hoje foi um péssimo dia de trabalho. o ambiente era horrível. saber que sete colegas tinham sido despedidos foi um choque que, entretanto, bateu ainda mais forte quando soube que afinal não eram sete, mas sim oito.
revolta, insatisfação são alguns dos sentimentos que nos assolaram... a quase todos! na redacção quase não se ouvia uma palavra. estávamos em serviços mínimos. só se falava o indispensável. pela manhã era arrepiante entrar na sala, tudo com os auscultadores postos. não se comunicava. laborávamos como se não houvesse nada mais à nossa volta.
reflecti muitas vezes acerca de tudo isto. cada vez estou mais irritado... afinal, é sempre a via do facilitismo. tempos difíceis, os que estamos a viver, é certo. qual a solução? despedir é o mais fácil. não compreendo porque existem tantos cursos e gestão e economia. parece-me que formamos incompetentes. se assim não é então porque é que a solução passa sempre por suprimir os mais fracos. os accionistas querem resultados. os administradores têm dos apresentar. despedem pessoas e, assim, salvam o seu próprio coiro. uma jogada inteligente na sua perspectiva. saio do edifício e vejo um parque automóvel admirável para muitas empresas. mas já se cessou algum contrato de renting? não! despedir pessoas é mais fácil. mesmo que alguns tenham casamento marcado, outros tenham comprado carro, outros fizeram obras em casa. mas isso não interessa nada. a pirâmide invertida, com inúmeros chefes mantém-se inalterada. os ordenados de quem manda são intocáveis, quanto mais não seja porque ainda existe raia miúda para mandar embora...
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