09 fevereiro 2007

O frio é muito mas não intimida


A chegada à Suécia aconteceu debaixo de... frio! Não seria de esperar outra coisa. Aliás, os cinco graus negativos nem são problemáticos. Problemático foi a bagagem ter ficado retida em Estocolmo, e nós já estarmos em Karlstad, centro nevrálgico do Rali da Suécia.

Ao que parece, não podiamos fazer check-in directo para esta cidade a 300 quilómetros da capital sueca. Segundo nos disseram no aeroporto quando chegámos, as malas dos voos internacionais são inspeccionadas pela alfândega e isso obriga-nos a levantá-las e, quando temos de fazer ligação, voltar a fazer o chek-in. Resultado, as roupas para o frio só chegaram às nossas mãos quase à uma da manhã (horal local, menos uma em Portugal Continental). Menos mal…

Quando saímos do hotel esta manhã, às 7h40, o termómetro do carro marcava oito graus negativos. Nada de especial! O frio não penetrava pelos quilos de roupa que tinha vestido. Casaco, calças interiores, meias de neve, luvas… Tanta coisa que só sai da gaveta do meu quarto de quando em vez. Nem quando vamos à Serra da Estrela é preciso tanto aparato. Mas, tenho de admitir, que se assim não fosse assim era impossível sobreviver.

Os oito graus negativos da manhã prolongaram-se pelo resto do dia. Mas quando caiu a noite, ainda não eram 17 horas, a temperatura desceu subitamente e a face, única parte do corpo em contacto directo com o ar, ressentiu-se. Nada que a roupa vestida não aguente.

Os pés têm sido os membros mais castigados. Mesmo com umas meias reforçadas, o frio acaba por chegar às entranhas mais recônditas. Nos momentos em que passo mais tempo ao frio penso que a compra de umas botas de neve tinha sido uma aquisição inteligente. Mas o mal feito remediado está e, por isso, só tenho uma solução: aguentar-me assim. Só que as previsões meteorológicas apontam para uma quebra de 12 graus, ou seja, 20 negativos. Tudo se deve à “fuga” das nuvens que deixam o céu a descoberto. Sem este “manto” para segurar o pouco calor gerado, é normal que fique mais frio. Só não pensei que fosse tanto da noite para o dia.

Enfim. Sempre me disseram que o frio é uma questão psicológica e cada vez mais sinto isso. Já houve dias em Portugal, com temperaturas positivas em que tive mais problemas. Assim, sinto-me pronto para enfrentar o gelo.

Sem comentários: