29 maio 2012

afinal precisamos de mais umas empresas. os boys são muitos...

o nosso PM entrou com tudo quando ganhou as eleições. disse logo que iria acabar com algumas empresas públicas que só davam prejuízo. mas, se calhar, isso dava muito trabalho, porque em algumas estão... amigos. então o que fazer? este Governo decidiu... criar mais empresas!!! brilhante!!!
estas empresas vão vender água. já não nos chegava as inúmeras companhias a operarem nessa área que todos nós temos dúvidas da sua real utilidade para além de albergarem os boys dos partidos (quais sem-abrigo)...
e como se não bastasse, Passos arranja mais uns lugares para os Catroga desta vida e ainda faz com que todos no país paguem 2,5 a 3€ por metro cúbico de água. se pensarmos que há regiões em que a água custa apenas um euro, está claro que vai haver muita gente a ganhar dinheiro à conta de, mais uma vez, todos nós.
não chega já de nos mandarem areia para os olhos???

vendedor de luxo

Cavaco é PR mas a avaliar pelo seu comportamento nas visitas de Estado, o homem não sabe o que é isso. neste passeio pelo Oriente, o sr. de Boliqueime foi um mero delegado comercial. se assim é, proponho que deixe de receber qualquer ordenado, disponha de carro e telemóvel próprios e apenas receba comissões das vendas. se fizer um bom trabalho ganhará, certamente, mais, pois este Governo está doidinho para se desfazer de muito património e empresas, como o caso da TAP...

16 maio 2012

desabafos

bastou os números começarem a resvalar para o nosso Pm deixar de andar de peito feito a dizer que cumprimos "custe o que custar" e remeter-se ao silêncio. hoje nem piou quando o confrontaram com os números do desemprego. já são quase 15% com uma excelente oportunidade para mudar de vida.

um especialista em emprego/trabalho, Luís Bento, disse hoje que não há trabalhadores a mais na Função Pública. há, sim, gente a mais a trabalhar para os órgãos de soberania e não a trabalhar para os cidadãos. boa parte são resquícios dos que entraram com novos elencos governamentais e foram ficando quando estes deixaram o poder. porque, infelizmente, quem manda preocupa-se em ter mais um motorista novo do que reforçar serviços sem capacidade de resposta para as populações.

o embuste que está na Segurança Social, diz que o desemprego é o maior problema nacional. a avaliar pelas prioridades do Governo, isso não é verdade. ainda assim, diz que os mecanismos de protecção social existem precisamente para isso, para proteger quem teve a infelicidade de ficar sem emprego. esqueceu-se foi de dizer que, desde que trocou a Vespa pelo Audi A8, que tem reduzido os orçamentos desses mesmos mecanismos.

e podia continuar a mandar postas de pescada. mas já estou fartinho...

10 maio 2012

atravessar Portugal... de bicicleta

estes grandes malucos saíram de Bragança e têm descido rumo... a Sagres. são nove dias (1200 quilómetros e 30 mil metros de acumulado) sempre a pedalar por paisagens ímpares, maioritariamente no interior do país. ontem, os participantes chegaram a Castelo de Vide, tendo partido em Monfortinho. foi uma etapa dura, com quase 150 quilómetros de extensão e mais de três mil metros de acumulado. no vídeo vê-se bem as dificuldades que já tinham na chegada à vila alentejana.



hoje, a caravana segue rumo a Reguengos de Monsaraz, e começou por passar nas Carreiras, em Alegrete e em Monforte. na frente está Vítor Gamito, o antigo ciclista que chegou a vencer uma Volta a Portugal. destaque, ainda, para o João Pedro Conde, de Portalegre e membro do Penhas BTT Team, que após a quinta etapa era 28º entre 62 inscritos, embora destes, apenas 44 se mantenham em competição.

quem estiver interessado, pode obter mais informações aqui e ver os vídeos das etapas aqui.

nota: raios partam a queda de ontem. continuo aflito do ombro e não consegui ir à chegada de ontem nem pude ver o início da prova de hoje. mas o que interessa é recuperar e largar estas dores que nem me deixavam dormir.

07 maio 2012

um programa sobre comida que é um documentário social e um retrato de uma cidade e de um país

Anthony Bourdain tem aquele estilo meio rock & roll, meio desleixado e anda pelo mundo fora a fazer televisão. mas é uma televisão muito própria. porque o chef norte-americano adora comer e beber. e o que ele faz nos seus programas, na conceituada e premiada série "No reservations" (Sem Reservas - passa na SIC Radical) é isso: come e bebe.


mas cada episódio é muito mais do que um simples programa sobre comida. é muito mais do que isso. como Daniel Oliveira já escreveu no Expresso, "Anthony Bourdain tem um programa sobre comida. Ou seja, Anthony Bourdain tem um programa sobre a vida".


na televisão nacional, como infelizmente a política é comprar programas dos anos anteriores (calculo que sejam mais baratos), ainda só podemos ver o temporada 7. mas na oitava, Bourdain vem a Portugal pela terceira vez. desta feita, pára em Lisboa.


que programa... Bourdain mostra o que de bom se faz no fogão mas não se fica por aí. entre uma pata de caranguejo, uma guitarrada dos Dead Combo, o pensamento de António Lobo Antunes ou uma piada de José Diogo Quintela, o chef norte-americano mostra o que é Portugal no início do século, os dilemas económicos, as regras (algumas delas absurdas) que chegam de Bruxelas e com as quais todos temos de viver, as conservas, as bifanas ou um mercado tradicional.


não sei quando vamos poder ver este documento, que envergonha muitos trabalhos de informação sobre Portugal, na televisão. mas por via das dúvidas, e mesmo sem legendas, vale a pena ver...





a espera valeu bem a pena...

foram muitos os meses de antecipação. desde outubro/novembro do ano passado que andava a preparar a participação na Maratona de Portalegre BTT, na versão meia-maratona, ou seja, com 60 quilómetros. a espera valeu bem a pena. a minha primeira participação naquela que é considerada a grande festa do BTT nacional foi inesquecível.

partida
a meta era simples: chegar ao fim. mas depois de ter feito duas meias-maratonas bem duras nas semanas anteriores, acrescentei um objectivo: completar a distância entre as quatro horas e as 4h30. não deu. precisei de 5h20. mas é mesmo assim. quando andamos em grupo, o colectivo fala sempre mais alto. e se combinei fazer a maratona com mais dois amigos, assim aconteceu. é muito bom, porque nos incentivamos uns aos outros e quando um se vai abaixo, os outros esperam e ajudam. aconteceu com os três em momentos diferentes. ainda assim, foi pena alguns problemas mecânicos. não tivessem surgido e teríamos chegado mais cedo e menos desgastados, porque as quebras de ritmo dão cabo de nós. mas as coisas são mesmo assim, faz parte e não foi por isso que deixámos de desfrutar desta experiência.

os primeiros 15 quilómetros foram em asfalto. para quem faz BTT, parece não fazer sentido, mas para além da passagem na cidade propriamente dita, serve de excelente aquecimento e permite estender o pelotão com uma subida bem selectiva. se assim não fosse, chegaríamos aos trilhos e haveria um enorme engarrafamento. é preciso saber gerir uma prova com cerca de 2000 participantes e, neste caso, a organização fá-lo na perfeição.

no início da grande subida
a primeira parte em terra foi excelente. quase sempre a descer, a diversão atingiu o limite. acho que nunca tinha tido tanto gozo em cima de um bicicleta. depois do primeiro reabastecimento começaram as primeiras dificuldades a sério e, pelo meio, ainda houve tempo para me perder estupidamente e para termos de trocar a câmara de ar furada na bicicleta do meu irmão.

o grande desafio desta maratona, na versão mais curta, era uma subida com cerca de 12 quilómetros. foi dura quanto baste, mas não fosse o cansaço nas pernas e nem me teria apercebido da extensão do desafio, pois entre conversas com os companheiros da aventura e as paisagens deslumbrantes do Parque Natural da Serra de São Mamede, parece que a subida até foi mais pequena do que na realidade.

a partir daí, e apesar de mais duas dificuldades (uma delas bem tramada, com piso cheio de pedras soltas e escorregadias por causa da humidade), voltei a aumentar a velocidade e a divertir-me ao máximo em todas as descidas até regressar a Portalegre.

no final... cansados mas felizes!
no final, inteiro e com a satisfação de ter chegado ao fim, tinha uma deliciosa sopa de cação à espera que soube maravilhosamente bem. para o ano há mais. e até lá vou continuar a pedalar.

o registo do GPS pode ser visto aqui: