18 novembro 2008

baralhei-me todo

É impressão minha ou há algo que não bate certo nesta história toda dos processos de avaliação, seja de professores ou de alunos.

Na semana passada, o meu irmão, na flor dos seus 14 anos dizia-me:
- “Ah, lá na escola ninguém fez greve.”
- “Greve? Mas porquê?”, perguntei eu completamente a leste do que se passava.
- “A ministra quer que, se faltarmos, mesmo por doença, façamos um exame. Ou seja, deixa de haver faltas justificadas”, queixava-se o puto.

Estranhei a situação, mas pelo que via nas notícias (sim, via, durante este fim-de-semana não me apeteceu ler nada. Nem o livro que agora está regularmente na minha banca de cabeceira e me faz viver aquele princípio de: “só mais uma página.”) a situação era mesmo assim. Então os estudantes lá saíram à rua e chegaram a mandar ovos à titular da pasta da Educação no Governo (já não há respeito dirão alguns).

Mas o que me deixa completamente baralhado é ter ouvido ontem a dita ministra dizer que não faz nenhum sentido que os miúdos tenham de passar por exames do género porque estiveram três semanas de cama por causa de uma gripe chata que teimava em não desaparecer.

Como ficamos, a mulher está louca ou ninguém soube passar a mensagem? Porque o que se diz é: a partir de determinado número de faltas consecutivas, os alunos têm de fazer um exame de diagnóstico. Exame esse que não serve para mais nada a não ser dizer ao professor em que nível está aquele estudante.

Enfim, eles que se entendam. Mas que a história está muito mal contada… lá isso está!

Ah, e parece que afinal o processo de avaliação também já não vai ser assim. Porque, diz a ministra, é preciso acabar com alguma burocracia. Alô? A senhora está doente? Há quanto tempo ouvimos dizer isso da boca dos professores e a senhora mantinha-se na sua? Sabe, lá na minha terra os burros têm palas nos olhos e puxam carroças…

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