11 abril 2009

conversas do antigamente

a noite de ontem terminou como muitas terminavam há alguns anos... depois do café e das conversas no bar, neste caso, um telefonema. "e que tal falarmos mais um bocado?"... "na boa, encontra-mo-nos perto da rotunda."

ao frio (sim, apesar da Primavera, a noite estava gelada, seis graus positivos não é comum) estivemos mais de uma hora. novidades, colocar a conversa em dia. sentíamos essa necessidade, não fosse estarmos longe. aliás, normalmente vivemos em zonas onde se falam diferentes línguas. e é curioso perceber que as noções, os conceitos e as distâncias se alteram. em amena cavaqueira, mais uma vez percebi o quão periféricos nós, portugueses que vivem em Portugal, somos. basta dar um pulo aqui para o lado, viver numa grande cidade e tudo muda sem que, ao contrário do que se pensa, o custo de vida seja mais elevado. puro engano. estamos mais perto da Europa, de outras culturas, de outras cidades. mais perto e com preços mais baixos. é fácil ir a Itália, à Suécia, ou ao centro do continente. tão simples como estar em Beja ou Portalegre e ir até Lisboa. como é natural, viver num país quatro vezes maior que Portugal, estar a 500 quilómetros de distância é mais perto do que para nós irmos do Porto a Bragança por exemplo. todos esses factores contribuem para que lá fora tudo esteja mais próximo, o encontro de culturas seja norma e a consciência europeia cresça...

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