18 maio 2007

O cheiro das ervas secas

Parece que o tempo quente finalmente se deixou de indecisões e marcou umas férias por cá. A meteorologia diz que a partir de amanhã a temperatura vai baixar, mas não sei se a descida será muito acentuada... Parece que ainda são alguns graus, mas o frio que teimou em durar já não deverá regressar.

Ontem, a caminho do Alentejo, parei num café, daqueles de estrada, com inúmeros camiões estacionados. Calculo que muitos motoristas já dormiam no aconchego das suas casas móveis. Meia dúzia de carros parados à frente do estabelecimento deixava entender que havia bastante gente, ao contrário do que tinha acontecido quando ali passei pela última vez em que a conversa de um cliente com a empregada de balcão era a única coisa que perturbava a acalmia do vazio.

O Alentejo está muito bonito. Nesta época do ano os campos enchem-se de verde, amarelo e branco das flores, ou um arroxeado do rosmaninho, que se prepara para incendiar uns milhares de fogueiras quando for época de comer sardinha assada e festejar os santos.

Mas o verde dos campos está a desaparecer e o Alentejo prepara-se para receber o Verão como só ele sabe. Para tal, as ervas estão a amarelecer e o cheiro que espalham pelo ar torna-se intenso, de tão seco que é. Gosto de o sentir, principalmente nesta altura, em que deixamos o tempo frio. A temperatura do ar também ajudou a melhor saborear aquele momento. Pela primeira vez este ano a noite estava quente, não sentimos frio quando saímos do carro. Estava agradável, de facto...

Sem comentários: