07 janeiro 2009

electricidade em pó

Acho que todos nós conhecemos alguém como o Silva Freitas. E que saudades que eu tenho do Silva Freitas.

Eu explico.

O Silva Freitas era o dono de uma drogaria na rua Torta lá da capital, do centro do Mundo, que vendia praticamente tudo mas que quando o senhor morreu se transformou numa loja de produtos ortopédicos sem piadinha nenhuma. Ora isso era algo que não se devia dizer a crianças como nós. Porque era o primeiro passo para magicar-mos alguma das nossas.

Então, não aconteceu nem uma nem duas vezes irmos até ao dito estabelecimento perguntar ao Sr. Silva Freitas (sempre de forma muito educada e com algum receio porque o homem não era o paradigma do bom humor) se tinha electricidade em pó.

Julgo que muito imaginaram que o passo seguinte era dar meia volta e fugir a sete pés. Felizmente a loja era daquelas tradicionais, com balcão corrido, em que o dono não tinha tempo suficiente para chegar à porta da loja. Ou melhor, tinha, mas nessa altura já tínhamos escapulido em qualquer esquina da cidade.

O problema era quando queríamos comprar berlindes e tínhamos de voltar a entrar na drogaria do Silva Freitas!

1 comentário:

Batista disse...

Saudades ?? O cab**o do velho se fosse um bocado mais simpático continuaria a ser um verdadeiro canastrão !! Mas lá está...tinha berlindes e piões de guita...daqueles com a ponta em aço !!