30 janeiro 2008

sexy mother fado

Outra pérola adorável. Quando abrimos o baú das memórias o resultado é este, vemos coisas das quais não nos lembrávamos e voltamos a rir de forma desbragada...

"não pirilamparás a mulher do próximo"

No baú da TV nacional, a Herman Enciclopédia é um dos marcos da comédia portuguesa da década de 90.

Ontem, em pleno jantar com alguns amigos, lá veio este expoente de comicidade em Portugal à conversa. Vi alguns recentemente e não adorei um mandamento magnífico ali criado: "Não pirilamparás a mulher do próximo!"

Ora vejam:

procuro super poderes

Quem não gostaria de voar, nem que fosse só por um dia? Poderei dizer que Heroes despertou a minha veia imaginária e fantasista, mas não. Simplesmente há momentos em que desejamos ter um qualquer super poder, como voar, e viver toda a liberdade que umas asas nos trariam.

Mas, será que seria mesmo assim? A sensação de elevação, de poder percorrer campos de trigo a alguns metros do chão entusiasmam-me, despertam-me curiosidade. Devemos sentir-nos tão leves...

Mas e tele-transporte, que me dizem? Agrada-me ainda mais, poder estar em Lisboa neste momento, almoçar em Barcelona e passear em Veneza durante a tarde. Com sorte, ainda dava um pulo a Nápoles para jantar e dormir numa daquelas casas sobre o mar em Bora Bora, num monte rodeado pela beleza natural da província alentejana, ou numa casa rústica em pleno Gerês, acompanhado do som tranquilo e ao mesmo tempo turbulento da cascata que dá corpo a um rio ambundante...

29 janeiro 2008

haja heróis como estes...

É a última série de culto que tenho seguido. Heroes já deu na TVI, passa regularmente na Fox, mas é no meu leitor de DVD que passa mais tempo.

Ainda vou, apenas, na primeira época. No início, para ser mais claro. O misto de realidade e fantasia, com pessoas de todo o Mundo que não se conhecem, mas que têm algo em comum... são portadores de uma característica especial. Desde o candidato ao Congresso norte-americano que voa, o japonês que domina o espaço/tempo, o viciado em heroína que vê o futuro quando está drogado e o pinta em tela ou a líder de claque que não se magoa. Uns acreditam, desde o início, nas suas capacidades, outros nem tanto. À medida que o tempo passa estão cada vez mais ligados e, pelo que já deu para perceber, têm de fazer algo em grande. A forma como está escrito, as sequências, a acção, tudo isso prende o espectador à televisão como se de uma lapa se tratasse. A ver, definitivamente.



E já agora, duas paródias à série que circulam no Youtube



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qualquer dia sou o papa-estreias

Estou a tornar-me num autêntico papa-estreias (novo vocabulário). Tudo o que são séries que me parecem interessantes fazem parte do meu histórico. Nos últimos tempos têm sido várias.

Não há trama que me escape, mas, infelizmente, fico-me pelos primeiros episódios. Tudo começou com Lost - Perdidos. Começou aos domingos à tarde, na RTP1. Fantástico, acho que ainda consegui ver durante três fins-de-semana seguidos. Estava a ficar fiel mas, um qualquer trabalho, uma viagem, ou a interrupção (sem aviso) da transmissão da primeira temporada por parte da RTP (mudou o horário, trocou o dia, passou a ser às terças e cada vez mais tarde, enfim, uma série peripécias) ditou o fim do interesse que tinha pela estória.

Prison Break foi o seguinte, adorei o primeiro, o segundo e até o terceiro episódios. Mas depois, e mais uma vez, a sequência foi interrompida. Agora tenho lá a primeira temporada em DVD à espera de vaga para ser visionada.

Na TVI, sábado à tarde, logo a seguir à hora de almoço. Sento-me no sofá e após um breve zapping percebo que a estação de Queluz de Baixo está a transmitir um filme. Tinha acabado de começar. Afinal, e quando terminou o primeiro episódio, percebi que não era uma longa metragem mas sim uma série. Vi dois episódios, os que deram nesse mesmo dia, e acabou, nunca mais consegui seguir a história dos especiais que vão salvar o Mundo. Felizmente, recuperei a senda e, através do DVD, já vou na sexta hora de trama.

Mas, pelos vistos, no meu caso não há três sem quatro (costuma ser duas sem três, mas tudo bem). Traveler começou na RTP1 fez domingo uma semana. Sessão especial, três episódios de seguida. Fabuloso, que tarde bem passada, a seguir a vida de dois amigos que tentam provar a sua inocência depois de um atentado terrorista num museu nova-iorquino. Como acaba? Não faço ideia. Neste domingo já não vi... E é assim! Resta-me saber qual será o próximo início que verei...

28 janeiro 2008

que tranquilidade para lá do Marão

Os ponteiros do relógio de pulso já passaram as cinco horas da tarde. os mais de 300 quilómetros percorridos levaram-nos até à transmontana Serra de Bornes, cercada por Macedo de Cavaleiros e Mirandela. A estalagem vê-se ao longe, lá no alto do declive. Mais alto só as antenas das comunicações que estão, essas sim, no pico mais alto, deste fenómeno geográfico.

Chegados à estalagem, o sol dá sinais de querer despedir-se. Estamos a mil metros de altitude. Não é todos os dias que podemos olhar de cima para o astro radiante. Os quartos são, todos eles, sem qualquer excepção, virados para o vale. Com o anoitecer, os campos inclinados despedem-se, lenta e calmamente, da luz do dia. Ao longe, tanto à esquerda como à direita, dois espelhos de água rompem com o castanho frio do mato queimado com o frio que se faz sentir. Por sinal, este ano nem está tanto como noutras ocasiões. Mas o vento já feria a cara no caminho do carro para a estalagem.

Costeleta de vitela na brasa, acompanhada por batatas assadas e um bacalhau à "Montanhês", uma receita esplendorosa de bacalhau assado na brasa, com um molho de cebola e pimenta que fica, absolutamente divinal, quando embebido pelas torradas de pão de centeio feitas, também, ao lume. Para concluir, e enquanto faz mais frio na rua, nesta antiga casa de apoio à estação de comboios de Macedo de Cavaleiros come-se um saboroso leite creme queimado que completa uma óptima refeição.

Manhã soalheira... A escuridão mantida por uns cortinados bem grossos é quebrada, de rompante, com um puxão dos mesmos para os lados. O sol entra directamente no quarto. Os olhos têm dificuldade em habituar-se à claridade mas mal começam a descortinar a paisagem que se apresenta, e que de forma graciosa nos dá os bons dias, a disposição eleva-se.

Pão regional, com queijo ou cômpota de caseira de abóbora para pequeno almoço, sob a benção de montes e vales transmontanos e de um sol, quase sempre baixo nesta altura do ano complementam uma visita rápida, mas que deu um enorme prazer, por terras de Trás-os-Montes.

22 janeiro 2008

a magia das urtigas

Inspirado por um texto, muito profundo e reflectido, do meu amigo Dos Bats, que recentemente dissertou sobre cebolas, decidi, também eu, falar de um assunto extremamente importante para o futuro do globo no que respeita à actualidade geo-estratégico-económico-política do planeta...

As urtigas, sim, as urtigas, essa espécie de erva odiada por qualquer miúdo mais rebelde que não resiste em chegar a casa com os joelhos das calças repletos de verde, tantas foram as escorregadelas no campo do vizinho que tem umas cerejeiras com umas cerejas absolutamente irresistíveis. Pois muito bem, há uma forma de lhes tocar sem que estas nos piquem ou causem comichão. Impossível? Absurdo? Ridículo? Também eu pensei isso e, o cepticismo era tal, que só admiti que houvesse alguma verdade nessa afirmação quando visse com os meus olhos.

O mais impressionante é que a solução é tão simples... Basta suster a respiração e... fez-se luz, quando tocamos em tão incómodas ervas, estas não nos perturbam. São mais umas plantas verdes como tantas as outras. E eu a pensar que era necessário cozê-las em três águas, como fazem na tropa para as poderem comer durante as semanas de campo.

A Primavera já aí vem. Por isso já sabem, experimentem e depois deixem aqui o vosso comentário...

17 janeiro 2008

portátil dentro de um envelope

Não tem leitor de CD, a bateria não pode ser retirada e apenas tem uma entrada USB. Chama-se Macbook Air e é o portátil mais fino do Mundo. São apenas 1,9cm de espessura. Fantástico não é. Ultimamente, julgo que tem havido um entusiasmo desmesurado em torno das novidades lançadas pela Apple, nomeadamente relativamente ao iPhone. Afinal, em termos estéticos, este aparelho é fantástico, mas de resto o que trás de novo? Nada... Aliás, nem funciona com 3G, a rede mais avançada utilizada na Europa. Americanices, digo eu.

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Mesmo assim, na última apresentação mundial da Apple, a marca norte-americana mostrou o portátil mais fino do Mundo. Pode faltar muita coisa, mas digam lá que não é o máximo... E quando vem guardado num envelope, daqueles amarelos... Está tudo dito!

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estou que nem posso...

Não há para aí uma Frize fresquinha? Sei que não melhorava, mas pelo menos refrescava a garganta. A garrafa Vitalis de 1,5l que descansa ali no lado direito da minha secretária está vazia. É, por isso, inútil.

Hoje deu-me para embirrar com o raio da garrafa. Digamos que há qualquer coisa que me aborrece. Mas não sei bem o quê. Penso que o meu mal é sono e o local de trabalho não é propriamente o sítio onde gostava de estar. Enfim... Nunca mais são horas de me ir embora. Mas, será que preciso de esperar pela hora? Óbvio que não, mas sei lá, hoje estou, assim, não sei!!!

Que conversa mais estúpida. Bem, já percebeu que o meu estado de espírito não é o melhor. Mas vai melhorar. A receita? Ir para casa. É certo que não chove, mas está nublado, cinzento escuro, farrusco (diriam alguns) e a vontade de ligar o aquecedor e beber um chá quente também não é nada má. É mesmo bastante atractiva. E viram bem como em dois parágrafos consegui mudar de uma água com gás e sabores fresca para um chá quente e natural? Estou mesmo esquisito, eu sei...

16 janeiro 2008

que duelos... que pilotos...

A nova época do campeonato do Mundo de Fórmula 1 só começa em Março e, nesta altura, as equipas testam intensivamente os novos carros. Mas hoje não foi isso que me chamou à atenção. Lembrei-me de ver ou rever alguns dos grandes duelos desta disciplina. Para tal, bastou ir ao Youtube e escrever no campo "Search" as palavras mágicas "f1" e "duel". Ayrton Senna, herói de muitos inícios de tarde domingueiros, Schumacher, sete vezes campeão do Mundo, Alain Prost, Nigel Mansell, Nelson Piquet ou Gilles Villeneuve, todos têm o seu lugar nesta série de vídeos resgatados no maior sítio de vídeos do Mundo.

Espero que seja do vosso agrado.



René Arnoux (Renault) - Gilles Villeneuve (Ferrari) GP França 1979


Nelson Piquet (Williams) - Ayrton Senna (Lotus) GP Hungria 1986


Ayrton Senna (McLaren) - Nigel Mansell (Williams) GP Mónaco 1992


Michael Schumacher (Ferrari) - Mikka Hakkinen (McLaren) GP Áustria 1998


Fernando Alonso (Renault) - Michael Schumacher (Ferrari) GP São Marino 2005 e 2006


Felipe Massa (Ferrari) - Robert Kubica (BMW) GP Japão 2007

14 janeiro 2008

nespresso vs. delta q

À semelhança de alguns milhares de portugueses que gostam de café, também eu me rendi à excelência do conceito inaugurado pela Nespresso e seguido por algumas outras empresas de café, das quais destaco a Delta, que continua a ter a melhor bica para se beber num qualquer café do país e até lá fora, com o seu mais recente produto, o Delta Q.

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Já há algum tempo que decidi que uma máquina do género, teria de fazer companhia a electrodomésticos tão importantes como o micro-ondas ou a chaleira eléctrica que "embelezam" a minha cozinha. Já me imagino poder tirar um café expresso, cheio de espuma, cremoso e com um sabor magnífico (ao contrário de alguns estabelecimentos comerciais em que o café sai queimado) sem a porcaria do café em pó que se espalha pela bancada ou a dificuldade que é afinar as máquinas ditas convencionais.

O conceito Nespressoagrada-me de sobremaneira. Para além disso, todos os acessórios disponíveis tornam a experiência de beber a bica num ritual que sempre prezei. De qualquer modo, esperei pelo lançamento do concorrente criado pela Delta, o Delta Q. Neste momento estão ambos disponíveis. Mas, segundo informações de uma fonte bem colocada, é preferível esperar por Abril ou Maio se a opção recair pelo café feito em Campo Maior. Parece que nessa altura sairá uma máquina ainda mais bonita e eficiente do que a actual. Digamos que é uma aposta segura, não fosse a qualidade reconhecida. Para além disso, compraríamos um produto de uma empresa portuguesa e não de uma companhia multinacional. Porque para quem não sabe, a Nespresso pertença ao "gigante" Nestlé.

Mas, ainda assim, continuo com algumas dúvidas, nomeadamente no que toca à oferta de uma e de outra. Afinal, basta entrar em cada um dos sítios e perceber que, actualmente, a variedade Nespressoé consideravelmente maior do que a Delta Q, tendo, ainda, um produto totalmente comprovado e testado no mercado.

Ainda assim, e como acho que será tudo uma questão de tempo, penso que poderei optar pelo café português. A ver vamos. Primeiramente, julgo que esperarei até meados da Primavera. Se entretanto não o fizer, a escolha recairá na marca que conta com George Clooney como principal imagem.

Para já, o dilema continua...

09 janeiro 2008

há espinhas que ficam para sempre na garganta

Esta era outra daquelas bandas que gostava, pelo menos uma vez na vida, de ter visto ao vivo, em concerto. Os Nirvana, reis do grunge, acabaram, Kurt Cobain tornou-se um símbolo para muitos jovens. Eu, bem, eu dificilmente poderia ter assistido ao único espectáculo que a mítica banda deu no Dramático de Cascais, palco também ele com grande significado para aqueles que têm, em média mais dez ou 20 anos que eu. É bom ouvi-los falar com tanta intensidade de um local que, pelo que sei, nem tinha grandes condições, mas era o que havia na altura.



Cobain morreu pouco tempo de pois. Novoselic, o baixista, nunca mais ouvi falar dele, enquanto Dave Grohl deixa saudades com o cabelo longo, mas soube viver após os Nirvana e a morte de Kurt Cobain para fundar e liderar os explosivos, mas mais maduros, Foo Fighters.

Voltando aos Nirvana. Ficaram atravessados, não consigo engolir. Era daqueles concertos... Mas compreende-se que não tivesse autorização para colocar a mochila às costas e deixar o interior a caminho de Lisboa, sozinho, com 12 anos. Ciente das dificuldades, não lancei, sequer, o assunto à mesa de um qualquer jantar de Inverno, no final de 1993.

Numa Semana Académica de Lisboa, que consegui ir depois de muita argumentação (bem, talvez nem tenha sido assim tanta) preparava-me para ver Violent Femmes (que trio estonteante) quando o Sr. Arquitecto me dizia que essa era uma das grandes mágoas que tinha com ele próprio. Afinal, até a autorização teve para estar no Dramático. Se bem me recordo, o bilhete também estava comprado. Mas um qualquer problema escolar, digamos, um não cumprimento no que respeita aos TPC (que sigla saudosa) acabou por ditar o fim de um sonho que nunca se realizou. Nesse dia, o arquitecto estava triste, muito triste. No fim, quem viu os Nirvana naquele dia do mês de Fevereiro não fazia ideia de que estava prestes a assistir a um dos concertos mais especiais algumas ocorridos em Portugal...

08 janeiro 2008

estes senhores não quero falhar

Há grupos, bandas se assim preferirem, que aprendemos a adorar. No topo da minha lista há duas, para além de muitas outras que gosto muito. São as melhores do Mundo? Não sei, não gosto de atribuir esse tipo de títulos ou fazer juízos de valor nesse sentido. Sei sim que marcaram a minha adolescência. Ambos me atraíram pelas letras e força dos instrumentos. Uns mais poéticos, mais ricos no que respeita às palavras, os outros mais intervencionistas.

Os Ornatos Violeta passam regularmente no auto-rádio ou tocam em minha casa. Antes de acabarem vi-os algumas vezes. Tenho uma pedra no sapato: nunca os vi tocar ao vivo o "mata-me outra vez".



Os Rage Against The Machine vieram a Portugal há vários anos e, nessa altura, não os vi. Agora, estes senhores estão de volta. Tocaram nos EUA em 2007 e este ano, no Oeiras Alive, pela mão da Everything is New, regressam ao local do crime, o Passeio Marítimo de Algés, sítio onde fizeram explodir o Superbock Superock. Foi por causa do meu pedido? Não sei, mas quando soube que eles tinham tocado na Califórnia não hesitei e enviei um mail a esta produtora para que fizesse tudo para os trazer de novo a Portugal.

Eles estão prestes a chegar e eu tenho de ir ver!!!

04 janeiro 2008

que desilusão, que frustração

Ontem, quando ouvi, pela primeira vez, a possibilidade do Lisboa-Dakar não se realizar pela primeira vez fiquei apreensivo mas desdramatizei. Não podia ser. Era a 30ª edição da maior prova de TT do Mundo, um evento que nunca tinha sido interrompido.

Esta era a primeira vez que iria cumprir um sonho. Lembro-me de ser um adolescente e combinar com um amigo meu que um dia havíamos de participar na grande maratona. Entretanto cresci, passeia a escrever regularmente, a reportar acontecimentos... A possibilidade de fazer o Lisboa-Dakar 2008 surgiu no início do ano passado. Já no primeiro ano que a prova começou a sair de Portugal tinha essa vontade cada vez mais presente. Com o bom resultado do trabalho na edição anterior, percebi que quem mandava na empresa aceitava enviar alguém à prova deste ano. Em Setembro, decidiu-se, definitivamente fazer-se tudo para que eu fosse ao Lisboa-Dakar.

Durante algum tempo não acreditei. Demorei algum tempo a mentalizar-me que estava prestes a rumar a África, para aquela que é considerada a maior aventura do desporto motorizado no Mundo. Processo completado e um entusiasmo enorme. O trabalho aumentou substancialmente. Muitos artigos relacionados com a prova, um sem fim de quilómetros percorridos à procura de um bom motivo de reportagem. À medida que se aproximava a corrida o entusiasmo e alguma apreensão aumentavam. Estava prestes a marcar presença num grande evento, daqueles onde sempre sonhámos estar, mas sentia, também, o peso da responsabilidade, organizar tudo para que nada falhasse.

Foram muitos dias de trabalho e preparativos, algumas noites mal dormidas, outras mesmo em que não preguei olho. Mas o ano entrou com força e eu sentia-me preparado. A semana anterior foi vivida num verdadeiro frenesim. Tudo ultimava os preparativos e eu também. As verificações técnicas e administrativas prosseguiam a bom ritmo e o sábado, dia da partida, chegava. Mas, entretanto, tudo se desmoronou. Por momentos parecia a queda da torre jenga que derrubávamos na passagem de ano. Com uma diferença, esta ainda o fazia de forma menos brusca. A bomba chegou. O Dakar tinha sido cancelado. Confirmava-se o que já se falava há 12 horas. Foi duro. Durante o dia sentia-me vazio, esquisito. Por momentos pensei que sensação de estranheza era esta. Era a desilusão que se apoderava. Afinal, a possibilidade de acompanhar o Dakar tinha ruído...