12 dezembro 2008

chegar do trabalho de madrugada

Chegámos à empresa, vindos de Penafiel, onde estivemos em reportagem, já passava da meia-noite e meia. Descarregado o material fotográfico, saímos e deixei o fotógrafo, RB, no Cais de Sodré, para apanhar o barco. Há muito que não passava pela 24 de Julho àquelas horas. No regresso, fiz o caminho inverso, junto ao Tejo.

Aí percebi como há coisas que não mudam. Então, vi dezenas, talvez centenas, de miúdos de fato, e miúdas de vestido. Autênticos yuppies nocturnos, que não usam este traje no dia-a-dia, mas que se aperaltam para sair à noite. Parece que tinha voltado uma década no passado. Pfff, nem sei o que pensar. Acho bem? Acho mal? Sinceramente não sei, mas já primavam por alguma originalidade... alguma diferença, não? Fujo de estereótipos, mas só me lembrei dos queques, dos betos e senti saudades da heterogeneidade do Bairro Alto. Sim, afinal, acho que foram algumas peneiras em determinados narizes empinados que me fizeram sentir algum mal estar.

Felizmente a estereofonia estava sintonizada na Radar. Que líquido audível purificante. “Fala com ela”, de Inês Menezes, em repetição. Convidado: Herman José. E lá fui eu até casa ao som deste comunicador nato que fala em preconceitos sem entrevistado. Sim, tem uma mística especial quando está na rádio. Algo que não acontece na televisão. Ah, e deixei-me embalar por Frank Sinatra, a primeira música escolhida pela nosso maior humorista... Cheguei a casa e adormeci... bem mais tranquilo.

1 comentário:

Namaste disse...

Andaste a ver meninas de vestidos a essas horas? Mau....