senti-me chocado e revoltado quando, no ano passado, assisti a uma situação triste. o belo jardim, com um extenso relvado e protegido por sombras generosas, já não é o local privilegiado para os namorados demonstrarem o amor que têm um pelo outro. ao invés, andavam miúdos, estúpidos por certo, perdidos de bêbados porque é fixe andar com os copos. pura e simplesmente!
miúdos e jovens adolescentes que, aproveitavam a tarde livre para beber vinho e cerveja só porque sim. e isso comprovava-se pelos esgares de sacrifício que faziam quando davam mais um golo, tomavam mais um trago de uma qualquer zurrapa barata adquirida na superfície comercial mais próxima.
o romance e a paixão tinham dado lugar à decadência potenciada pelo álcool.
mas hoje voltei a saber que, afinal, essa instituição, que é o namoro no jardim, ainda está viva e recomenda-se. andava eu na minha sessão de exercício físico frequente, que tanto passa por fazer umas corridinhas/caminhadas como por belos passeios de bicicleta, quando vejo os bancos do jardim, aqueles verdes, de madeira, ocupados por casalinhos apaixonados. ora ele estava deitado no colo dela, ora ela se sentava em cima dele, ou até dois pombinhos deitados na relva. e, quando caí na minha, apercebi-me que estava com um sorriso de parvo a pensar que, afinal, ainda há coisas bonitas na vida que se não se perderam...
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