19 outubro 2006

Aperto no coração

O vazio preenche o corpo. Como que por magia, damos por nós despejados, sem força ou qualquer tipo de conteúdo. O coração parece ter deixado de bater.

Efectuam-se diversas tentativas de reanimação. Mas não há nada a fazer. A chama está lá, mas recusa-se a aquecê-lo. Sente-se fraca, sozinha, abandonada. Suplica por ajuda, por apoio, mas ninguém a ouve. Por fora, pouco se percebe, mas por dentro estou destroçado. Hoje sinto-me assim, sozinho, triste!

É horrível, angustiante. Provoca confusão mas o esófago parece constrangido, apertado com uma tenaz, bem forte. Mas não a vejo. Onde está essa ferramenta que provoca tal aflição? Não se vê, é invisível! Mas é dolorosa, impiedosa!

Alto! Pára por aqui! Sei que não é assim, ao dizer estas palavras que conseguirei colorir, de novo, o que me enche de vida por dentro. Não é este o método. Mas sou optimista por natureza, sempre fui e não quero deixar de ser. Acredito, por isso, que tudo se vai recompor e os campos ficarão novamente verdejantes, com a veloz e estonteante felicidade a atingir todos os extremos e preenchendo-me, novamente, de alegria.

Mas há um problema. De repente, tenho medo que isso não aconteça. Então, aí, o muro começa a desmoronar-se... e fico soterrado. Não quero que isso aconteça. Isso não.

1 comentário:

celina disse...

Sinto-me muitas vezes assim... vezes a mais...
Não sabia é que tu, por natureza optimista, tb passavas por isso!!

Espero q teja td bem.. qqr coisa, tou ao dispor!

bjs grandes e até domingo:)