Lembro-me da primeira vez em que recebi, como presente, uma ida ao Rali de Portugal. Tinha ido a Coimbra, ao médico e fazer análises ao sangue. Duas enfermeiras “à antiga”, de grande porte, e pouco cuidadas na hora de espetar a agulha espetaram e espetaram e voltaram a espetar e espetaram mais uma vez…
A minha mãe apertava o braço do meu pai, tal eram os nervos por me ver estendido numa cama de hospital, com os dois braços chacinados pela frieza daquele elemento metálico.
No final lá cedi umas míseras gotas de sangue que serviram para experiências, juntamente com um saco de pó do meu quarto da altura. Para que serviu? Não faço a mínima ideia!!! Enfim…
No final, de braços caídos, lá saí do Hospital Universitário de Coimbra… Pequeno, talvez nem dez anos ainda tivesse, foi à saída daquele “monstro” da saúde nacional que recebi a prenda. Tinha-me portado bem e, por isso, ia ver os “carrões”, os verdadeiros que eu tinha em casa em miniaturas da Majorette ou da Matchbox (já não me lembro se é assim que se escreve). Na altura, o rei português era Carlos Bica, que andava de Lancia, tal e qual pilotos de nomeada internacional como Massimo Biasion.
Hoje tudo é diferente. Agora falamos em nomes pomposos como WRC (World Rally Car) e pilotos como Loeb ou Gronholm (que raio, porque é que os finlandeses têm de dizer os nomes com a boca cheia?)…