20 maio 2007

O perfume da época

O Inverno ficou para trás e o Alentejo encheu-se de flores. Grandes campos verdes, salpicados de amarelo, branco, roxo ou vermelho das flores que, por esta altura, dão cor ao antigo "celeiro de Portugal".

O frio que fez finca pé e teimava em não ir embora impedia que as cores naturais alentejanas desabrochassem e nos transmitissem, ao mesmo tempo, calma e alegria! Este fim-de-semana já a erva começava a ficar amarelada, seca. Mas nas bermas das estradas, umas mais rectas do que outras, as papoilas davam um colorido imenso, banhado pelo sol radiante imune aos farrapos de nuvens que, por vezes, teimavam em tentar ofuscar a "nossa estrela".

O Alentejo é tão bonito. Tal como as restantes regiões do nosso país, cada uma com as suas características bem particulares, ostenta muita beleza. Agora, já nos aposentos nos subúrbios da capital, escrevo com melancolia, saudades da pureza distante que só se sente bem para lá do Tejo, quando o castelo de Palmela já só é visível pelos retrovisores, a caminho do Oriente.

Sem comentários: