Acabei de ler o livro Estação Carandirú, do médico, Dráuzio Varella.
Chocante, arrebatador, forte! Tudo isto deve ter sido escrito nas críticas a esta obra literária simplesmente fantástica e que relata tão bem como funcionava aquela gigante prisão brasileira, de São Paulo.
Faz confusão imaginar que o Majestade, um dos prisioneiros, não foi de modos. Com uma ratazana cravada no seu dedo, o que provoca uma dor quase inimaginável, como conta o livro, tentou libertar-se, mas sem o conseguir foi o próprio Majestade que mordeu o rato! Faz impressão, não faz? Eu disse!
Curioso ver que grande parte dos prisioneiros não admitem os crimes, ou melhor, admitem, mas tem sempre uma justificação para tal. Ou então é como o Barba, que diz estar preso porque é acusado de um homicídio. “Mataram o meu irmão. Dois dias depois, o assassino teve um encontro com a morte. Aí a suspeita caiu sobre a minha pessoa. Uns dizem que fui eu, mas não viram. Outros dizem que viram que eu não fui. Nessa de haver uns que acharam que fui eu sem ver e os outros que viram que não, estou aqui faz cinco anos, doutor, na expectativa do que o juíz vai decidir.” Eloquente, não?
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