19 maio 2006

Arctic Monkeys no Garage (parte 1)

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Garra. Foi a primeira coisa que senti mal entrei no Paradise Garage. O som que saia das colunas inundava uma plateia já repleta à espera dos Arctic Monkeys. No palco, os portugueses Vicious Five marcavam o ritmo com… muita garra. Que espectáculo! O estilo é completamente distinto, mas entre esta nova banda e outras como Clã ou os extintos (infelizmente) Ornatos Violeta há uma coisa em comum. Ambos trouxeram uma lufada de ar fresco ao panorama musical português.
Mas uma coisa os demarca por completo de qualquer outro grupo nacional. O rock n’ roll alternativo (gosto de lhe chamar assim) juntamente com uma forte essência Rage Against the Machine (é curioso que num dos seus websites a banda não coloca o grupo americano com influência), potenciada pelo timbre de voz particular de Joaquim Albergaria, o vocalista que, com a face rosada e o cabelo a escorrer de suor, não perde energia na curta meia hora que pisaram o pequeno e mítico palco do Paradise Garage.
Nesta altura já passa pouco das 22 horas. Com a malta já quente, fruto da força imprimida pelos Vicious Five, os olhares em redor do palco intensificam-se. Muitos dos presentes não escondem alguma ansiedade. O primeiro "bruahhh" acontece com a entrada de um dos assistentes de palco. Falso alarme. É apenas a última confirmação de que está tudo em ordem para que as novas estrelas britânicas (mas afinal eles não são do Árctico?) entrem em acção.
Como som de fundo, Rolling Stones abençoam as novas gerações de músicos. Mais tarde é o blues e o jazz que apadrinha uma das mais sensacionais bandas emergentes. Símbolo de um punk/rock britânico que alguns grupos, como Kaiser Chiefs, recuperaram, os Arctic Monkeys estão quase a entrar em palco e o Garage está prestes a ir abaixo…
(continua)

Nota: Na foto, estão os Arctic Monkeys e não os Vicious Five. Que fique claro.

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