11 junho 2012

televisão low cost

os três canais de informação passam os serões com programas dedicados ao Euro. as televisões generalistas e em sinal aberto só falam do Euro. mas não passam disso. quando foi necessário abrirem os cordões à bolsa e investirem nos direitos para transmitirem os jogos, assobiaram para o lado e limitaram-se a ficar com as partidas da Selecção mais algumas entre outras formações nacionais.

e fiquemos por aqui. é uma espécie de televisão preguiçosa e low cost. passam o tempo a relatar e a reportar futilidades. felizmente, o rácio melhorou e, com o início da competição, começaram a dar mais atenção ao jogo da bola propriamente dito. ainda assim, limitam-se a falar e não a mostrar.

mandam jornalistas para a Polónia e a Ucrânia, enchem os estúdios de comentadores. está feito. foi uma excelente forma de dar emprego, ainda que por umas semanas, a treinadores e ex-jogadores sem trabalho.

mas será que é só no futebol que isto acontece? infelizmente não. a Síria está praticamente em estado de guerra civil. as implicações a nível internacional são imensas. o que faz a maioria dos OCS nacionais? não manda jornalistas para fazerem a cobertura. arranja especialistas nacionais que comentem a partir do estúdio. mais cómodo, mais barato, mas não necessariamente melhor para informar as pessoas.

e por aí adiante. bem sei que vivemos uma época em que as dificuldades financeiras são gerais e os meios de comunicação social não são alheios à crise que se vive. mas, depois, vemos estes absurdos com não sei quantas mil equipas a acompanharem os jogadores de Portugal para todo o lado (sem que isso represente valor informativo) mas muitos jogos não passam em canal aberto...

é o que temos...

08 junho 2012

bola na relva

hoje começa mais um Euro 2012. apesar da crise, das críticas à equipa nacional e todo o circo em seu torno, eu sou daqueles que, amanhã, se vai sentar à frente da tv e esperar uma grande partida frente a Alemanha.

há muitos anos que não ligava tão pouco a um campeonato de selecções, mas agora há que aproveitar e esperar bons espectáculos... mas sem desligar do Mundo. Porque a crise continua, porque o desemprego é enorme, porque há uma minoria que continua a ganhar muito dinheiro e a fazer com que o sistema se mantenha, porque morrem muitos inocentes na Síria...

vamos gritar golo, mas terminados os 90 minutos (ou o prolongamento ou os pénaltis nas fases a eliminar) acaba-se a bola. porque a vida não é só isso.

07 junho 2012

05 junho 2012

ora esta... ladies and gentlemen, Mr. Johnny Depp on the guitar

The Black Keys são assombrosos em palco. anseio pelo concerto em Portugal. mas na última gala da MTV, este duo do rock teve, tão só e somente, o multifacetado actor... JOHNNY DEPP!

que surpresa, que espectáculo! aproveitem!


04 junho 2012

critérios senhor, são critérios

estou fartinho de ver imagens do autocarro da Selecção em andamento (valor informativo nulo), da partida do avião que levou a equipa nacional para a Polónia (valor informativo nulo) ou aquelas pseudo-reportagens dos bastidores da formação das quinas no estágio que não servem para mais nada do que fazer dos jornalistas que as fazem amiguinhos das estrelas da bola e não passam de voeyurismo puro.
mas adiante. vivemos um tempo em que estamos em crise. não há dinheiro para nada. no jornalismo, tal argumento serve para duas coisas: despedir jornalistas e impedi-los de fazerem o seu trabalho, ou seja, reportagens, procurarem notícias, etc. pois parece que lá fora as coisas são um bocadinho diferentes. a julgar pelas reportagens de alguns dos nossos jornalistas desportivos, a Selecção portuguesa tem sido alvo da atenção de inúmeros meios de comunicação internacionais. também por isso, a sala de imprensa no estágio da equipa lusa na Polónia vai ser enorme. todos fazem o trabalho de casa e, apesar da crise mando jornalistas para verem como as outras equipas estão a trabalhar.
nós, por cá, estamos limitados a dizer os resultados das equipas com as quais a Selecção vai jogar (Alemanha, Holanda e Dinamarca) e a dar as reportagens dos bastidores, tão ricas em informação. como jogam os adversários, quem são os seus jogadores, que tipo de preparação fazem, isso não interessa para nada.
a cobertura de um grande evento desportivo resume-se, por isso, a acompanhar as futilidades. tal como acontece na maioria dos acontecimentos políticos. e, infelizmente, parte da culpa é do jornalismo que se pratica...

actualização às 21h26: depois de ter escrito este texto pude ver que a TVI acompanhou a viagem do avião da Selecção através de uma daquelas aplicações para tablets que nos dão os percursos dos aviões. a SIC optou por transmitir a aterragem desse mesmo avião e o jornalista fez uma espécie de relato como se de um jogo de futebol se tratasse. tudo informação importante... ou não.

02 junho 2012

tradição e velhos hábitos

quando o despertador tocou, o relógio pouco passava das 7 horas. uma hora pouco habitual para levantar ao sábado mas com boas ideias em mente. depois de ir levar o meu irmão ao trabalho, eu e a Paixão fomos ao mercado. o pequeno-almoço não podia ser outra coisa senão massa frita (aquilo que no resto do país chamam de farturas e na terra da minha avó é brinhol) e café de saco. comi que me consolei antes de uma périplo pelas bancas do mercado que, aos sábados, funciona em pleno.
fiquei com vontade de uns carapaus fritos com arroz de tomate, mas as compras não passaram pelo peixe. trouxemos cerejas de S. Julião (menos conhecidas mas tão boas como as da Gardunha), um belo queijo seco, e outros horto-frutícolas, quase todos eles de produção própria dos vendedores. a saber: cenouras, courgetes, maçãs, tomates, cebolas com pé, espinafres e só não trouxemos ovos porque desses temos oferecidos pelos pais.
o ambiente num mercado é fresco, saudável e, se soubermos lidar com as sugestões dos vendedores - que passam o tempo a tentar vender mais qualquer coisa - então podemos trazer muitos produtos com mais sabor do que aqueles que encontramos nos hipermercados (muitas vezes têm frutas e legumes ainda verdes só para cumprirem o calibre) e por menos dinheiro. acreditem, dos produtos que compramos mais cá para casa, tomates e maçãs, trouxemos, desta vez, a preços bem mais convidativos e sem recurso aos 99 cêntimos. Ali, os valores são quase sempre certos, não custa 1,29€ mas 1,30.
feitas as compras ainda o dia estava a começar e, por isso, que tal uma incursão a Espanha, à vila onde fui um sem número de vezes quando era miúdo. e ao provar uma fatia de presunto da qualidade que acabei por trazer para casa, recuei 25 anos e dei por mim a comer um "bocadillo de jamon" preparado pelos meus pais junto a uma fonte.
foi tão intenso que não pude deixar de trazer uns gramas, juntamente com uns pimentos do piquilho e, claro está, um pão em formato de cacete. viciados em hojaldre de chocolate, não resistimos e tivemos de comprar a variante com ovo, só para provar.
pouco passava das 11 horas e já tanta coisa feita. inclusivamente, mais uns preparativos para o casório. se ainda não era tempo de voltar à mesa para almoçar, ora que bela ideia tomar café com os pais e dar dois dedos de conversa. entretanto aproveitámos para mais comprar mais uns ingredientes que servirão de experiência para o jantar...
foi uma magnífica manhã de sábado que culminou em casa com o almoço. depois da sopa de feijão verde, um sumo natural de melância e morango foi o acompanhamento perfeito para um petisco ibérico, com queijo seco da serra de S. Mamede, presunto pata negra e pão espanhol. para tal terminar, café (português, Delta, só podia ser assim) e o dito hojaldre de ovo. delicioso.




com a barriga cheia e meio dia bem passado, o corpo pediu uma sesta e eu fiz-lhe a vontade. foram 40 minutos retemperadores. agora até ia, novamente, laurear a pevide e jantar ao outro lado da fronteira num programa idealizado com mais uns amigos há já bastante tempo. mas isso vai ter de ficar para outro fim‑de‑semana porque há amigos que trabalham, o irmão também e hoje não pode haver noitadas porque, amanhã, o despertador vai voltar a tocar bem cedo, de madrugada mesmo... às 6 horas da matina!!!


p.s. - bem, se calhar agora convém embrenhar-me um bocadinho nas páginas do mestrado.