cada vez mais gosto do som dos Linda Martini. o rock radioactivo, raivoso e esquizofrénico deste quarteto é de um poder que se entranha, que faz estremecer, que catapulta para um estado cru, nervoso e ardente.
os acordes e as notas caóticos polvilhados por letras fortes e sujas penetram nas nervuras e misturam-se com o sangue numa osmose de brutalidade e estridência.
este som final, que quase perspectiva o apocalipse mental transforma-se, contudo, num fluído libertador e reflexivo que apazigua a alma depois de uns quantos gritos (ou mesmo berros)...
a estrutura musical, que parece não existir, leva-nos para um mundo duplo de escuridão, primeira, mas também de clareza e de convicção. os Linda Martini conseguem transmitir tudo isso em palco, na aparelhagem, ou nos leitores portáteis. ao vivo, ontem foi o dia!
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