já não é surpresa para ninguém que está frio e o céu está nublado em Londres. o Sol faz poucas aparições na capital inglesa. nem no Verão gosta de por aqui passar, muito menos agora que estamos em pleno Inverno.
os dias difíceis, com tanta neve que a cidade ficou bloqueada, já passaram. mas o vento que surge com intensidade ao virar a esquina dilacera qualquer cara menos hidratada ou protegida.
nada disto me surpreende. mas não é só de tempo que se faz a principal cidade do Reino Unido. movimento é algo comum a tantas artérias desta urbe com alguns milhões de habitantes. dizem-me que quando for a Nova Iorque não vou perceber que estou nos EUA. há tantas pessoas dos mais variados sítios do Mundo que a Big Apple é mais um grande centro intercultural do que uma importante metrópole norte-americana, daquelas típicas.
pois Londres é um pouco assim. foram poucas as horas entre Notting Hill, Portobello Road, Kensigton, entre outras. mas o inglês não é a única língua que por aqui se fala. e aquele com sotaque "very british" muito menos. ele há espanhóis, franceses, japoneses, coreanos, chineses... enfim, o verdadeiro "melting pot", como nos ensinavam quando passávamos os olhos pela História dos EUA nas aulas de Inglês, no Secundário. mas desenganem-se, mal chegam ao aeroporto e passam pela fronteira percebem, de imediato, que "this is England", a não ser que quem vos "inspeccione" seja alguém com turbante na cabeça e uma pronúncia muito particular.
Londres é maravilhosa, mesmo carregada de nuvens que ameaçam chover, ou de um frio cortante. Londres é fabulosa pela intensidade com que se vive, a que nível for. há tantas e boas coisas para fazer. chega a ser angustiante, quase nos leva à loucura, a oferta que nos impede de fazer, com rapidez, uma escolha sensata e ponderada. é preciso agir para não perdermos tempo e consumirmos um pouco da alma desta cidade em rebuliço.
faz confusão entrar na zona de Kensigton, por portões, onde há embaixadas e um palácio real, e não estarmos a cometer qualquer delito. não somos chamados à atenção. parece que é natural. há sensações familiares, como as de vermos os autocarros vermelhos atravessarem o Tamisa com naturalidade. viajei no tempo e dei por mim a reviver conhecidas séries de TV britânicas em que, no genérico final, aparecia sempre o Big Ben e dizia "Thames" (demorei anos a perceber que era o nome do rio).
mas nem tudo nos satisfaz. para saciar a curiosidade, a passagem pelo Harrods mostrou-me um grande armazém com uma zona de alimentação absolutamente fenomenal, uma escadaria egípcia interessante. mas também há um memorial a Diana e ao filho do dono desta instituição londrina que é um atentado ao bom gosto. não sei quem desenhou ou concebeu aquilo, mas enjoa de feio. respeito pelos mortos, digo eu!
entretanto, com um dia a começar às 3h da manhã, e como a noite já tinha chegado há algum tempo à cidade, foi tempo de regressar ao alojamento. amanhã começa uma grande maratona, bem cedo. a primeira paragem deverá ser o Museu de História Natural.
1 comentário:
Diverte-te! Fotos disso tudo por favor... :)
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