16 outubro 2009

gripe A e uma viagem em 2005

é curioso como determinados temas actuais nos fazem recordar situações com algum tempo. a propósito da gripe A lembrei-me de uma viagem que fiz, durante uma semana, à Turquia, em 2005. e porquê? o que é que a pandemia da moda tem a ver com esta minha primeira visita ao continente asiático?



em visita a um amigo que estava lá a fazer Erasmus, estive na Turquia para fazer uma viagem ao melhor estilo "turista de pé descalço". visitar de dia e mudar de região durante a noite foi o modo de vida de dois amigos durante grande parte desta pequena aventura que terminou em Istambul.

A maior parte das viagens foram feitas de autocarro. são veículos porreiros, relativamente novos e confortáveis. o serviço assemelhava-se, em certa parte, ao dos aviões. para além do motorista, não havia viatura nenhuma que não tivesse um, chamemos-lhe, assistente de bordo. para além de servir o pequeno-almoço numa das viagens em que já chegámos ao destino perto das nove horas da manhã, este senhor passava com regularidade pelos passageiros. o que fazia? inúmeras coisas. verificava que os telemóveis estavam desligados, tal como nos aviões, e distribuía água de colónia para refrescar-mos as mãos. e é aqui que entra a gripe A. na empresa onde trabalho já há desinfectante para as mãos. o cheiro é bastante activo e semelhante ao da colónia "servida" nos autocarros turcos... como? não sei, mas deve ser do álcool presente! na primeira vez que experimentei o produto agora dispensado tive um "flashback". a minha máquina do tempo entrou em acção e, em segundos, dei por mim numa qualquer viagem, talvez na que me levou até Istambul. sim, eu aceitava a colónia porque cansado e com calor, por vezes as mãos inchavam e, nem que fosse por breves minutos, a colónia tinha uma acção refrescante e aliviadora do ardor que por vezes sentíamos.

com o mesmo cheiro, ou pelo menos parecido, são produtos tão diferentes e aplicados ou por motivos distintos. mas, de repente, 2005 e 2009, a gripe A e a minha viagem à Turquia nunca estiveram tão perto...

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