26 dezembro 2007

há fenómenos que nos assustam

Neste Natal vi um filme que há muito desejava ter visto. Crash, ou Colisão, venceu o Oscar de melhor filme e é norte-americano, para infelicidade de alguns.

A trama retrata as tensões e os conflitos sociais causados pela heterogeneidade de algumas sociedades, em particular a de Los Angeles, onde se cruzam culturas tão diferentes.

É impressionante como o ser humano consegue ser tão pouco tolerante. Felizmente era apenas ficção, mas, quando pensamos um pouco mais sobre isso, percebemos que se calhar não está assim tão longe da realidade.

E não é apenas nos Estados Unidos que isso acontece. Na Europa que tanto adoro, fenómenos perigosos de racismo e xenofobia são cada vez mais constantes e, mais grave ainda, não são episódios sem consequências. Existem movimentos que exaltam o nacionalismo, os neo-nazis estão organisados e ganham força. Vejamos as inúmeras reportagens que dão na televisão ou aparecem na imprensa escrita. Até a chegada de novos ditadores ao governo dos países poderá não estar assim tão longe. Vejamos. Já pensaram que Adolf Hitler foi eleito? E não há registos de que as eleições tenham sido forjadas. Quero acreditar que, actualmente, a democracia tem mecanismos de defesa para evitar tiranos e ditadores.

Mesmo assim, há sinais de alarme. Em França, os radicais de direita ganharanm expressão nos últimos anos. Na Áustria chegaram mesmo ao poder, assumiram os comandos. E eu que pensava que os austríacos (um povo do frio e racionalista) não teriam pontos fracos deste género. Será que endoideceram? Não quero acreditar que isso tenha acontecido e que conseguem remediar o mal antes que seja tarde.

Mas, isso assusta-me. Mesmo!

1 comentário:

Anónimo disse...

A verdade é que vivemos num mundo louco, nunca sabemos o que vai acontecer a seguir... Também quero acreditar que a democracia vai conseguir manter afastados do poder ditadores e tiranos, mas às vezes tenho sérias dúvidas. É que,infelizmente, o ser humano tem a memória curta...