18 março 2008

regresso aos bancos do autocarro

Sou um fã confesso de transportes públicos sempre que estes conseguem ser mais baratos e práticos que o carro particular. Gostava de ter uma alternativa, fosse de autocarro ou de comboio, que me levasse de casa para o trabalho e do trabalho para casa sem ter de utilizar o meu carro. Mas isso não é possível, afinal não tenho a sorte de ter um emprego no centro de Lisboa. Dá mais jeito ter a sede nos arrabaldes, digo eu...

De qualquer modo, há alguns meses voltei a experimentar as "maravilhas" dos autocarros de passageiros. Com um novo horário, agora já tenho um bus que me leve até à terrinha. Vantagens? Poupo dinheiro e descanso. Afinal, o cúmulo do desperdício é fazer o mesmo caminho quase todas as semanas durante três horas. Não há paciência. Ainda quando vamos em passeio, sempre é diferente, até porque gosto de conduzir. Mas fazer sempre o mesmo percurso? A única coisa por que passamos é pela ansiedade de chegar ao destino. De bus não. Primeiro já sabemos que só chega a determinada hora, por isso não há a tentação de pisar mais o pedal para encurtar a viagem em dois ou três minutos e aumentar o consumo de combustível em mais um ou dois litros por cada 100 km percorridos.

Por outro lado, é possível aproveitar as horas de viagem... seja a dormir, a ler, a jogar, a ver um filme, enfim. Tanta coisa útil mas impossível quando tempos as duas mãos presas a um volante e os olhos vidrados num manto negro com riscas brancas...

Chato é não termos a liberdade de seguirmos caminho quando bem nos apetece. Mas quem disse que o Mundo é perfeito?

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