Escala no aeroporto de Casablanca. A viagem entre Lisboa e Dakar, para assistir a mais uma chegada da maior prova de TT do Mundo (desta feita em 2006) obrigava-nos a passar quase 12 horas na cidade marroquina. No regresso, a opção foi ficar pelo aeroporto e adiantar trabalho para os respectivos jornais. Quem já não tinha de o fazer decidiu dormir nos duros bancos de plástico.
Mas voltemos atrás. A viagem de ida. Sem grande matéria para aprofundar, decidimos ir almoçar ao centro da cidade. Era simples. Sair do aeroporto, apanhar um comboio e após uma hora de viagem, masi coisa menos coisa, estariamos no centro desta carismática metrópole marroquina.
À saída da zona internacional do aeroporto, controlo alfandegário. "Jornalista?", perguntaram-me de imediato mal viram o formulário que tinha preenchido segundos antes (Quem escolhe ser professor perante as autoridades de Marrocos não foi sequer indagado). "Sim", respondi eu um tanto ou quanto a medo. Afinal não fazia ideia se isso era mau ou não. "Vem para a CAN (Taça das Nações Africanas)?" "Não, estou só de passagem, vou até Dakar, retorqui num francês tão mal falado que parecia resultado de um curso por correspondência.
Mas nessa altura o "Dakar" para os marroquinos já não significava absolutamente nada. Já tinha sido há tanto tempo, há mais de uma semana. O que o polícia da alfândega queria mesmo era falar de bola e, por isso, lançou uns nomes de jogadores portugueses quando viu que eu era de Portugal.
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