02 junho 2012

tradição e velhos hábitos

quando o despertador tocou, o relógio pouco passava das 7 horas. uma hora pouco habitual para levantar ao sábado mas com boas ideias em mente. depois de ir levar o meu irmão ao trabalho, eu e a Paixão fomos ao mercado. o pequeno-almoço não podia ser outra coisa senão massa frita (aquilo que no resto do país chamam de farturas e na terra da minha avó é brinhol) e café de saco. comi que me consolei antes de uma périplo pelas bancas do mercado que, aos sábados, funciona em pleno.
fiquei com vontade de uns carapaus fritos com arroz de tomate, mas as compras não passaram pelo peixe. trouxemos cerejas de S. Julião (menos conhecidas mas tão boas como as da Gardunha), um belo queijo seco, e outros horto-frutícolas, quase todos eles de produção própria dos vendedores. a saber: cenouras, courgetes, maçãs, tomates, cebolas com pé, espinafres e só não trouxemos ovos porque desses temos oferecidos pelos pais.
o ambiente num mercado é fresco, saudável e, se soubermos lidar com as sugestões dos vendedores - que passam o tempo a tentar vender mais qualquer coisa - então podemos trazer muitos produtos com mais sabor do que aqueles que encontramos nos hipermercados (muitas vezes têm frutas e legumes ainda verdes só para cumprirem o calibre) e por menos dinheiro. acreditem, dos produtos que compramos mais cá para casa, tomates e maçãs, trouxemos, desta vez, a preços bem mais convidativos e sem recurso aos 99 cêntimos. Ali, os valores são quase sempre certos, não custa 1,29€ mas 1,30.
feitas as compras ainda o dia estava a começar e, por isso, que tal uma incursão a Espanha, à vila onde fui um sem número de vezes quando era miúdo. e ao provar uma fatia de presunto da qualidade que acabei por trazer para casa, recuei 25 anos e dei por mim a comer um "bocadillo de jamon" preparado pelos meus pais junto a uma fonte.
foi tão intenso que não pude deixar de trazer uns gramas, juntamente com uns pimentos do piquilho e, claro está, um pão em formato de cacete. viciados em hojaldre de chocolate, não resistimos e tivemos de comprar a variante com ovo, só para provar.
pouco passava das 11 horas e já tanta coisa feita. inclusivamente, mais uns preparativos para o casório. se ainda não era tempo de voltar à mesa para almoçar, ora que bela ideia tomar café com os pais e dar dois dedos de conversa. entretanto aproveitámos para mais comprar mais uns ingredientes que servirão de experiência para o jantar...
foi uma magnífica manhã de sábado que culminou em casa com o almoço. depois da sopa de feijão verde, um sumo natural de melância e morango foi o acompanhamento perfeito para um petisco ibérico, com queijo seco da serra de S. Mamede, presunto pata negra e pão espanhol. para tal terminar, café (português, Delta, só podia ser assim) e o dito hojaldre de ovo. delicioso.




com a barriga cheia e meio dia bem passado, o corpo pediu uma sesta e eu fiz-lhe a vontade. foram 40 minutos retemperadores. agora até ia, novamente, laurear a pevide e jantar ao outro lado da fronteira num programa idealizado com mais uns amigos há já bastante tempo. mas isso vai ter de ficar para outro fim‑de‑semana porque há amigos que trabalham, o irmão também e hoje não pode haver noitadas porque, amanhã, o despertador vai voltar a tocar bem cedo, de madrugada mesmo... às 6 horas da matina!!!


p.s. - bem, se calhar agora convém embrenhar-me um bocadinho nas páginas do mestrado.

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