17 dezembro 2008

o pastor e as ovelhas

Acompanhar um debate na Assembleia da República é um exercício, no mínimo, estúpido e imbecil. Não tenho nada contra quem o faça. Eu próprio dou por mim a assistir, ou a ouvir, os discursos de tão distintos elementos da democracia nacional, os deputados... sim, aqueles que assumem as suas responsabilidades em pleno e por isso faltam às votações de sexta-feira porque na véspera tiveram um jantar do Boavista, no Porto, ou então porque dá jeito ter um fim-de-semana de quatro dias e não de dois, já que segunda-feira era feriado.

Mas o que me arrelia é ver os deputados a discursarem e, por vezes, ainda nem acabaram os raciocínios que os seus companheiros de bancada já aplaudem efusivamente. Parecem ovinos, bovinos, ou fiéis daquelas seitas manhosas que seguem os pastores para todo o lado. (Os pastores à séria que me desculpem).

E, depois, ainda oiço dizer que se calhar o melhor era acabar com as votações à sexta e que os deputados são mal pagos. Para o que fazem, não sei não. Ouvi dizer que se baldam às sexta-feiras e vão para casa mais cedo. Mas eu só ouvi dizer!

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