foi precisamente no mesmo dia em que, ao ouvir as informações do trânsito numa rádio nacional e pensei como é bom saber que estava longe de tal confusão, que aconteceu o inesperado.
foi num dia nublado, com nuvens cinza rato. aliás, naquele momento até chuviscava. numa estrada secundária, sigo com tranquilidade quando vejo um carro em sentido contrário. não há muitos, mas é natural encontrá-los. mas para meu espanto, fizeram-me sinais de luzes. alarme total. que seria? um acidente? algo grave?
fiquei em alerta. diminui drasticamente a velocidade. cruzei-me com o outro carro quase parado. abri o vidro para perguntar o que tinha acontecido. lá de dentro, por vidros embaciados, surgiu uma mão que me acenou para ir devagar, com cuidado. continuei. fiz a curva. era um porco e uma ovelha. nada mais. dois bichos, simplesmente. devem ter saído de alguma quinta das redondezas e andavam perdidos, embora na altura o dono já os encaminhasse (dentro do carro que chovia e o homem não estava para se molhar) para casa.
passei e segui viagem a sorrir para dentro e a pensar... "aqui os porcos não buzinam e as ovelhas não se metem à frente sem respeitar quem também anda na estrada." às vezes temos de admitir que os seres humanos são assustadores. pelo menos, quando andam agarrados a um volante.
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