12 fevereiro 2007

Até o gravador deixou de funcionar

Sobrevivi ao rigor do Inverno sueco. Mas houve apareceram algumas dificuldades quando a temperatura caiu drasticamente dos oito negativos para uns simpáticos 18 graus a baixo de zero.

Bastavam 15 minutos na rua, parado, para os pés congelarem. As mãos não se mantinham quentes, nem com luvas. O gravador de voz, que utilizo para as entrevistas hibernou, deixou de funcionar. Ainda nem sei se já acordou deste sono. Penso que terão sido as pilhas que não aguentaram o frio, mas sinceramente ainda não sei em que estado está. Para apontar as notas no bloco tive de deixar a via tradicional e passar a escrever com luvas, porque era a única forma suportável. A escrita era mais lenta, mas não podia ser de outro modo. O frio era tal que até a tinta da caneta ficou mais espessa e já não queria sair pelo orifício.

Na cara, o ligeiro vento que se fazia sentir de vez em quando cortava a face como pequenas lâminas afiadas. Sempre que inspirava sentia que as entradas nasais começavam a congelar.

O mais impressionante é que a súbita quebra de temperatura aconteceu mal o sol fugiu lá longe, na penumbra do horizonte. A ausência de nuvens no céu permitiu que o calor se dissipasse e o termómetro começou a baixar em catadupa.

No final, consegui resistir e, agora, no conforto da temperatura positiva que se faz sentir em Portugal, passei a ter mais uma história para contar.

1 comentário:

Eva Luna disse...

A temperatura apesar de positiva é FRIA!!!!! QUERO O VERÂO!!!!!