13 maio 2008

Richard Clayderman não, por favor!

Os pés já se arrastavam em sinal de desespero por um período de descanso. Desde bem cedo que sustentavam um peso bruto de um lado para o outro, juntamente com o desgaste dos dias anteriores.

Mas a chegada ao hotel estava prestes a acontecer. As cinco estrelas do resort à entrada de Vilamoura pouco me diziam. "Afinal, para quê tanto luxo se daqui a umas me levanto e saio, aproveitando apenas o bom pequeno-almoço servido?", pensava eu. O campo de golfe, a piscina, tudo isso ali tãp perto mas, ao mesmo tempo, inatingível.


As portas abrem-se para uma recepção com chão branco e alguns motivos, como o balcão, em madeira, criam um ambiente luxuoso, mas simples ao mesmo tempo. Só que algo tinha de estragar aquela atmosfera acolhedora. O pianista, que tocava junto ao bar no primeiro andar, pressionava as teclas do piano de cauda de forma rápida e coerente para... oh não, tocar Richard Clayderman!!! Rapidamente apareceu um nó na minha garganta que me custou a desfazer. Com música tão bom, com tanta qualidade. tinham mesmo de tocar Clayderman? Ainda quando é utilizado para "sketches" lamechas dos Gato Fedorento ainda vá, agora assim não, por favor!!!!

O que vale é que só ouvi a música de passagem e, mal se fechou a porta que dava para o pátio da piscina todo a minha audição passou por um processo de purificação que, felizmente, resultou...

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