21 maio 2006

Arctic Monkeys no Garage (parte 2)

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Força, adrenalina, velocidade, coragem, poder e juventude. A energia dos “putos” em palco é vibrante. Ainda não têm 20 anos e já pegam fogo em todos os locais de espectáculo por onde passam. Arctic Monkeys de seu nome, o quarteto de Sheffield mostra-se ao público e a casa vai abaixo. O frio que o seu nome possa querer significar não aparece. Muito pelo contrário. Ao som dos primeiros acordes, o Garage torna-se muito, mas mesmo muito pequeno para os privilegiados que conseguiram bilhete para uma das grandes bandas britânicas em emergência.

Estes quatro rapazes já estão muito à vontade em cima dos palcos. Nota-se um enorme entrosamento entre todos. Mas ainda há muita experiência para adquirir e saber reagir a determinadas situações… mais comprometedoras, como por exemplo, o momento em que um soutien foi parar às mãos de Alex Turner, o vocalista dos macacos. Portou-se à altura? Mais ou menos, faltou-lhe perspicácia. Mas tudo isso é secundário.
O que importa foi a rebeldia que imprimiram à sua música. O punk/rock britânico está vivo e respira saúde. Os Arctic Monkeys tornaram-se o expoente máximo de um movimento que já passou maus momentos mas que parece renascer cheio de força.

Com a multidão a cantar muitas das canções, muitas vezes de forma espontânea, sem qualquer tipo de desafio por parte das estrelas, a música destes rapazes de Sheffield não coube num Paradise Garage e saiu, livremente, com todos aqueles que estiveram presentes. A pé, de transportes públicos ou em carro próprio, a música dos Arctic Monkeys espalhou-se por esse país fora criando um culto que ainda não se sabe onde irá parar.

Sem direito a “encore”, o concerto durou cerca de uma hora e um quarto. Pouco. A malta queria mais. Mas ficou a promessa de, em breve, Portugal voltar a combater os Macacos do Árctico.
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19 maio 2006

Arctic Monkeys no Garage (parte 1)

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Garra. Foi a primeira coisa que senti mal entrei no Paradise Garage. O som que saia das colunas inundava uma plateia já repleta à espera dos Arctic Monkeys. No palco, os portugueses Vicious Five marcavam o ritmo com… muita garra. Que espectáculo! O estilo é completamente distinto, mas entre esta nova banda e outras como Clã ou os extintos (infelizmente) Ornatos Violeta há uma coisa em comum. Ambos trouxeram uma lufada de ar fresco ao panorama musical português.
Mas uma coisa os demarca por completo de qualquer outro grupo nacional. O rock n’ roll alternativo (gosto de lhe chamar assim) juntamente com uma forte essência Rage Against the Machine (é curioso que num dos seus websites a banda não coloca o grupo americano com influência), potenciada pelo timbre de voz particular de Joaquim Albergaria, o vocalista que, com a face rosada e o cabelo a escorrer de suor, não perde energia na curta meia hora que pisaram o pequeno e mítico palco do Paradise Garage.
Nesta altura já passa pouco das 22 horas. Com a malta já quente, fruto da força imprimida pelos Vicious Five, os olhares em redor do palco intensificam-se. Muitos dos presentes não escondem alguma ansiedade. O primeiro "bruahhh" acontece com a entrada de um dos assistentes de palco. Falso alarme. É apenas a última confirmação de que está tudo em ordem para que as novas estrelas britânicas (mas afinal eles não são do Árctico?) entrem em acção.
Como som de fundo, Rolling Stones abençoam as novas gerações de músicos. Mais tarde é o blues e o jazz que apadrinha uma das mais sensacionais bandas emergentes. Símbolo de um punk/rock britânico que alguns grupos, como Kaiser Chiefs, recuperaram, os Arctic Monkeys estão quase a entrar em palco e o Garage está prestes a ir abaixo…
(continua)

Nota: Na foto, estão os Arctic Monkeys e não os Vicious Five. Que fique claro.

11 maio 2006

Que raiva provocam os sem carácter!

Princípios e valores são palavras que me dizem muito. No meu entender, a sociedade que defendo não existe sem as máximas pelas quais regemos a nossa vida. Como é de calcular, refiro-me a conceitos de honra, palavra, honestidade e outros que acredito poderem ser eixos vitais para que todos possamos viver melhor, em sintonia.

Mas, cada vez mais dou razão àqueles que me diziam que só as crianças podem manter a ilusão e pureza para acreditarem num mundo melhor. Sou optimista por natureza. Por isso, continuo a defender que podemos mudar o estado de coisas. Sei que, com persistência, podemos ter uma sociedade mais justa, mais igual. Não me refiro apenas ao binómio pobres e ricos. Falo sim de uma igualdade de princípios em que o respeito é mútuo.

Sempre conheci pessoas que não olham para a vida e para a sociedade dessa forma. Vale mais passar a perna ao parceiro. Afinal, por vezes, “o crime compensa”. Pelo menos é o que essas situações me fazem pensar. Não quer dizer que mude, que passe a praticá-lo. Neste caso em particular não tomo o partido do “se não os podes vencer então junta-te a eles”. Nada disso, continuo a pensar que, se me manter fiel aos meus princípios, posso “vencê-los”.

Digo isto por uma questão em particular. Recentemente, voltei a presenciar, ou melhor, a ser um dos agentes (passivo neste caso) da falta de carácter de alguns.
Quando me dizem algo, tenho por hábito (por princípio, cá está) acreditar que o que me dizem é fiável, que é verdade. Penso assim quando olho para pessoas que me transmitem garantia, confiança. Mas, há muito bons actores. E, mais tarde, acabamos por ser confrontados com a realidade. Muitas vezes, essa não é nada positiva.

Quando trabalhas e te prometem o aumento do ordenado para uma data ficas na expectativa. Mas, quando te apercebes, esse limite já passou e o dinheiro a mais não chegou. Confrontamos quem fez essas promessas e a resposta é: “afinal vai ser no mês X”. Mas quando já estás em X e o ano está a acabar, o acréscimo do ordenado não se confirma. Voltas a questionar, mas pelos vistos, a política da empresa é fazer os aumentos a todos os seus empregados no início do ano. Pensas: “Bem, se é assim então vamos esperar e depois pagam os retroactivos”. Mas não. Festejamos a passagem de mais um ano mas a folha de vencimentos continua na mesma. Voltas à “carga”, mas a resposta é clara: “Os aumentos só são feitos em Março, com os devidos retroactivos. E fica descansado que apesar de não podermos dar-te mais do que Y, vamos, com certeza, dar mais que Z”. Começas a pensar, a acreditar que agora é que as coisas vão ficar melhor. Errado. És estúpido? Não vez que estão a enrolar-te? Pois é, Março chegou e o aumento chegou, mas, ao contrário do que pensavas, os valores ficam muito aquém do que te tinham dito.
Não penso duas vezes! Vou directamente ao gabinete do “chefe”. Mas este, confrontado com a situação, diz que tem de “ver as folhas”. Uma manobra de evasão? Não, devo ser eu que já tenho a mania da perseguição.

Mas afinal não estou errado e, quase dois meses depois (às vezes consultar as folhas demora muito tempo) dizem-te que afinal o aumento falado é só para o final deste ano. Eu tinha “ouvido” mal. E é melhor não me queixar porque, afinal, a quantidade que recebi a mais é superior ao que representa a inflação. Que sortudo que eu sou! Tenho um patrão tão generoso que até me oferece dinheiro ao desbarato.

É pena que tenhamos de conviver diariamente com pessoas assim. Gente que, de uma forma ou de outra, tentam ser mais espertos que os outros, que tentam tramar aqueles com quem se trabalha. O que mais me incomoda é que, muitos deles conseguem subir… à custa de outros. É triste olhar para a nossa realidade e ver que há gente assim! Mas uma coisa é certa: da minha parte vou continuar a ser eu mesmo e vou lutar, como puder, contra este tipo de atitudes. Se puder contribuir para que haja mais carácter entre aqueles que nos rodeiam, então vou fazer tudo para que isso aconteça.

09 maio 2006

Algumas fotos da Queima 2006

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Queima encantada

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Que vergonha! Parece mentira, mas nunca tinha ido à Queima das Fitas de Coimbra. Uma das maiores festas de jovens na Europa, um evento com uma carga simbólica tão grande e eu nunca tinha estado presente. Mas este ano fui… e adorei!
Não foi possível ver o cortejo ou a garraiada, mas um sábado no queimódromo já nos enche a alma. Com a Cabra lá no alto, como se nos abençoasse a festa e apadrinhasse os finalistas, o Mondego desce ao som da música. As tendas temáticas debitam muitos decibéis de música muito variada. Do mais pimba e popular ao mais comercial, passando pelos últimos grandes hits alternativos, de tudo sai das colunas protegidas pelas lonas brancas seguras pelas estruturas de ferro. No palco a noite é de Rui Veloso e The Gift. Os dois grupos fazem as honras da casa, mas nem todos os milhares presentes despertam as suas atenções para as atracções principais. As tendas estão repletas de coisas apetitosas… desde a vodka, ao Licor Beirão (eu prefiro o Capirão), entre outras, a escolha é difícil com tanta oferta.
Entre amigos, as horas passam e, quando damos por nós, já a noite começa a clarear. A humidade causada pelo rio que está ali mesmo ao lado faz-nos sentir frio, principalmente na garganta que com a cerveja gelada já arranha um pouco. Mas não é nada que um pão com chouriço bem quentinho não ajude a diminuir…
Mais cinco ou dez minutos e está na hora de ir embora. O caminho até à pensão passa num instante e, já na cama, e com a luz a entrar pelas frestas da persiana o sono e o cansaço invadem-nos após uma noite muito bem passada… mágica mesmo!
Adorei a minha primeira ida à Queima de Coimbra, aquela cidade encantada! E tudo graças a ti meu amor! Amo-te!

Férias “queimadas”

No ano passado não consegui estar presente em nenhuma das Queimas das Fitas ou Semanas Académicas. Ou melhor, não por ter marcado férias, também em Maio, mas que não no período das festividades, não pude ir nem a Coimbra, nem a Portalegre. Este ano, não cometi o mesmo erro. Marquei uma pausa no trabalho para esta altura e fui a ambas. Na primeira foi um reavivar de memórias, intensas por certo. Foi muito bom sentir o espírito da Praça da República cheia de gente à espera do Rali às Tascas ou o pavilhão da NERPOR em plena noite de tunas…
Foi bom! Pude desejar uma excelente queima a bons amigos e entregar fitas, como muitos (felizmente) me entregaram a mim.
A Queima de Coimbra de 2006 foi a minha estreia. Mas para isso falarei noutro texto.