relativizar faz parte da política. mas fazer política e relativizar a condição humana é muito pouco digno, mesmo para essa actividade tão "nobre". perdoem-me as aspas, mas a políticas ao mais alto nível em Portugal bate, todos os dias, no fundo. ouvir o ministro da Defesa relativizar (insisto no termo) a actuação da polícia na manif em Lisboa é preocupante. porque, em primeiro lugar, demonstra que não esteve a par do que aconteceu. em segundo, revela bem a inexistente preocupação pelos portugueses, os seus concidadãos, aqueles que constituem a sociedade portuguesa, que tornam o país dinâmico, activo... mesmo que determinados sectores, muito pequenos mas com acesso ao capital, tente menosprezar todo esse valor (podemos mesmo chamar-lhe capital) por causa da ganância que lhes é inerente.
a acção da polícia foi absurda. os agentes não podem desatar à bastonada daquela forma. não têm esta coragem quando é preciso controlar claques, entrar em determinados bairros ou combater determinado tipo de crimes. nesse caso lamentam-se porque sofrem de falta de condições.
última nota: não fiz greve. não por falta de vontade mas porque neste momento não posso. não tenho emprego. mas se critico a forma vergonhosa como quem está no poder reage à revolta e à indignação de quem faz greve, se manifesta ou simplesmente defende outros caminhos para sairmos deste buraco, também critico todos aqueles que se armaram em moralistas na última greve geral do governo de Sócrates (disseram que as greves não resolviam nada e que o que era preciso era trabalhar) mas que agora não afinam pelo mesmo diapasão. têm de ser coerentes. prefiro continuar sem concordar com determinadas pessoas e respeitá-las do que vê-las a saltitar de opinião em opinião conforme a cor que pinte as paredes de São Bento.
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