do tal activistas. Mas gostei ainda mais das contradições e incoerências de um fulano (indivíduo, em linguagem policial) que nunca sabia de nada quando o implicavam em determinadas situações mais ou menos duvidosas.

Mas vejamos, o que podemos esperar de uma pessoa com cabeça rapada e rabo de cavalo? os índios vivem na América... Não sou preconceituoso ao nível estético, mas convenhamos que semelhante figura não abonam em nada a posição já difícil de semelhane personagem, que tenta defender e sustentar uma acção totalmente condenável.

Sinceramente, o que acho é que este tal de Gualter Baptista é mais um daqueles parasitas da nossa sociedade que depois dos 30 anos continua a viver "à pala", pois diz ter rendimentos através da uma bolsa, sem qualquer capacidade produtiva. E andamos nós a pagar a estes gajos. E depois ainda vêm para a praça pública falar de bens públicos e liberdades colectivas. E é mestas alturas que o puro entretenimento assume contornos mais graves, porque deixamos de olhar para aquilo como uma simples paródia ou brincadeira para algo mais cruel e desrespeitoso. Tenho dito!

03 setembro 2007

Quero uma borracha

Há momentos em que sentimos uma necessidade, insaciável mesmo, como se de um copo de água precisássemos para matar a sede, de ter uma borracha gigante para poder apagar determinados episódios ou coisas que nos atrapalham, nos incomodam.

Sobrevivemos, com força de vontade e muita persistência, a agruras e obstáculos que nos tentam derrubar, mandar para fora de um caminho que traçamos. Felizmente, também vivemos o oposto, momentos, episódios, situações que nos dão força, que nos motivam, que nos fazem vibrar de felicidade...

Recentemente senti vontade de esbofetear, castigar, punir alguém que durante muitos anos jogou, brincou e aproveitou-se do amor, da compaixão daqueles que a rodeavam essa pessoa. Senti uma enorme crueza no olhar frio e insensível de alguém que percebia ter feito muito mal a todos os que gostavam dessa pessoa e, mesmo assim vive em plena arrogância, pois tudo está bem quando ninguém tenta contrariar ou, simplesmente, alertar para algo perigoso. Perdoem-me a confusão destas frases, mas as ideias misturam-se num turbilhão mais violento que qualquer tempestade tropical ou tornado que afectam, recorrentemente, alguns países da América.

Queria uma borracha que apagasse tudo o que se passou, que a arrogância e a má-vontade deixassem o coração de tal pessoa para que a pureza e a honestidade tivessem espaço para brilhar...

Lá no trabalho continuamos a assistir a inúmeras injustiças. Temos um colega novo desde a passada semana, do meio da semana para ser mais preciso. Parece simpático e tem boa-vontade. Mas a sensibilidade dos chefes, por vezes, é tão grotesca que conseguem estragar tudo em dois ou três aspectos. Por vezes, a brutalidade com que agem faz-me lembrar um elefante numa loja de cristais. Primeiro, é inconcebível como pactuam com injustiças a diversos níveis, como as de hierarquia ou as salariais. Como é que alguém pode mandar noutras pessoas se nem sabe utilizar de forma correcta e práticas as ferramentas de trabalho? E como é que esse alguém, sem qualquer experiência profissional pode ganhar mais do que pessoas competentes, qualificadas e que já deram provas que são importantes na equipa? Penso que é por estas e por outras que, na maioria das vezes, as empresas não produzem mais. Não é falta de qualificação da mão-de-obra, não é falta de empenho. É sim uma enorme insensibilidade das chefias que, do alto dos seus tronos pensam que sabem e podem fazer tudo! Sinceramente, na minha opinião, certos directores podem ser muito competentes, mas quando se trata de relações humanas são verdadeiros trogloditas, ou será que deverei chamar-lhes de tiranos maquiavélicos (afinal, não acredito que não percebam as tensões que eles próprios criam)?

Com tudo isto, como é que querem que nos sintamos motivados? Não fosse o brio profissional...