09 janeiro 2008

há espinhas que ficam para sempre na garganta

Esta era outra daquelas bandas que gostava, pelo menos uma vez na vida, de ter visto ao vivo, em concerto. Os Nirvana, reis do grunge, acabaram, Kurt Cobain tornou-se um símbolo para muitos jovens. Eu, bem, eu dificilmente poderia ter assistido ao único espectáculo que a mítica banda deu no Dramático de Cascais, palco também ele com grande significado para aqueles que têm, em média mais dez ou 20 anos que eu. É bom ouvi-los falar com tanta intensidade de um local que, pelo que sei, nem tinha grandes condições, mas era o que havia na altura.



Cobain morreu pouco tempo de pois. Novoselic, o baixista, nunca mais ouvi falar dele, enquanto Dave Grohl deixa saudades com o cabelo longo, mas soube viver após os Nirvana e a morte de Kurt Cobain para fundar e liderar os explosivos, mas mais maduros, Foo Fighters.

Voltando aos Nirvana. Ficaram atravessados, não consigo engolir. Era daqueles concertos... Mas compreende-se que não tivesse autorização para colocar a mochila às costas e deixar o interior a caminho de Lisboa, sozinho, com 12 anos. Ciente das dificuldades, não lancei, sequer, o assunto à mesa de um qualquer jantar de Inverno, no final de 1993.

Numa Semana Académica de Lisboa, que consegui ir depois de muita argumentação (bem, talvez nem tenha sido assim tanta) preparava-me para ver Violent Femmes (que trio estonteante) quando o Sr. Arquitecto me dizia que essa era uma das grandes mágoas que tinha com ele próprio. Afinal, até a autorização teve para estar no Dramático. Se bem me recordo, o bilhete também estava comprado. Mas um qualquer problema escolar, digamos, um não cumprimento no que respeita aos TPC (que sigla saudosa) acabou por ditar o fim de um sonho que nunca se realizou. Nesse dia, o arquitecto estava triste, muito triste. No fim, quem viu os Nirvana naquele dia do mês de Fevereiro não fazia ideia de que estava prestes a assistir a um dos concertos mais especiais algumas ocorridos em Portugal...

1 comentário:

Anónimo disse...

como eu te entendo!nirvana e ratm são AQUELAS bandas que marcaram a minha adolescência e que também gostava de ter visto ao vivo...é verdade que em relação aos ratm nem tudo está perdido, mas para ver nirvana só mesmo pedindo ajuda ao H.G. Wells:)