07 maio 2012

a espera valeu bem a pena...

foram muitos os meses de antecipação. desde outubro/novembro do ano passado que andava a preparar a participação na Maratona de Portalegre BTT, na versão meia-maratona, ou seja, com 60 quilómetros. a espera valeu bem a pena. a minha primeira participação naquela que é considerada a grande festa do BTT nacional foi inesquecível.

partida
a meta era simples: chegar ao fim. mas depois de ter feito duas meias-maratonas bem duras nas semanas anteriores, acrescentei um objectivo: completar a distância entre as quatro horas e as 4h30. não deu. precisei de 5h20. mas é mesmo assim. quando andamos em grupo, o colectivo fala sempre mais alto. e se combinei fazer a maratona com mais dois amigos, assim aconteceu. é muito bom, porque nos incentivamos uns aos outros e quando um se vai abaixo, os outros esperam e ajudam. aconteceu com os três em momentos diferentes. ainda assim, foi pena alguns problemas mecânicos. não tivessem surgido e teríamos chegado mais cedo e menos desgastados, porque as quebras de ritmo dão cabo de nós. mas as coisas são mesmo assim, faz parte e não foi por isso que deixámos de desfrutar desta experiência.

os primeiros 15 quilómetros foram em asfalto. para quem faz BTT, parece não fazer sentido, mas para além da passagem na cidade propriamente dita, serve de excelente aquecimento e permite estender o pelotão com uma subida bem selectiva. se assim não fosse, chegaríamos aos trilhos e haveria um enorme engarrafamento. é preciso saber gerir uma prova com cerca de 2000 participantes e, neste caso, a organização fá-lo na perfeição.

no início da grande subida
a primeira parte em terra foi excelente. quase sempre a descer, a diversão atingiu o limite. acho que nunca tinha tido tanto gozo em cima de um bicicleta. depois do primeiro reabastecimento começaram as primeiras dificuldades a sério e, pelo meio, ainda houve tempo para me perder estupidamente e para termos de trocar a câmara de ar furada na bicicleta do meu irmão.

o grande desafio desta maratona, na versão mais curta, era uma subida com cerca de 12 quilómetros. foi dura quanto baste, mas não fosse o cansaço nas pernas e nem me teria apercebido da extensão do desafio, pois entre conversas com os companheiros da aventura e as paisagens deslumbrantes do Parque Natural da Serra de São Mamede, parece que a subida até foi mais pequena do que na realidade.

a partir daí, e apesar de mais duas dificuldades (uma delas bem tramada, com piso cheio de pedras soltas e escorregadias por causa da humidade), voltei a aumentar a velocidade e a divertir-me ao máximo em todas as descidas até regressar a Portalegre.

no final... cansados mas felizes!
no final, inteiro e com a satisfação de ter chegado ao fim, tinha uma deliciosa sopa de cação à espera que soube maravilhosamente bem. para o ano há mais. e até lá vou continuar a pedalar.

o registo do GPS pode ser visto aqui:

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