16 abril 2009

hora de ponta = enlatados sem conserva

são 7h45. acabo de chegar à plataforma na estação de Queluz-Belas, em plena Linha de Sintra. espero oito minutos e, às 7h53, entro, juntamente com umas boas dezenas, ou até centenas, de pessoas nas carruagens do comboio já cheias. ocupamos os poucos espaços, pequenas clareiras ainda disponíveis.

ainda faltam algumas paragens até Lisboa. o cenário ameaça agravar-se. e assim acontece. Amadora e Reboleira. já não há quase ar para respirar. não há lugar para mais ninguém. o calor do meu corpo, devidamente encasacado devido ao frio matinal, é cada vez maior. passamos Benfica. entram quase tantos quantos os que saem. ainda não há alívio, suspiros para ninguém. a respiração mantém-se suspensa. Sete Rios. finalmente espiramos com vontade e convicção. há espaço para tal. já podemos estar à vontade. até alguns lugares sentados ficam vagos.Entrecampos: nova debandada e um comboio que ficava praticamente vazio. Praticamente porque ainda faltava Roma - Areeiro e, aí, as moscas poderiam impor o seu zumbido, não fosse a ruidosa forma dos vagões se moverem.

menos de 30 minutos para tantas alterações. parecia, mesmo, que dentro daquelas carruagens havia uma metamorfose constante... tudo em hora de ponta!

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