11 junho 2007

Despiste a 270 km/h... e uma entorse no tornozelo

A Fórmula 1 está cada vez mais segura. Esta é uma das conclusões que se pode tirar do aparatoso despiste de Robert Kubica, o piloto polaco da BMW que se estreou na Fórmula 1 a meio da época passada.



Um ligeiro toque no carro de um adversário, no caso o Toyota de Jarno Trulli, e o monolugar alemão quase levantou vôo, embatendo praticamente de frente no sólido muro de betão que acompanha, de perto, quase todos os metros do circuito Gilles Villeneuve, o traçado canadiano que tem o nome de uma dos grandes nomes da história da Fórmula 1 e que todos os anos recebe o "circo".

Arrepiante é um um eufemismo para adjectivar o acidente de Kubica. Quem vê pela primeira vez não consegue acreditar que de tanto aparato e de um carro destruído por completo, o piloto polaco tenha saído apenas com uma entorse. Mas vejamos. Após o despiste, o carro praticamente tudo o que estava agarrado a chassis. Pneus, suspensões, a asa dianteira. Tudo isso foi pelos ares (literalmente). Mas o cone, que tecnicamente é chamado de monocoque, ou seja, a zona onde fica o piloto quando está dentro do carro, ficou praticamente intacta. É o que se chama de evolução tecnológica. Penso que mesmo para aqueles que não são entusiastas deste desporto é impressionante ver como um carro que, aparentemente, tem um aspecto tão frágil mas que consegue manter o piloto seguro mesmo após um despiste a 270km/h. Aliás, o director de equipa da BMW dizia que se este acidente tivesse acontecido há dez anos, possivelmente o piloto não teria sobrevivido. Felizmente sobreviveu e se tudo correr bem poderá voltar às pistas ainda esta semana. Afinal, tudo não passou de uma torcidela, algo comum a todos, nem que seja numa partida de futebol lá no bairro.

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